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Quarta-feira,
6/4/2005
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Redação
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Indústrias Criativas
A expressão "Indústrias Criativas" pode ser uma novidade no Brasil, mas é uma tendência mundial que atesta que estamos começando a mudar de uma economia puramente de serviços para uma economia que está baseada na criatividade. Isto não é apenas verdadeiro para economias do primeiro mundo que tem, por muitos anos, a vantagem do sistema de mercado da livre empresa. Isto também é verdade para as economias dos países em desenvolvimento.
(...)
Criatividade não se define de forma fácil, por isso o portal das indústrias criativas pretende reunir os elementos que compõe estas classes criativas, em seus os vários setores, como por exemplo: publicidade, arquitetura, mercado de artes, artesanato, design, alta costura, filmes e vídeos, software interativo de lazer, música, artes cênicas, editoras, serviços de software e computadores, televisão e rádio, mobiliário, moda, produção audiovisual, design gráfico, software educacional, artes e entretenimentos, internet, artes visuais e editoração.
Alem de referencial e fonte de pesquisa sobre o assunto, o portal terá também as orientações dos processos jurídicos para que o artista possa saber como ter direitos sobre suas criações, noções de empreendedorismo, e um espaço para que os criadores possam montar uma pagina de apresentação dos seus trabalhos falando e mostrando suas obras, seus projetos e suas idéias. Anexando um currículo, ainda fotos, textos e vídeos. (...)
Apresentação do Projeto, do site Indústrias Criativas, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
6/4/2005 às 10h52
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Money Can't Buy You Love
"You can't buy love. It's very irritating," joked Warren Buffett, CEO and chairman of Berkshire Hathaway during a stop at the College of Management. "It's so much easier to just write out a check. 'I'd like a million dollars worth of love.' You can get a million dollars worth of sex but .
"The hell of it is you're only going to be loved if you're lovable. If you are, you get it back in spades," he said. "The truth is you always get back more than you give away. Some people never learn that. They're busy cheating people, cutting corners, lying to them, all kinds of things and they think they're a success because they have tens of millions of dollars later in life. I don't think they are a success and I don't think deep down they feel like they are a success."
Do segundo cara mais rico do mundo, aqui.
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Eduardo Carvalho
5/4/2005 às 19h13
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Nada de útil pra ler
Cheguei à conclusão, lendo a Veja, que eu preciso ler Paulo Coelho. Nunca li Paulo Coelho. Maktub não conta, é um livro de frases - todas elas meio nonsense, por sinal - mas se tomar como exemplo, então não espero muita coisa de um livro dele. Mas eu adoro Michael Crichton, que praticamente escreve sempre a mesma coisa, só muda a tecnologia. Todo mundo que se considera inteligente xinga o Paulo Coelho, mas não seria irônico se, daqui a alguns anos, se concluísse que ele fez mais pela divulgação da literatura brasileira do que todos os outros atuais membros da Academia Brasileira de Letras (José Sarney e Ivo Pitanguy, principalmente)? Mas o que eu sei? Não li Paulo Coelho para ter direito a dar opinião.
* * *
Oscar 2005: mais curto, mais chato, mais grosseiro do que de costume. Chris Rock só contava piada sem graça. Ou alguém achou engraçado ele dizer que "Gwineth Paltrow é a mulher que dá leite a uma maçã" porque sua filha se chama Apple? Ou sobre Colin Farrel ser um Russel Crowe de segundo escalão (o que é verdade, mas inconveniente pra ocasião). E aquele quadro, sobre como o público americano não viu nenhum dos filmes indicados, era pra dizer o quê? Que o publico médio americano tem a idade mental de uma criança, ou que a Academia devia valorizar mais filmes como As Branquelas? Seria interessante um dia ter Jim Carrey ou Robin Williams apresentando, mas daí a cerimônia teria que deixar de lado a tradição de ser previsível e formal.
* * *
Há um tempo atrás eu falei o quanto eu detestava praia. Pois acabei passando um final de semana em Atlântida Sul e me diverti muito. Em dois dias, tentei fazer tudo o que eu imaginava ser característico de praia: ir no "centrinho" à noite (apesar das horríveis bandas de garagem que estavam tocando), ir num buffet de sorvete, entrar no mar (ainda que por menos de cinco minutos), comprar doces vendidos em caixas de camisa, ler uma revista do Pato Donald, andar de bicicleta, fazer criptogramas naquelas revistas Coquetel, tomar banho de piscina, churrasco, ler no mais absoluto silêncio sem ter que ouvir freadas de carros e vizinhos gritando com música no último volume.
Samir, no seu blog, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
5/4/2005 às 15h53
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Ei, psiu
A realidade é coisa delicada
de se pegar com as pontas dos dedos.
Um gesto mais brutal, e pronto: o nada.
A qualquer hora pode advir o fim.
O mais terrível de todos os medos.
Mas, felizmente, não é bem assim.
Há uma saída - falar, falar muito.
São as palavras que suportam o mundo,
não os ombros. Sem o porquê, o sim,
todos os ombros afundavam juntos.
Basta uma boca aberta (ou um rabisco
num papel) para salvar o universo.
Portanto, meus amigos, eu insisto:
falem sem parar. Mesmo sem assunto.
Paulo Henriques Britto, de novo, no simplesmente, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
5/4/2005 às 10h14
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Brinquedos de palavras
A porta abre, o balde cai.
O cigarro explode no nariz.
A língua fica roxa do chiclete.
Aparelhinho de choque no
aperto de mão.
Palito de fósforo aceso, encaixado
entre os dedos do pé.
Acho que ela me ama, mas
estou desistindo.
Pipol, na MnemoZine, aquela com o melhor lay-out.
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Julio Daio Borges
5/4/2005 às 09h22
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À procura de barranco
Eu sou de natureza cínica pero bonachã. Quer dizer, sou um camarada que não acredita quase nada nas boas intenções dos outros, mas também não cria muito caso com isso, ressalvadas certas circunstâncias de caráter sentimental. Sou adepto do cinismo ameno. Das brisas cínicas, se as houver. Da sombra cínica. Se uma mulher de cabelos arrepiados chegar perto de mim gritando que quer salvar o mundo, primeiro digo:
- Ãrrã.
E depois:
- Senta aqui, minha filha, e me explica essa besteirada toda.
E vou bebericando alguma coisinha, ouvindo e achando graça.
Eu acho muita graça nas coisas. E acho muitas coisas engraçadas. É por isso, aliás, que não gosto da palavra "diversão". A diversão, me parece, dá trabalho, é pró-ativa: você, para se divertir, tem que fazer coisas, praticar atos, elaborar gestos. Gente que faz rapéu ou dança a noite inteira diz que se diverte. Fica toda quebrada, mas sai falando:
- Foi muuuuuito divertido.
Já a graça vem sozinha. Vem - ou vêm; são Graças, moças muito bonitas - e se instala ao meu lado, e me encanta. Então é isto, a graça é amena. E cínica. Fica sentada comigo ouvindo a moça de cabelos arrepiados que quer mudar tudo, absolutamente tudo, e pisca para mim, pensando o que eu também penso:
- Coitada, é tanta coisa pra mudar de lugar.
Orlando, no Postiçagens, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
4/4/2005 às 10h42
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Manual de redação Rabisco
Pois bem, você veio aqui, leu as matérias, achou tudo muito legal, e ficou com vontade de colaborar. "Mas como é que eu faço isso? Que tipo de textos eles aceitam? O que eu ganho com isso?", você pergunta. Não se preocupe, as respostas estão todas aqui.
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Quem pode colaborar? Qualquer um. Se você tem um texto que acha que poderia ser publicado aqui, pode enviá-lo para ser apreciado pelos responsáveis pelo Rabisco.
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Eu mandei o texto. E daí? O texto vai ser revisado pela redação do Rabisco. Não será alterado o conteúdo do texto. Sugestões e palpites serão enviados ao autor, que poderá aceitar ou não. Em casos drásticos em que seja necessário reescrever o texto, ele será enviado de volta ao colaborador com as respectivas sugestões ou correções.
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Eu mandei um texto para o Rabisco. Isso quer dizer que ele será publicado? Não necessariamente. Nós não temos a intenção de barrar textos a princípio, mas isso aqui também não é a festa da uva. A redação do Rabisco se dá o direito de recusar um texto.
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E se eu quiser ter uma coluna? As colunas estão disponíveis apenas para aqueles que já colaboram regularmente com artigos e críticas. Seria um período de avaliação para percebermos se o colaborador está comprometido de verdade com o site. Afinal, a coluna precisa ser atualizada com certa freqüência como sinal de respeito ao leitor.
Os editores da Rabisco (porque eles tiveram a manha de fazer uma coisa para a qual eu nunca tive paciência...).
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Julio Daio Borges
4/4/2005 às 09h17
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Watchman
(...) o corpo é um de nossos primeiros referenciais para metáforas. Um dos motivos pelos quais criamos a linguagem é para falar sobre coisas que não nos são familiares em termos que nos são familiares. Muitas das metáforas que usamos vêm de nossos corpos. É claro (...)
* * *
(...) a vida real em qualquer cultura acontece em suas margens. Eu concordo com o que a brilhante, divina, maravilhosa Angela Carter disse sobre os vencedores do Booker Prize; eu acredito que ela se referiu a eles como vítimas das listas, o que eu penso que [os] define bem. Os mais interessantes escritores são aqueles que com pouca freqüência são citados para prêmios, pois são considerados muito vulgares [os prêmios].
* * *
Eu sinto que nós estamos nos aproximando de um ponto de fervura cultural. Eu não digo que isso seja uma coisa boa ou má. Eu penso que estamos nos aproximando de um ponto no qual a quantidade de informações que teremos será exponencial, e eu não estou certo de que tipo de cultura humana irá existir além desse ponto.
Alan "O Monstro do Pântano" Moore, igualmente no Rascunho (Rogério, prometo que este é o último...).
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Julio Daio Borges
4/4/2005 às 08h36
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Daslusp
A Casa do Saber "é um exemplo sofisticado de conhecimento oferecido à sociedade", escreveu Renato Janine Ribeiro num artigo recente, em que elogiava a instituição e confessava isso "com um certo pudor" porque muitas vezes é convidado para falar lá. Essa sofisticação pode ser até vista como uma virtude. "Dizem que aqui é a Daslu do Saber, não vejo problema nenhum nisso. Aliás, também não tenho nada contra a Daslu", comenta o jornalista Paulo Henrique Amorim, que encontrou ali um roteiro para estudar filosofia e participar de debates de alto nível cultural.
É possível ir à Casa do Saber e cruzar com várias pessoas como ele - profissionais liberais que trabalham o dia inteiro e gostam de história, artes plásticas, música e futebol. O evento social é conseqüência. Se ali há quem tenha os best-sellers do Dalai Lama como livros de cabeceira, também há gente interessada em ciência. Então, o que incomoda? A mulher de escarpim de oncinha e echarpe rosa choque, que parece interessada em tudo menos na exposição sobre o pensamento de Nietzche? Ou o poder financeiro? "Quem vem aqui tem muito, mas muito dinheiro, é uma coisa completamente fora da realidade do resto de São Paulo", diz a gerente do café, Laura Martins. Talvez, no fundo, seja essa a razão de tanta maledicência em torno da Daslusp.
Maria da Paz Trefaut, no no minimo, sobre o lugar onde tenho passado duas noites por semana, aprendendo sobre História da Arte e História da Música Brasileira. É o melhor ambiente de São Paulo hoje: ao lado do escritório em que trabalho e no circuito dos melhores restaurantes para estender a noite. Acabamos relevando perguntas de meninas que não sabem se Tintoretto é da mesma fase que Giotto. Elas não podem ser perfeitas. Já são excelente companhia para jantar depois da aula.
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Eduardo Carvalho
1/4/2005 às 18h47
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Romance breve
Loucura, meu senhor, é um homem entrar em seu bar predileto e dar de cara com a ex-mulher, aos beijos com um novo amor. Com o músico da casa cantando Lupicínio, você sabe o que é ter um amor, meu senhor, ter loucura por uma mulher. Quis voltar atrás, mas não ia dar esse gostinho a ela. Sentou-se num canto, pediu uma vodca.
Cadela. Olha lá, se arreganhando toda. Troca de macho como quem troca de calcinha. Um condomínio sexual.
Ali mesmo, num outro canto, tinha mais um dos ex-machos dela, o tal argentino Fabián, fotógrafo de publicidade, picareta metido a artista, dando em cima duma patricinha com idade para ser filha dele.
Três vodcas depois, o cantor martelando "Quereres", de Caetano, ele levantou-se e caminhou, ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor, em direção à mesa de Fabián.
Vacilando nas pernas, sacudiu o dedo e salivou:
Você é um canalha. Banca o sensível só pra comer as mulheres. Mas é um safado, um filho da puta. Você não ama ninguém. Você jamais seria capaz de amar aquela mulher como eu amei.
O porra do argentino fez que nem ouviu. Continou conversando tranqüilamente com a garota. Dois garçons puxaram o inoportuno pelos braços, dizendo-lhe para retirar-se. A cadela e o novo macho-alfa levantaram-se para ir embora. Ela não queria assistir ao vexame.
Ele agiu rápido. Deu um soco no garçom mais alto e mais forte. Tomou o troco. Seu nariz espirrou sangue. Maldição. Teria que cancelar o compromisso do dia seguinte. Tirar fotos para a capa de seu disco novo.
Luiz Roberto Guedes, também no Rascunho.
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Julio Daio Borges
1/4/2005 às 15h28
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