Em Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Infantil e Juvenil (Carangola, 288, térreo) tem uma programação bacaninha para pequenos e nem tanto. O esquema vale de 1 a 29 a janeiro, cada dia com uma coisinha mais fofinha do que a outra. Contação de história, oficinas e atividades afins. Como o lugar é central, os pais podem ir passear enquanto a moçadinha aprende a fazer brinquedos que voam (planadores, aviões, bumerangues) ou ouve umas histórias legais. A divulgação é por e-mail, mas pode-se ligar para lá para se ter certeza das coisas, dos horários e das idades sugeridas para cada atividade: (31) 3277-8658.
Estou me sentando em um camarote privê para escrever sobre o Especial Brasil Potência Mundial, já que há pouco mais de três semanas tivemos um apagão geral nas principais cidades brasileiras. Só isto já faz risíveis as pretensões brasileiras de realizarem os principais eventos esportivos com excelência, se mudanças drásticas não acontecerem.
Se ter um apagão já é motivo de chacota mundial, alguém precisa me explicar como um país que abrigará uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, em menos de 7 anos, conseguirá não passar vergonha na frente dos nossos convidados. Seremos piada mundial?
Alguém precisa avisar ao governo que os eventos esportivos não exigem somente maquiagem, mas sim profundas obras de infraestrutura.
Ou seja, não é só para inglês ver!
Também será necessário avisar que somente lágrimas, se vocês me entendem, não serão justificativas suficientes para resolver o caos diário das cidades e fazê-las comportar uma Olimpíada.
Por outro lado, não se pode negar que a vinda dos eventos esportivos trará investimentos, gerando riqueza para a população (ou parte dela).
Além do lado econômico, um novo ângulo poderia ser analisado. Agora que ganhamos (a que preço?), a honestidade dos nossos governantes deveria ser o primeiro exemplo a ser dado na nossa estréia mundial no segmento do entretenimento.
Prefiro achar que a falta de energia foi falta de humildade, do que achar que foi falta de manutenção da maior usina da América Latina, já que de planejamento com certeza foi. FHC pediu para a população ajudar na economia de energia. Lula e sua equipe deveriam ter feito o mesmo.
Não acredito, também, em mero "acidente", como disse o Ministro Lobão. A população não merece ser chamada de ingênua.
Para parar de chutar cachorro morto, acho que o acontecimento vale por duas razões. A primeira, como já falado acima, para treinar a humildade em nossos governantes. Uma democracia exige participação de todos, e, se vamos abrigar os dois maiores eventos esportivos do mundo, devemos trabalhar em conjunto para atingirmos metas claras e realistas.
Ondas de ufanismo somente nos levarão a achar que o brilho está onde não está. Vamos colocar a mão na massa e seguir pelo menos uma vez os dizeres da nossa bandeira (que, na minha opinião, não deveriam estar lá, mas isto é assunto para outro artigo) e ver se eles nos ajudam em alguma coisa: um pouco de ordem, para termos progresso.
A segunda razão está intimamente ligada à primeira. Se o Brasil é quase primeiro mundo, vamos fazer algo que não é vergonha para ninguém: copiá-lo. Sem rodeios, nossa meta deveria ser saúde, educação e bons modos ao nosso povo.
Se não temos dinheiro para construir grandes centros cirúrgicos e escolas de ponta, vamos educar nossa população para dar o exemplo no momento certo. Saúde preventiva e educação de base são o mínimo.
E, por favor, chega de lixo na rua! Isto sim é o que deveria fazer nosso presidente chorar!