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Sexta-feira,
5/12/2008
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Redação
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Cartel dos prêmios literários
Com o atual aquecimento e expansão do mercado editorial brasileiro e o surgimento de Prêmios Literários como o recém-criado Prêmio São Paulo de Literatura (idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura, cujo prêmio é o maior do Brasil: R$ 200 mil), chegamos a um curioso quadro de formação de cartel literário ― obviamente no sentido figurado do termo jurídico ― que acaba por empobrecer a fauna da criação literária brasileira.
No dia 28 de agosto, o júri do famigerado prêmio de literatura brasileiro que comemora seus 50 anos de existência, o quelônio literário Jabuti, confirmou entre seus 10 finalistas da categoria Romance os seguintes livros: O filho eterno, de Cristovão Tezza; O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho; e Antonio, de Beatriz Bracher.
No dia 3 de setembro, foi a vez do júri do Prêmio Portugal Telecom divulgar as 10 obras ― são diversos gêneros que concorrem a um prêmio único ― de seu concurso. Entre elas, estavam: O filho eterno, de Cristovão Tezza; O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho; e Antonio, de Beatriz Bracher.
O 23 de setembro foi marcado pela "agitação" da divulgação dos vencedores do Jabuti 2008. O resultado final, coincidência ou não, foi (na ordem de premiação): O filho eterno, de Cristovão Tezza; O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho; e Antonio, de Beatriz Bracher.
E finalmente, no último dia 16 de outubro, o polpudo Prêmio São Paulo de Literatura fez seu solene anúncio de finalistas de melhor romance. Pela força da repetição, vou repetir os nomes aqui, mesmo já tendo se tornado óbvio para o leitor a lista: O filho eterno, de Cristovão Tezza; O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho; e Antonio, de Beatriz Bracher.
[...]Certamente eu não estou contestando o valor literário das obras finalistas. Que esta constatação seja vista sob a ótica do fluxo de mercado editorial, sem pretender fazer, sob hipótese nenhuma, juízo de valor em relação aos autores e suas respectivas obras...
Blog da livraria 30PorCento, lembrado pelo Rafa Rodrigues, apenas reforçando que o mainstream continua sofrendo de falta de imaginação...
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Julio Daio Borges
5/12/2008 às 09h33
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Especialista em mídias sociais
"Com um especialista em social media, tudo é possível...", hugh macleod, tirando sarro da nova onda de "especialistas" em Web 2.0...
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Julio Daio Borges
5/12/2008 à 00h21
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Se Tezza fosse afegão
O que estou fazendo é quase um trabalho investigativo. Depois de ler o comentário de Sérgio Rodrigues ao post que escrevi sobre o Prêmio São Paulo de Literatura, colhi opiniões de duas pessoas que muito estimo sobre O filho eterno. Ambas me disseram que o romance de Cristovão Tezza não só foi o melhor livro escrito por um autor brasileiro em 2007, como também é um dos melhores livros brasileiros dos últimos tempos.
Por e-mail, Sérgio me disse a mesma coisa. Meu próximo passo é, claro, ler O filho eterno (quer dizer, o primeiro passo, na verdade, é comprá-lo). Mas enfim. Lerei o premiado livro e tirarei minhas próprias conclusões. Claro que, com três pessoas que muito admiro dizendo que o livro tem todos os méritos para ser tão premiado como foi, minha dúvida começa a pensar em diminuir. Começa a pensar.
Mas, enquanto divago, Sérgio levanta uma questão intrigante: nem mesmo com todos os prêmios que levou "O filho eterno aparece nas principais listas de mais vendidos da imprensa brasileira. Nem ganhando tudo que um livro pode ganhar. E o que me parece ainda mais espantoso ― nem mesmo tendo, na relação do autor/protagonista com seu filho Down, um tema de fortíssimo apelo, do tipo que costuma arrastar às livrarias uma massa de leitores mais interessados em 'experiências de vida' do que em literatura. Nem assim."
E se Tezza fosse afegão, Sérgio pergunta. O post completo você vê lá, no Todoprosa.
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Rafael Rodrigues
4/12/2008 às 18h40
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minha santa catarina
de santa catarina: só hoje consegui falar com os meus de lá. estão bem. longe da tragédia. mas com a impotência que todos sentem. eu sinto. eu chorei quando vi a estrada que desapareceu. lembrei o quanto adoro ir de carro pra lá, pra me perder na visão dos morros. tudo verde com o cheiro de lá. tudo céu azul de lá. que agora não tem. que agora é marrom de lodo. lama.
Vanz, que Comenta aqui, no seu blog.
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Julio Daio Borges
4/12/2008 às 18h01
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Criar ou consumir?
¿Leer o escribir?
¿Ver fotos o sacar fotos?
¿Navegar por la web o crear la web?
¿Ver cuadros o pintar cuadros?
¿Ver películas o grabar-montar vídeos?
¿Usar software o crear software?
¿Escuchar música o componer música?
¿Leer biografías o escribir un diario?
¿Leer blogs o escribir un blog?
Kirai, sobre o dilema que todos enfrentamos hoje.
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Julio Daio Borges
4/12/2008 às 16h07
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As melhores capas de 2008
Para livros em inglês, no The Book Design Review (porque... quem vai fazer a seleção das capas de livros daqui?)
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Julio Daio Borges
4/12/2008 às 09h50
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Sol sem luz
Godofreddo guarda em seu quarto jornais. "Para pesquisas" diz; e lá vai ele dando novas camadas às colunas de celulose; tais quais células de seu próprio corpo. Muitas já mortas, alimentam multidões de ácaros e banqueteiam tímidas e famélicas traças.
Tropeça nos próprios pés à procura de um chinelo, que lhe escapara. Desaba na cadeira a qual solta contido gemido. Diante da escrivaninha pálida, por descuido estende página amarelada de fotos e fartos fatos deformados. Lê os testemunhos do rôto espírito da época e solta um arrôto enquanto polemiza consigo próprio a impropriedade do estilo e da falta de arte no manuseio da palavra, se insurgia mais contra a forma do que com o conteúdo, já é lugar-comum de terra exangue falar sobre: "a sofisticação da técnica mutualizada com a anemia espiritual". Vociferava enquanto a voz era devorada pelo fogo da falta de fôlego.
Voa uma mariposa negra contra a luz fria da lâmpada, tonta ela tenta se queimar mas não consegue... "Que paixão!" Liga o rádio para ouvir Wagner e pocotó, pocotó. Pega um copo, desses de molho pronto, e tenta acuar a incauta voadora; caçador experiente, depois de algumas horas, consegue e a prende no invólucro, depositando-a na escuridão das esquinas.
Volta para o quarto, encontra outro copo, perdido num canto da escrivaninha; alí ao lado do Paraíso Perdido. Entorna e queima as vísceras. Lá pelas tantas, tonto, resolve sair sondando sonhos à procura de pesadelos, e só encontra mariposas, uma delas fôra, imagina ele, sua esposa, posando nua no fundo do copo de seus olhos incendiados.
Parou no meio da rua, sem notar que estacara; estava a delirar, procurando no caledoscópio o que aquela figura multifacetada da memória lhe gritava.
Tal qual uma búzina de Scania. E as cores, e as cores. Todas as cores do mundo numa única e infinda planície negra.
Wilson Roberto Nogueira, nunca dica do Pó&Teias, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
4/12/2008 à 00h43
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A sétima temporada de 24 horas
Um preview de 15 minutos da próxima aparição de Jack Bauer, via ALT 1040.
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Julio Daio Borges
3/12/2008 às 09h45
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A TV ficou pra trás
Uma campanha do statesman.com, via Tiago Dória.
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Julio Daio Borges
3/12/2008 às 09h41
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Tudo sobre o Google
Como disse o TechCrunch: "Tudo o que você queria saber sobre o Google... mas tinha medo de perguntar". Uma apresentação da FaberNovel, tentando responder às seguintes perguntas: por que o Google não será afetado pela crise; por que o Google não é um portal de conteúdo; por que a Microsoft teme o Google; e como o Google (também) compra audiência; entre outras.
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Julio Daio Borges
3/12/2008 às 09h29
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Julio Daio Borges
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