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Quarta-feira,
6/5/2009
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Redação
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Cadáveres
Lançamento do livro Cor de Cadáver, de Jovino Machado, rolou no Palácio das Artes, em BH. Minha coleção dos livros dele só aumenta.
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Ana Elisa Ribeiro
6/5/2009 às 13h28
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Fundadores falam do Twitter
Jack Dorsey e Biz Stone, numa entrevista reveladora, sobre o começo do Twitter.
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Julio Daio Borges
6/5/2009 à 00h59
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Max Planck e as novas ideias
"Nem sempre uma nova teoria é aceita porque os cientistas se convencem da sua validade, mas porque aqueles que a ela se opõem eventualmente envelhecem e morrem, dando lugar a novas gerações de cientistas que passam então a aceitá-la."
Max Karl Ernst Planck, em A revolução dos q-bits.
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Postado por
Julio Daio Borges
5/5/2009 à 00h40
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Softwares para roteiristas
Nos últimos anos andei testando diversos programas voltados à confecção de roteiros de cinema, textos literários e peças de teatro. Passei pelo Movie Magic Screenwriter, Final Draft, Hollywood Screenplay, New Novelist, StoryCraft, StoryView, Dramatica Pro e assim por diante. Alguns têm a função exclusiva de formatar o roteiro de modo profissional ― Movie Magic Screenwriter, Final Draft (para mim, o melhor), Hollywood Screenplay ― e os demais ― New Novelist, StoryCraft, StoryView, Dramatica Pro ― de servir de orientação e guia na criação mesma de argumentos, enredos e personagens. Se você não é um matemático totalmente desprovido de espontaneidade tentando ser um escritor, não mexa com estes últimos, principalmente com o Dramatica Pro, que é a coisa mais complexa que já vi na vida. Se Shakespeare fosse usar semelhante ferramenta, teria escrito não mais que meia dúzia de peças, haja vista o tempo que consumiria perdido em meio às entranhas labirínticas do programa, com o qual ― cá entre nós ― é possível definir até mesmo o diâmetro do ânus do protagonista (perdão!) e o comprimento do dedinho do pé do vilão.
Enfim, qualquer dia, se me der na gana, falarei de cada um deles. No momento, quero falar daquele que talvez seja o melhor: Celtx. É um software tão fantástico que me dá preguiça falar dos outros. Além de ser o único gratuito ― uhuuuu, freeware!!! ―, também está disponível em português. Claro, se você quiser, pode assinar (leia-se pagar) o serviço de armazenamento e compartilhamento ― que antes era gratuito ― e que não é senão uma comunidade on-line para troca de roteiros e experiências. Agora, o melhor mesmo é a facilidade de lidar com seus recursos. É possível, através de abas (viva as abaaas!), manter abertos, por exemplo, o livro que se está adaptando (se for o caso), o próprio roteiro, a descrição individual de cada personagem, de cada objeto de cena, dos figurinos, o perfil dos atores, e ainda arquivar, no mesmo projeto, fotos, mapas de locações, sons, planilha de orçamento e o escambau. Também é possível, se você for assinante, ir salvando o projeto on-line e, assim, compartilhá-lo com uma ou mais pessoas que poderão ir trabalhando nele ao mesmo tempo. E ainda tem incorporada uma agenda ― tal como a do Movie Magic Scheduling ― para planejar dia a dia tudo o que será feito na pré-produção, produção e pós, uma coisa incrível.
Bom, agora que você já sabe que o Celtx é o melhor software para se escrever um roteiro de cinema e planejar a produção, só falta o talento. Se Deus to deu, bem, se não deu, amém. Amém, não, vá brincar com o Dramatica Pro. Até um macaco conseguiria escrever uma novela com ele. Claro, se conseguisse sair dali de dentro...
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Yuri Vieira
4/5/2009 às 03h49
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O Design do Futuro
Vários Designers, em Webdesigner Depot, via @tweetmeme.
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Julio Daio Borges
4/5/2009 à 00h32
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Planeta de macacos
Na introdução de O culto do amador, Andrew Keen faz referência ao "teorema do macaco infinito", de T.H. Huxley (avô de Aldous):
"Segundo a teoria de Huxley, se fornecermos a um número infinito de macacos um número infinito de máquinas de escrever, alguns macacos em algum lugar vão acabar criando uma obra-prima ― uma peça de Shakespeare, um diálogo de Platão ou um tratado econômico de Adam Smith."
É só a deixa para, algumas linhas depois, dizer que:
"A tecnologia de hoje vincula todos aqueles macacos a todas aquelas máquinas de escrever. Com a diferença de que em nosso mundo Web 2.0 as máquinas de escrever não são mais máquinas de escrever, e sim computadores pessoais conectados em rede, e os macacos não são exatamente macacos, mas usuários da internet. E em vez de criarem obras-primas, esses milhões e milhões de macacos exuberantes ― muitos sem mais talento nas artes criativas que nossos primos primatas ― estão criando uma interminável floresta de mediocridade."
Seguindo a lógica de Keen, o Estadão e eu temos razão. Agora me pergunto se os macacos, digo, blogueiros, vão a) fazer máscaras com o rosto de Keen para a próxima Campus Party; b) postar fotos dele com bigode e chifrinho em seus blogs; ou c) começar a chamá-lo de "Keenossauro".
Espero que nenhuma dessas opções. Uma discussão adulta e sensata sobre os pontos que O culto do amador aborda é necessária, ainda mais porque o próprio Keen parece não ter grandes esperanças no futuro:
"Diga adeus aos especialistas e guardiões da cultura de hoje ― nossos repórteres, nossos âncoras, editores, gravadoras e estúdios de cinema de Hollywood. No atual culto do amador, os macacos é que dirigem o espetáculo. Com suas infinitas máquinas de escrever, estão escrevendo o futuro. E talvez não gostemos do que ele diz."
Eu não quero viver num planeta de macacos. Você quer?
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Postado por
Rafael Rodrigues
1/5/2009 às 02h43
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Matinas sobre a Serrote
Man carrying question marks de Saul Steinberg
"Tivemos uma recepção que eu classificaria de calorosa, e só temos a agradecer ao público leitor e aos jornalistas por isso. Não tínhamos muita ideia do que iria ocorrer e não poderíamos prever que os pedidos das livrarias praticamente esgotassem o nosso estoque em duas semanas. A Serrote ficou durante uma semana em 3º lugar entre os 10 mais vendidos em não-ficção na Livraria Cultura. É uma posição altamente expressiva para uma revista de ensaios."
1. Como no caso da Piauí, a New Yorker serve de inspiração mais uma vez?
No caso da Serrote a inspiração maior foi a The Virginia Quarterly Review, editada pela Universidade da Virginia, nos EUA. Ela é publicada desde 1925, mas sofreu uma grande transformação na década de 1990 e se tornou mais "jornalística".
2. E, no Brasil, qual a inspiração de vocês?
Nós temos boas revistas do gênero no Brasil. Vou citar apenas duas, cometendo uma irreparável injustiça com as outras que estou omitindo: a revista Novos Estudos, do Cebrap, que recebeu um novo vigor editorial no tempo em que foi dirigida pelo Rodrigo Naves e que agora tem um ótimo editor, o Flávio Moura e a Sibila, que tem um enfoque mais literário.
3. Antes da Piauí ― e antes, agora, da Serrote ―, quando se falava em jornalismo literário, no Brasil, era preciso retroceder aos anos 70 (Realidade), aos anos 50 (Senhor)... Vocês querem retomar essa tradição?
Não posso responder pela Piauí, embora como leitor habitual creia que ela faz muita coisa na melhor tradição da chamada narrativa de não-ficção. No caso da Serrote, creio que sim, em um sentido amplo da ideia de jornalismo literário que inclui, além das reportagens e das narrativas mais longas, o ensaio pessoal de tradição anglo-saxã e, em certa medida, a crítica literária.
4. Organizar uma revista, como a Serrote, é muito diferente de organizar uma coleção, como a de Jornalismo Literário na Companhia das Letras? Ou o princípio é o mesmo?
Há uma diferença de pauta. A coleção é feita basicamente de grandes reportagens e a Serrote traz, além dos ensaios, cartas, fotos, ilustrações, críticas.
5. Foi difícil montar o time que hoje compõe a Serrote?
A equipe de texto foi montada pelo Flávio Pinheiro, o superintendente do IMS. A ideia de que haveria uma boa receptividade por parte do leitor brasileiro para uma revista de ensaios, aliás, é dele. O Flávio havia convidado o Samuel Titan Jr. e o Rodrigo Lacerda para coordenarem a área editorial do Instituto. Quando a ideia da revista amadureceu, ele me convidou para fazer a parte operacional. Nós quatro passamos a fazer conjuntamente a revista. O Cassiano Machado, da editora Cosac Naify, nos indicou o diretor de arte Daniel Trench, um jovem talentosíssimo que fez um brilhante trabalho no projeto gráfico da Serrote. É um ato de coragem e de crença no desenvolvimento da cultura brasileira o fato de o IMS ter topado lançar uma revista com essas características em um momento como este, de crise e de grandes incertezas no mundo editorial.
6. Os autores estrangeiros vão continuar tendo muito peso ― até para dar o tom ― ou vocês pretendem aumentar, cada vez mais, o espaço para os brasileiros?
Na verdade, o primeiro número da Serrote tem bem mais autores brasileiros (ou locais) do que estrangeiros. No geral, vamos tentar manter o equilíbrio, mas, pessoalmente, não considero este um grande problema. Nosso compromisso é o de publicar textos de qualidade, bem escritos, inéditos. Considero esses pontos mais relevantes do que a nacionalidade dos autores. Temos a impressão de que existe um público que gosta simplesmente de ler bom textos sem se preocupar com a cor do passaporte do escritor, do fotógrafo ou do ilustrador.
7. Você acha que o ensaísmo à brasileira pode igualmente frutificar ou somos mais dados ao descompromisso, à leveza e à brevidade da crônica?
Acho que o ensaio mais pessoal e menos acadêmico tem grandes chances de prosperar no Brasil.
8. Como tem sido a repercussão, na própria imprensa, até agora? E o que vocês esperavam?
Tivemos uma recepção que eu classificaria de calorosa, e só temos a agradecer ao público leitor e aos jornalistas por isso. Não tínhamos muita ideia do que iria ocorrer e não poderíamos prever que os pedidos das livrarias praticamente esgotassem o nosso estoque em duas semanas. A Serrote ficou durante uma semana em 3º lugar entre os 10 mais vendidos em não-ficção na Livraria Cultura. É uma posição altamente expressiva para uma revista de ensaios. Temos uma estratégia de longo prazo de venda de assinaturas, uma vez que infelizmente nem todas cidades brasileiras contam com uma boa livraria.
Nós pudemos notar também um fênomeno bastante interessante: a Serrote foi muito bem acolhida pelos sites e blogs de cultura e de literatura ― como é o caso do Digestivo ―, mostrando que há um diálogo aberto e amigável entre os veículos impressos e os novos formatos da internet.
9. Vocês apostam no impresso com força... Ele ainda sobrevive, por tempo indeterminado, ao menos em formato livro? O que pensam do assunto?
O impresso permite uma fruição prazerosa, o tato, o cheiro, o folhear de um lado para o outro, uma diagramação diferenciada das imagens. Há uma relação inconsciente com o produto impresso. Se uma pessoa está procurando apenas a leitura em estado bruto, ela poderá se contentar com as versões digitais e eletrônicas. Se ela procura um instante de prazer estético ― uma experiência insubstituível como ir ver uma boa exposição na Pinacoteca do Estado ― junto com a leitura, creio que o formato impresso conservará os seus encantos para esta pessoa por mais algum tempo. Digo isto sem nenhuma nostalgia, pois sou uma pessoa que também enxerga imensas vantagens no mundo virtual.
10. E a internet ― está mais para O Culto do Amador (Andrew Keen) ou pode, igualmente, abrigar ensaios de alto nível? A Serrote terá uma presença também forte na Web? Como será?
Nós achamos que a Serrote na internet deverá ter características diferentes. Estamos analisando as possibilidades, mas o objetivo é também ter uma participação expressiva na Web.
Para ir além
Revista Serrote
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Julio Daio Borges
1/5/2009 à 00h15
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O amor é importante, porra
Autor Anônimo, no Bolhas, champanhe, cowboy, via @carolfranco80.
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Julio Daio Borges
30/4/2009 à 00h52
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Varela entrevista Tas
Ilustração de Cleriston Ribeiro
Varela — A Telefônica é uma espécie de Michael Schumacher das reclamações do Procon. Tem um péssimo serviço, é monopolista, reduziu o número de orelhões na periferia e, há uma semana, tentou esconder um problema que derrubou o Speedy para vários usuários. O senhor não acha que essa empresa estaria merecendo um Proteste Já?
Tas — Que pergunta "cubana" é essa? Eu não sou porta-voz nem defensor da Telefônica. Eles usam minha credibilidade para vender a imagem de uma empresa jovem e descolada, mas é uma relação profissional. Você tem uma mente muito analógica para me compreender. Pela primeira vez na minha vida profissional, vou encerrar uma entrevista antes mesmo dela começar. (Desliga o computador.) Ué, eu me desconectei e você continua aqui? Ah, é... pessoas reais. Às vezes a gente esquece como isso é chato.
Fausto Salvadori Filho, no seu Boteco Sujo, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
29/4/2009 às 17h41
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Primeiro livro sobre o Twitter
Tim O'Reilly (sempre ele), em The Twitter Book, via @eduf.
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Postado por
Julio Daio Borges
29/4/2009 às 10h50
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Julio Daio Borges
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