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Segunda-feira,
6/6/2005
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Redação
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Eat the Rich
De 1986 a 1996, as ações da Microsoft subiram mais de cem vezes, com a companhia dona do sistema operacional Windows e dos aplicativos Office dominando o mercado de computadores pessoais. A subida explosiva transformou em milionários os empregados que aceitaram ações da empresa como substancial parte dos seus ganhos. Os novos ricos costumam se referir a si mesmos como "vencedores da loteria". "Embora o número exato não seja conhecido, é razoável supor que existam cerca de 10 mil milionários criados pela Microsoft até o ano 2000", diz Richard S. Conway Jr., um economista de Seattle contratado pela própria Microsoft para estudar o impacto da empresa na economia do Estado de Washington.
Julie Bick, no "Link" do Estadão.
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Julio Daio Borges
6/6/2005 às 14h15
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80 Years of The New Yorker
The New Yorker, the weekly magazine that started as "a hectic book of gossip, cartoons and facetiae," as Louis Menand once wrote, and has evolved into a citadel of narrative nonfiction and investigative reporting, will publish its entire 80-year archives on searchable computer discs this fall.
The collection, titled "The Complete New Yorker," will consist of eight DVD's containing high-resolution digital images of every page of the 4,109 issues of the magazine from February 1925 through the 80th anniversary issue, published last February. Included on the discs will be "every cover, every piece of writing, every drawing, listing, newsbreak, poem and advertisement," David Remnick, editor of the magazine, has written in an introduction to the collection.
The collection, which will also include a 123-page book containing Mr. Remnick's essay, a New Yorker timeline and highlights of selected pages from the magazine, is being published by the magazine and will be distributed to stores by Random House. It will have a cover price of $100, although it is likely to be sold in many bookstores and online for considerably less. The magazine also plans to issue annual updates to the disc collection, and it expects a first printing of 200,000 copies.
Edward Wyatt, no New York Times, via Bloglines (porque agora eu estou usando).
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Julio Daio Borges
6/6/2005 às 08h28
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Yagoohoo!gle
Para aqueles que andam em dúvida entre realizar pesquisas no Yahoo! ou no Google, a resposta é o Yagoohoo!gle. Uma brincadeira divertida e interessante onde você pode ver o resultado de suas pesquisas nos dois mecanismos de buscas ao mesmo tempo. A parte mais difícil é pronunciar o nome do site.
VClaudio, no Cult Bar, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
6/6/2005 às 07h18
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teenageangst
Mariana T. (porque eu gosto das fotos e porque o blog dela linca pra cá).
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Julio Daio Borges
3/6/2005 às 17h14
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Gaveta dos Guardados
Conheci em Paris um escultor brasileiro, bolsista, que não freqüentava museus para não perder a personalidade, esquecendo que só se perde o que se tem.
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Cada artista tem seu tempo de criação. É difícil saber quando começa a gravidez e quando se dá o parto. Há pintores que são permanentemente prenhes, parindo ninhadas como era o caso de Picasso.
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Sou impiedoso e crítico com a minha obra. Não há espaço para a alegria. Acho que toda grande obra tem raízes no sofrimento. A minha nasce da dor.
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Como temos cicatrizes! A vida foi causando essas feridas que nos acompanham até o fim. Nós somos como as tartaturas, carregamos a casa. Essa casa são as lembranças. Nós não poderíamos testemunhar o hoje se não tivéssemos por dentro o ontem, porque seríamos uns tolos a olhar as coisas como recém-nascidos, como sacos vazios. Nós só podemos ver as coisas com clareza e nitidez porque temos um passado. E o passado se coloca para ajudar a ver e compreender o momento que estamos vivendo.
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As coisas são assim: encontramos a última palavra, elas se acabam. Quando eu quero me ver livre, expressar tudo que tenho dentro de mim, lanço o quadro e aparece a imagem. Mas a imagem continua sendo um enigma outra vez. Pensamos que tudo apareceu revelado, e de fato revelou-se. Mas também não se revelou: está visível, mas continua o enigma.
Iberê Camargo, na mesma Discutindo Arte.
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Julio Daio Borges
3/6/2005 às 15h07
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Verbeat
Dan Gillmor, jornalista norte-americano, papa dos blogueiros, defensor do citizen journalism e autor do livro We the Media, julga a blogosfera como uma "câmara de eco". Para Gillmor, as idéias movem-se por ela como vírus. É impossível pará-las de todo, e o único impedimento de uma "contaminação" é o querer do sujeito, que pode passar de simples receptor passivo a produtor e crítico num piscar de olhos. O nascimento, a legitimação e o fortalecimento de uma nova via de informação depende apenas que cada cidadão coloque em prática a prerrogativa de suas liberdades conquistadas. O aparato tecnológico está disponível, e onde não estiver, deve ser levado. Cercear, normatizar e delimitar esse suporte, ou o conteúdo nele contido, é aprisionar o indivíduo no momento em que ele mostra sua força como indivíduo. Incentivar e lutar pela liberdade de comunicação é criar uma forma inédita para a produção, a compreensão e a discussão da informação. E se hoje a informação é o poder, nunca ele esteve tão próximo de cada um de nós, livre e democraticamente. Não vamos, agora, abrir mão disso.
Trecho do manifesto "Pela Liberdade e Democratização da Comunicação", via Leandro Gejfinbein (que linca pra nós).
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Julio Daio Borges
2/6/2005 às 16h26
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Rolam as Pedras
Eu acho que tem um pouco de medo na produção brasileira. Os grandes artistas são todos vigiados pelas gravadoras. O Los Hermanos, por exemplo, gravou o disco e teve que mandar para não sei quem para arrumar o som porque a gravadora não gostou.
Aqui eles exigem um certo padrão, que é o padrão das rádios; é o padrão do que se espera dos artistas; nem sempre é o que o artista realmente quer fazer. Acabam perdendo autenticidade. Isso também ocorre fora do país, mas aqui, pelo fato de existir o famoso jabá, as gravadoras já sabem o que as rádios querem, então ficam exigindo que o artista faça somente aquilo.(...)
* * *
(...)uma banda que tocava nas rádios antes, com sucesso, mesmo sendo independente, hoje não pode tocar mais porque as rádios disseram que as gravadoras estão pagando para não tocar mais anda independente. É um monopólio cultural.(...) É triste que isso aconteça no nosso país, que a gente seja obrigado a passar por isso, até a mudar de profissão - como eu conheço muitos músicos ótimos que têm de virar outra coisa. Ou então se vender, trocar totalmente seu estilo, fazer um negócio padronizado.
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Eu duvido muito que [o governo] possa fazer alguma coisa. Temos um músico lá dentro, no ministério, e nada acontece. O que está acontecendo em relação a isso? Estão tentando fazer uma lei, mas, quando pensam em fazer isso, há uma série de impedimentos: temos que entender que é muito dinheiro envolvido em direitos autorais, e se o Brasil não abrir o olho vamos continuar sempre terceiro-mundistas em relação a essa questão. Os artistas fazem, mas não recebem. Eu, por exemplo, tenho músicas que vou receber direitos depois de sete anos que foram executadas, então esse dinheiro já desvalorizou; e, se eu não for procurar, eles não virão atrás de mim pra me pagar.(...) Quem usou esse dinheiro? Quem aplicou? Por que não recebo juros totais de todos esses anos que não recebi? Desculpe, estou muito desanimado.
Mr. Kiko Zambianchi, na nova revista Discutindo Arte.
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Julio Daio Borges
2/6/2005 às 14h42
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A parte mais íntima
Do Sidney Haddad, que mensalmente me manda, por e-mail, suas obras de arte.
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Julio Daio Borges
1/6/2005 às 07h45
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A soberba de Beauvoir
Nenhuma mulher (moderna) quer ser uma Sibyl Vane. O destino de toda mulher é ser uma Sibyl Vane. Não descobriram ainda, mas isto está no cromossomo X.
O talento masculino pode dar as mãos à realidade. Mulheres talentosas têm uma agradável surpresa ao enxergar a realidade para além de seu narcisismo tipicamente feminino (às vezes altamente artístico): introvertem-se de vez (caminham na direção oposta) ou aceitam a realidade passivamente, como um cão faminto que fareja (e desconfio que esta seja sua natureza) e - rápida piscada de olhos - o talento desaparece, deixando a agradável realidade, a insípida tarefa de lavar a mesma louça todos os dias.
Mulheres gostam de encontrar-se ao comer chocolate, costurar botões na blusa favorita, observar de perto a beleza dos próprios cabelos sob a água do chuveiro, pensar na lancheira do filho enquanto passam as marchas do carro.
Perder-se + encontrar-se + aliar isto à realidade + não perder o gênio é uma virtude tipicamente masculina.
Do Uns choram. Outros vendem lenços, que linca pra nós (porque eu não descobri quem assina...).
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Julio Daio Borges
1/6/2005 às 07h10
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Morte aos portais
Febre da rede e paliativo contra o suposto excesso de informação, os Portais-currais configuram-se como estrutura de informação (conteúdo) que nos tratam como bois digitais forçados a passar por suas cercas para serem aprisionados em seus calabouços interativos. Devemos nos afogar em números.
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O limite da emissão sempre foi o que deu poder às mídias clássicas e agora os Portais, sob a balela de nos ajudar à não nos perdermos nesse mar de dados, nos aprisionam e limitam nossa visão da rede (do mundo?), fazendo fortuna de novos jovens nasdaquianos. Dizem que tudo existe num Portal, e que não precisamos nos cansar em buscar coisas lá fora. Mas quem define o que é tudo? Voltaremos à edição clássica dos conteúdos que fez o quarto poder dos mass media?
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Embora busquem agregar supostos conteúdos importantes, os Portais nos tiram, enquanto fenômeno hegemônico (e é aqui que quero situar minha crítica) a possibilidade da errância, da ciber-flânerie, nos transformando em surfers-bois, marcados pelo ferro do e-business. Devemos reverter a hegemonia e a pululação desta nova prisão eletrônica que se configura com a atual onda de Portais-currais.
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Pela sobrevivência da vida e da emissão irrestrita no ciberespaço, deve-se gritar a morte simbólica dos Portais-currais que tratam o que é excessivo de forma moralizante, desviante, improdutiva ou dispersiva. Esqueceríamos assim que é esta despesa improdutiva que estrutura e dá alma a qualquer agrupamento social. A assepsia, a certeza e a segurança são sinônimos de morte, na rede e fora dela.
André Lemos, de novo (porque antes do Digestivo começar, em 2000, ele já matava os portais).
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Julio Daio Borges
31/5/2005 às 12h22
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