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Quarta-feira, 12/11/2008
Blog
Redação
 
AC/DC back in Black Ice


A capa saiu em três versões

Qual a fórmula para se tocar rock'n'roll? Enquanto muitos ainda tentam encontrar esse santo graal imaginário, para o AC/DC a receita sempre foi muito mais simples do que se imagina: vocais gritados, cozinha sólida e, claro, uma torrente de riffs e solos de guitarra, com Malcolm Young dando a consistência rítmica e Angus Young jogando seu tempero único por cima. Porém, nos últimos tempos a banda andava apagada, dando sinais de fadiga. Mas, mais uma vez, eles surpreenderam. Oito anos após o fraco Stiff upper lip, eles estão de volta com Black Ice, que parte da crítica já considera o melhor disco desde Back in black (1980). Não sei se posso bancar uma opinião corajosa como essa, mas é seguro afirmar que esse é o trabalho mais enxuto e coeso desde 1990, quando lançaram The razors edge.

Logo de cara "Rock 'n roll train" já chega atropelando. E esse trem dascarrilou antes da hora, pois a música "vazou" meses antes do disco ser lançado. Como a maioria dos artistas da velha guarda, os downloads não agradam à banda. E mesmo que eles tentem boicotar o iTunes, a farra continua em programas de compartilhamento de arquivos BitTorrent. Com a palavra, Angus Young: "Desde que o iTunes apareceu, nossos discos tiveram um aumento de vendas mesmo sem estar no site. Ainda assim, demos nossa posição contrária aos downloads para nossa gravadora". Polêmicas (e downloads) à parte, o fato é que Black Ice já é o mais vendido do ano na Austrália e lidera as vendas também no Reino Unido.

Ouvindo o disco, é fácil entender o porquê de tanto sucesso. "War machine" é uma máquina desgovernada de riffs e solos que remontam a atmosfera anos 1970. "Decibel" é outro petardo certeiro e "Anything goes" tem potencial para se tornar um hit. Em "Stormy may day" Angus Young toma emprestada a guitarra slide do Led Zeppelin e nela coloca suas digitais. A letra irônica de "Money made" vai de encontro a batida cadenciada e, acreditem, dançante. Em "Rock n roll dream" as guitarras são tão bem trabalhadas que parecem mesmo saídas de um sonho ― uma conceituada escolha de notas, frases e acordes como essa faz qualquer garoto metido a virtuose repensar suas prioridades.

Um dos grandes receios de todo grande artista é se tornar repetitivo. Para fugir de lugares já visitados, o artista sempre recorre a fusões musicais com outros gêneros para escapar das armadilhas ― mas cai em outras, como a música eletrônica. Outro lugar comum em bandas de rock é que, depois da fama, a fúria e a paixão do início se dissipam em festas, drogas, bebedeiras, afetações e estrelismos. Assim, a música fica relegada ao segundo plano (algumas vezes ao último). O AC/DC sempre ficou alheio a todos esses estereótipos e clichês e talvez por isso (ou exatamente por isso) nunca perdeu a chama e a vontade genuína de tocar rock. E o resultado se reflete em sua discografia.

Black Ice chega para, mais uma vez, comprovar que uma banda pode, sim, manter-se fiel às raízes sem se aventurar em modismos ou ficar presa a repetições de velhas reminiscências. Cada faixa é uma celebração autêntica (e intensa) do rock'n'roll ― vide os títulos das músicas. E é possível até entender por que eles são contra os downloads, já que, em meio a tempestades furiosas e céus em chamas, Black Ice conta a história ― com começo, meio e fim ― de como o AC/DC voltou a ser uma das maiores bandas de rock do mundo.

[1 Comentário(s)]

Postado por Diogo Salles
12/11/2008 às 11h54

 
Obama: first press conference



President-Elect Barack Obama, no site Change.gov, especialmente criado para fazer a transição.

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Postado por Julio Daio Borges
12/11/2008 às 09h40

 
De travessias e de descanso

Gente. Família. Filho. Amigos. Outubro. Libra. Trabalho. Jornalismo. Fotografia. Calor. Praia. Preto. Tênis. Rasteirinha. Bijoux. Rímel. Feira. Pastel. Artesanato. Cinema. Ovomaltine. Livraria. Bolo de chocolate. Sorvete. Diamante Negro. Jeans. Lenços. Internet. Relógio. Novela. Cabelo curto. Redação. Algodão-doce. Boteco. Cerveja. Fim de semana. Casa. Bicho. Quatro queijos. Drama. Água quente. Café. Rede. Chico. Anos 80. Prosa.

Deire Assis, no seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
12/11/2008 à 00h23

 
Vendo aval no vendaval

O vento está soprando forte. Como na antiga música de Dylan, as perguntas estão voando por aí, mas as respostas, nem tanto.

Dou o meu aval às tentativas de resposta, a todos aqueles que tentam esclarecer o mecanismo, apenas vislumbrado, dos novos tempos.

Que essas tentativas sejam conflitantes entre si, não importa. O que importa é que elas, as tentativas, existem. Na rede, na blogosfera, na imprensa, na mídia.

Algumas poucas pessoas estão ajustando suas antenas e tentando captar melhor os sinais meio erráticos do novo milênio, nova ordem, por aí. E tentam retransmiti-los de uma forma ordenada.

Dou o meu aval, se ele vale alguma coisa. Na verdade não dou: vendo, porque quero coisas em troca. Quero clareza e quero toda compreensão que eu puder obter. Então, não resistindo ao trocadilho, anuncio que vendo meu aval no vendaval.

[1 Comentário(s)]

Postado por Guga Schultze
11/11/2008 às 14h19

 
Change ― and Positioning

Nov. 4, 2008, will go down in history as the biggest day ever in the history of marketing.

Take a relatively unknown man. Younger than all of his opponents. Black. With a bad-sounding name. Consider his first opponent: the best-known woman in America, connected to one of the most successful politicians in history. Then consider his second opponent: a well-known war hero with a long, distinguished record as a U.S. senator.

It didn't matter. Barack Obama had a better marketing strategy than either of them. "Change."

Nazi propaganda chief Joseph Goebbels was the master of the "big lie." According to Goebbels, "If you tell a lie big enough and keep repeating it, people will eventually come to believe it."

The opposite of that strategy is the "big truth." If you tell the truth often enough and keep repeating it, the truth gets bigger and bigger, creating an aura of legitimacy and authenticity.

Al Ries, em "What Marketers Can Learn From Obama's Campaign", no Advertising Age.

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Postado por Julio Daio Borges
11/11/2008 às 09h13

 
Bye bye Jerry Yang

Six months ago Jerry Yang took the stage at the D Conference to talk about the state of his business. His painted a picture of a Yahoo that was spinning in circles with no clear future.

Fast forward six months and nothing has changed.

Except Yahoo has been left at the altar as Google walks away from their Yahoo search marketing deal.

Except that Yahoo's share price has eroded another $13, destroying $18 billion in shareholder value.

Except that most of Yahoo's top managers have left the company.

What are they left with? A CEO that still can't clearly state the core goals. Yang, slouched on stage and devoid of energy, alternated between calling Yahoo a platform company and a destination site. But he also said that Yahoo intends to remain competitive with Google in search, despite the vast differences in resources that the two companies can put towards research.

Yang's hopes are pegged to their YOS strategy to embrace third party developers and turn things like search into web services.

Perhaps it's the delivery, but the message isn't getting through. The audience was left wondering how much longer this CEO has before the company is torn apart from within. Or by outsiders.

What Yahoo needs is a new CEO. They need their Barack Obama ― someone to make everyone believe that a true leader is at the helm, ready to fight. Someone with a believable plan. Someone who can inspire Yahoo, and Yahoo users, to believe that Yahoo can once again become a force on the Internet.

That leader is not Jerry Yang.

It's long past time for change.

Yang must go.

Michael Arrington, no TechCrunch.

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Postado por Julio Daio Borges
11/11/2008 à 00h02

 
It's A New Day



will.i.am, no embalo do "Yes We Can" (porque o Presidente Eleito já tem trilha sonora...)

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Postado por Julio Daio Borges
10/11/2008 às 09h01

 
Mark Zuckerberg by J. Battelle



O autor de The Search entrevistando Mark Zuckerberg, fundador do Facebook (parece incrível que ele já vale 15 bilhões de dólares...).

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Postado por Julio Daio Borges
10/11/2008 à 00h22

 
Obama na Noite da Eleição

O Presidente Negro, no Flickr (porque eu não tive como não lembrar do [Senator, depois President] Palmer, de 24 Horas...)

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Postado por Julio Daio Borges
7/11/2008 às 09h08

 
Monólogo para teatro

aurora, estou trancado em casa. todos saíram, e agora sinto falta da minha chave. não sei se é uma boa coisa aos miolos ficar trancado em casa; aqui é tudo de graça. o meu dinheiro, aurora, não serve para nada. o telefone também não, sem que haja a expectativa do encontro não há razão para o telefone, sabia? não adianta chamar a pizza, que só vou sentir o cheiro. vou ver se fico na porta da geladeira para me esfriar um pouco, daí corro para baixo do cobertor e vejo se isso me dá sono. acordei tarde hoje, quero dizer, já não tenho mais sono, posso ter sono daqui a pouco. mas daqui a pouco demora. acho que vou começar a quebrar as coisas, jogar as garrafas de uísque lá embaixo para ver se tenho algum tipo de relação com o mundo. mas não quero causar problemas para ninguém, aurora. eles foram embora, mas já devem estar voltando, quem sabe semana que vem. a despensa está cheia de gordura trans, justo agora que tinha decidido não comer mais gordura trans. acho que vou comer toda a verdura hoje, e as frutas também, senão vão estragar; será meu dia de vegetariano. tudo bem, amanhã fico um pouco mais de tempo no banheiro, mas não tenho mais problema com o tempo, aurora. o tempo ficou trancado lá fora. as contas eu pago tudo pela internet, é a hora em que me sinto mais próximo do mundo. o internet bank. às vezes também gosto quando fico na janela tirando fotos digitais das pessoas lá embaixo, e depois transfiro para meu computador e fico brincando com elas: aumento o contraste, diminuo o brilho, os tons de cinza, dou uma saturada no vermelho ou no azul ou no verde, dependendo; ou até amarelo. corto as fotos, junto umas nas outras, tenho muita criatividade com isso. outras vezes também fico olhando a torneira aberta, imaginando de onde vem aquela água, quais peixes nadaram nela, as manobras do surfe, dos jet skis, os mergulhadores, os produtos químicos que colocaram para limpar a sujeira que jogo pelos ralos e pela descarga. ela volta, aurora, ela sempre volta. vai suja, volta limpa. chega a conta, pago pela internet, e eles continuam lembrando de mim. minha vida anda sendo fácil. como exercício, faço cooper nos cinco cômodos, cinco vezes em cada, o mais próximo das paredes que posso. isso me faz correr quinhentos metros todos os dias, que, com as flexões, as barras e os abdominais, me mantém em forma e alivia o peso da gordura trans. aliás, começo a desconfiar que meu corpo necessita delas, justo agora que estão acabando. mas tudo bem, estou substituindo os alimentos sólidos pelos líquidos e por isso já desisti daquela idéia maluca de jogar as garrafas de uísque pela janela. na internet, li que um litro de uísque tem algum valor nutricional e, convenhamos, se o álcool vem do açúcar, nada impede que ele volte a ser açúcar. na internet também consigo uns vídeos pornográficos que me deixam excitado e me fazem gozar rapidinho, assim eles aliviam a falta que às vezes faz uma mulher de verdade. aurora, lembra?, quando todos os dias você vinha me acordar, para depois me ver dormir, e me acordar de novo? agora acordo com o barulho da geladeira, do vizinho ou da linha de trem que passa aqui trás de casa. pois é, tem uma linha de trem aqui trás, só agora percebi. começo a me arrepender de ter doado a televisão, aurora. um filme de hollywood agora ia bem para dar uma animada e entrar em contato com a nossa realidade. é a nossa realidade, não é? afinal, por que mesmo eu não assinei aquela revista? não me resta muito dinheiro no banco, acho que não chega a ser o suficiente para pagar as contas. mas acho que vou assinar uma revista semanal ou um jornal diário. eles vão se amontoar na porta, mas vou ter acesso ao conteúdo exclusivo na internet. então não serei mais excluído e não terei mais que recorrer aos sites piratas que estão infestando meu computador de vírus. o computador anda lento, aurora, parece que vai parar qualquer dia. descobri um site que tem episódios de uma novela dos estados unidos e assim, de lambuja, continuo treinando meu inglês. o gás da cozinha acabou, neste prédio velho ainda é gás de botijão. mas ainda tenho o microondas. já fiz de tudo no microondas, você nem imagina as possibilidades. omelete (quando ainda tinha ovos), arroz, pão de forma com manteiga, de tudo. às vezes ele queima as beiradas e deixa o meio frio, mas daí é só colocar o meio no canto e o canto mais para o canto, que resolve, daí é só jogar os cantos fora e comer o meio. acho que vou criar um blog, aurora, vou ensinar umas artimanhas na relação homem-microondas. cuidados que se deve ter, receitas, agrados. quanto mais pego intimidade com as coisas aqui de casa, mas vou entendendo elas. hoje em dia compreendo a vida da geladeira, do fogão, do computador, além do microondas. mas acho que eles é que vão começando a se enjoar de mim. porque quanto mais faço agrados, mais eles se tornam rebeldes. o computador, por exemplo, parou de funcionar há uns dias e com eles foram meus último planos, aurora. daqui a pouco sei que vão interromper o fornecimento de água, luz, internet a cabo (essa eu não me importo mais). por isso estou estocando o quanto de água eu posso. a banheira eu mantenho cheia e não é para tomar banho. é que eu já não faço mais exercício porque não consumo a quantidade de calorias necessárias para serem queimadas. sempre que sinto sede, bebo direto da banheira, e isso me diverte! me sinto um cachorro sedento que encontrou um monte de água limpa para beber. o microondas estou usando para guardar água também, assim como a geladeira. tive que concentrar esforços na água mesmo, já que não dá para armazenar energia, sabia, aurora? mas não pense que eu ando isolado de tudo. dia desses mudou uma amiguinha para cá, é uma viúva negra. daqui a pouco ela vai ter seus filhotes, mas fico me perguntando do seu marido. sei que ela o mata para dar o que comer para as aranhinhas, mas nós não conseguimos achá-lo até agora. ela é uma mãe muito zelosa. está pensando em uma proposta que fiz: se o marido não chegar a tempo, vamos dar de comer às aranhinhas com as partes do meu corpo. acho que vou começar pelos dedos do pé, que já não uso mais. como elas são pequenas, creio que não será preciso chegar ao meu pinto, ficarão satisfeitas, sei lá, ali pelo joelho. e essa esperança, de alimentar as novas gerações, me faz tão renovado! tão feliz, aurora! assim sinto que estamos, eu e você, juntos, como antes. aurora, sinto saudades daqueles tempos. mas, paciência, quando alguém chegar aqui em casa, eu saio correndo ao seu encontro, aurora. até mais.

João Pedro, no seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
7/11/2008 à 00h11

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