A edição impressa do jornal Gazeta Mercantil não circulou hoje. Na página eletrônica da empresa, há a informação de que, a partir desta segunda-feira, o Grupo Companhia Brasileira de Multimídia (CBM) "não é mais responsável pela representação das marcas Gazeta Mercantil e InvestNews".
Matéria do jornal Valor indicou que o jornal Gazeta Mercantil não deveria sair hoje e que a CBM manterá um noticiário on-line, o Investimentos e Notícias, que utilizará parte da equipe do também on-line InvestNews.
Desde o fim de semana, o endereço eletrônico do InvestNews já redirecionava o leitor para outros títulos da CBM, entre eles o novo noticiário eletrônico.
Conforme a matéria do jornal Valor, a empresa de Tanure já havia informado de que parte dos profissionais da Gazeta seria realocada a outras atividades impressas e on-line da CBM. Tanure informou na semana passada que devolveria a gestão das marcas da Gazeta Mercantil e do Investews à Gazeta Mercantil S.A., de Luiz pertencente a Fernando Levy.
Quando pela primeira vez li a respeito de uma máquina que, a partir de um arquivo de texto, e com um mero apertar de botão, seria capaz de fabricar um único livro, incluindo a capa, fiquei eufórico: seria o fim do grande risco que todo editor corre ao publicar bancar um novo autor, já que tal publicação costuma se materializar num grande número de exemplares, o que significa um grande investimento e, na pior das hipóteses, um possível encalhe.
Uma máquina assim significaria também, para o autor iniciante, um acesso facilitado à publicação de sua primeira obra. Porque, se nós, jovens autores, sentimos raiva e frustração cada vez que uma conhecida editora rejeita nosso livro, é preciso que também tomemos ciência de um fato econômico muito importante: "TANSTAAFL". Hã?! Explico: "There Ain't No Such Thing As A Free Lunch" ou, em bom português, "Não existe esse tal de almoço grátis". A frase, cunhada pelo escritor Robert A. Heinlein ― no livro The moon is a harsh mistress ― e associada ao pensamento do economista Milton Friedman, quer dizer isso mesmo: há sempre alguém pagando por aquilo que se consome. E não adianta citar o financiamento público da arte: o dinheiro usado ali foi subtraído ao povo por meio de impostos. Logo, o que haveria de mais revolucionário no mundo dos livros do que a publicação sob demanda?
Em vez de mil livros impressos e apenas dez vendidos, temos um livro para cada despertar de uma vontade. Enfim, li a notícia sobre essa prometida máquina em 1999, na Casa do Sol, e testemunhei um brilho de esperança no olhar da escritora Hilda Hilst, a quem dei a notícia, e que tinha então um longo histórico de decepções com editores: aos 69 anos de idade ela ainda não tinha contrato com uma boa editora. Se para ela era difícil, o que eu poderia esperar? Simplesmente desisti de correr atrás de editoras. Às grandes editoras interessa apenas um tipo de autor: aqueles que, de algum modo, cresceram e apareceram. Não sou um deles.
A Hilda Hilst faleceu em 2004 tendo a "sorte" de, às portas da morte, finalmente ser publicada por alguém que, além de imprimir o livro, ainda o distribuiu e divulgou. Sim, foi uma "sorte", mas coloco a palavra entre aspas porque a escritora já estava muito debilitada e desiludida da vida para conseguir gastar o dinheiro que finalmente passou a receber com seu trabalho. E o dinheiro jamais seria o bastante para pagar sua dívida de quase um milhão de reais com o IPTU. Detalhes.
Todo esse preâmbulo é para avisar aos jovens autores brasileiros que a impressão de livros sob demanda finalmente chegou ao Brasil e, por enquanto, atende pelo nome de Clube de Autores. Será que adquiriram a citada máquina de Jason Epstein? Não sei. O importante é saber que o autor não precisa gastar nada, basta subir seu livro em PDF ao site, configurar uma capa e divulgar a página de venda do seu livro. (Para tanto, que tal usar o Google AdWords?) Cada vez que alguém comprar o livro on-line, este será impresso e enviado ao comprador pelo Correio, uma verdadeira mão na roda. Eu já aderi ao sistema. E espero que outros autores se sintam aliviados por seguir o exemplo. Nem todo mundo tem o desprendimento de um Fernando Pessoa, isto é, de alguém que escreve apenas para a posteridade. Porque, em geral, quando não publicamos, nos sentimos como uma represa sem vazão, como uma fonte estagnada. E é muito chato lançar e-books e ficar ouvindo: "desculpe, mas não leio no computador". (Agora terá de ler, papudo!!) E vamos torcer para que, um dia, essas máquinas estejam espalhadas pelas livrarias do país.
"A utilização do Twitter é uma besteira. O que é que eu tô fazendo agora, né? 'Acabei de pentear o cabelo. Agora, vou ligar a televisão.' E todo mundo fica acompanhando isso... Tentando saber o que é que tá acontecendo. Eu acho inútil. E aí, nesses casos, eu tenho mesmo aversão."
No próximo domingo, dia 31 de maio, acontecerá em Belo Horizonte a tradicional "Festa da Itália" com espetáculos, música, comida e a presença das associações regionais e culturais italianas.
Serão mais de 60 barracas, ao longo da Av. Getúlio Vargas, entre a Rua Tomé de Souza e a Rua Rio Grande do Norte onde, das 13h00 às 22h00, o público poderá curtir uma tarde de alegria e diversão tipicamente italiana, e saborear pratos e produtos típicos.