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Quinta-feira,
14/7/2005
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Redação
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Noite de Autógrafos
Fui pontual, como de costume. Tudo bastante organizado e muito parecido com o que eu tinha imaginado. Entretanto, naquele momento em que poucos haviam chegado, pensei que a noite seria longa e, de certo modo, um tanto "desconfortável" para quem, como eu, não é muito adepto de grandes aglomerações. Procurei o banner com o meu nome e sentei à mesa a mim destinada, que seria dividida com outro autor. A idéia original devia ser mesmo economia de espaço, mas não deixava de ser interessante a possibilidade de fazer com que os autores - quase que ainda totalmente estranhos uns aos outros - se conhecessem um pouco mais. Na minha mesa não deu certo, e eu nem tive chance de puxar conversa com meu parceiro, que preferiu ficar de pé, junto dos amigos e da família - o que não me pareceu nada censurável. Por outro lado, conversei um pouco com o autor da mesa vizinha: lembrava bem do conto nada ortodoxo dele, e o achei bastante simpático. (...) Não demorou muito para que alguns dos meus amigos me encontrassem no ambiente já bastante cheio e movimentado, e desfizessem por completo a imagem que eu havia esboçado mentalmente na chegada. Outros amigos não demoraram a se juntar a nós. Foi uma noite bastante divertida e agradável...
Wagner Campelo, um quase escritor, sobre sua noite de autógrafos (porque o seu blog linca pra nós...).
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Julio Daio Borges
14/7/2005 às 09h00
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A season of everlasting spring
Here we go again, back to the NME's glory days. Back to a mythology of office fist fights (true), typewriters thrown from tower blocks (untrue), drug ODs (a couple), hip young gunslingers (more than a few) and counter-cultural cool (we tried).
In the past few years, we've had Nick Hornby confessing that NME hack was the dream job he never had, Jonathan Coe featuring the paper in The Rotters' Club, obligatory mentions in every profile of those reluctant NME twins Tony (Parsons) and Julie (Burchill). Now comes an hour-long BBC documentary ostensibly covering the paper's entire 50-year history but focused on the Seventies and early Eighties, years which contain NME's so-called Golden Age when, to quote Ovid, 'men of their own accord, without laws, did what was right... a season of everlasting spring'.
Naturally, my personal nomination for NME's Golden Age was the era of my editorship (1978-85), less for its circulation increase (which peaked in 1980) than for the way it treated music as part of a wider oppositional culture in which politics, books, movies, illustration and photography all had a major role.
Neil Spencer, ex-editor da NME, sobre os 50 anos da publicação (enquanto isso, no Digestivo Cultural, Ana Maria Baiana fala da Rolling Stone brazuca...).
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Julio Daio Borges
13/7/2005 às 16h43
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Today I Worked on My Book
For years, book authors have used the Internet to publicize their work and to keep in touch with readers. Several (...) are now experimenting with maintaining blogs while still in the act of writing their books.(...)
Instead of simply being a relief from writerly solitude, these blogs have turned into part of the process.(...)
Authors' blogs also change the solitary mission of writing into something more closely resembling open-source software. Mistakes are corrected before they are eternalized in printed pages, and readers can take satisfaction that they contributed to a book's creation.
Tania Ralli, no The New York Times (porque até que não é má idéia: escrever um livro e escrever, sobre este livro, um blog...).
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Julio Daio Borges
13/7/2005 às 16h29
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Quebrar pratos com Afrodite
(...) último dia do Afrodite Tis Milo (em grego: Vênus de Milo). A notícia me invade com melancolia, pois foi lá o ponto mais alto da minha carreira de crítico gastronômico, isso se considerarmos os test drives de empadas e biscoitos de polvilho como gastronomia, ainda que baixa. Eu não sabia nada de culinária ou gastronomia grega e apelei para um Google básico, além da boa e velha enciclopédia Barsa, para ao menos me familiarizar com alguns termos (moussaka, bechamel, gyro) e não pagar mico com a assessora de imprensa. Inutilidade completa, ela sabia tanto ou menos do que eu...
Rafael Lima, lembrando quando recebeu, do Digestivo, uma missão de crítica gastronômica.
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Julio Daio Borges
12/7/2005 às 19h24
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Tipos de Comentador Reloaded
Escrevi isto. Comentaram isto. Nunca um release meu recebeu tanta atenção (já não é a primeira vez)...
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Julio Daio Borges
12/7/2005 às 18h45
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Pós-Flip
Da Vera, sobre os meus posts (sobre a Flip):
Tenho algumas resalvas quanto à fala do Jabor. Ele não defendeu o Fernando Henrique, mas ele afirmou que no período Fernando Henrique houve muitas coisas boas e que as reformas que ele pretendia foram todas boicotadas pelo PT que agora as está fazendo (claro que à custa de malas de dinheiro). Disse também que na era Fernando Henrique não havia gente com milhares de dólares na cueca! Pessoalmente acho que ele foi corajoso de falar verdades na frente da intelectualidade cuja maioria é petista.
* * *
Concordo quanto ao tédio das mesas sobre o "Mar de Histórias". Que horror! A do Cervantes eu saí, e também achei que o [palestrante] das Mil e Uma Noites estava bebendo uísque. Não vai colar que aquilo era chá!
Como escrevo livros policiais, a mesa do Garcia-Roza era a que eu estava mais assanhada para ver. E foi a que mais me decepcionou. Os três escritores limitaram-se a ler trechos de seus livros. Já havia assistido a uma palestra do Garcia-Roza na livraria Cultura VL e fiquei encantada (acho que ele estava lançando o segundo livro e eu comprei os dois). Na Flip, ele se limitou a lançar um olhar entediado para a platéia e dizer que escrevia para tornar a vida dele mais interessante. O José Latour, quando falou da revolução cubana e de ter sido escorraçado de lá, começou a chorar, o que eu achei exagero, pois havia falado com ele fora da palestra e ele saiu de Cuba tem mais de 50 anos. E um escritor de truculências policiais não se deixa abalar por essas coisas! Especialmente em público! O Marcelo Fois, cujos policiais são interessantes, pois recriam a atmosfera de uma época, também não contou nada de interessante. Acho que essa coisa de só ler trechos do livro fica muito árido. Havia uma moça sentada ao meu lado que estava "experimentando" a FLIP e me falou que se era só para ouvir os "caras" lendo seus livros, ela comprava o livro e lia em casa. Ela saiu em seguida. Eu fiquei, mas não rendeu mais nada...
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Julio Daio Borges
12/7/2005 às 15h25
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Blogs são conversações
Conversava nesta última segunda-feira com o Julio do Digestivo Cultural sobre como a blogosfera é mal interpretada, pautada e entrevistada pela mídia d´antanho...
Mauro Amaral, num post a partir de uma conversa nossa, claro, no Carreira Solo.
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Julio Daio Borges
11/7/2005 às 18h24
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May The Force Be With You
Well, there is no need to go into detail about the crisis in journalism today -I'm sure others will cover those details- and how, in the perception of the public, the press is evil and has gone over to the Dark Side of The Force. We know that the credibility of the news media, to summarize the Pew Center research, is lower than whale shit. But I do think we need to look into why the news media, journalism, and reporters have reached these depths, and then to look at what needs to be done for redemption. The Star Wars epic is about the eventual triumph of good (and creativity) over evil (and institutional control and corruption) and about redemption. Darth Vader redeems himself in the final Star Wars episode, Return of the Jedi, by killing Emperor Palpatine to save his son, Luke. So, how can "evil" journalists redeem themselves?
Charles Warner, velho executivo da velha mídia, em seu Media Curmudgeon (porque a comparação dele procede...).
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Julio Daio Borges
11/7/2005 às 17h47
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Em Parati, um Bartleby
Este é provavelmente o último post que escrevo daqui da Flip. Novamente depois do almoço, entre a palestra do meio-dia e a das três da tarde, que eu, em geral, perco, porque o tema, ou a pessoa, não me interessa. Vai uma auto-crítica a esta minha cobertura. Pessoalmente, não fiquei satisfeito. Lançava os posts mas sempre em dúvida quanto ao tom. Não encontrei o tom, penso. Comecei "nervoso", fiquei mais "bonzinho", voltei "nervoso", agora queria equilibrar de novo. Terminou um troço desconjuntado. Não tive visão de conjunto e isso me incomodou.
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Ontem parei, penso, no Jabor e no MV Bill. Foi isso? Depois veio o Jon Lee Anderson. Conversei com o Jon Lee Anderson ontem de manhã, durante a coletiva que, de tão vazia, mais parecia uma exclusiva, eu e ele. Me impressionou. Um dos poucos que profundamente me impressionou. Um sujeito inteiro, "um cara íntegro", que vivia realmente o que escrevia. O que discutir com um correspondente de guerra? Quem viu a guerra, viu tudo. Perguntei pra ele sobre o filme do Walter Salles, sobre Che Guevara (Anderson biografou exaustivamente o Che). Gostou. Disse que viu algumas "falhas" factuais, mas reconheceu a "licença poética" de Salles. Reconheceu que outros tentaram fazer outros filmes e até sugeriu cenas que ele achou que faltaram. Cenas líricas. Depois, mais pra frente, perguntei da influência da internet no jornalismo político. Ele falou com reverência (viu, jornalistas?). Comentou da blogsfera como se fosse uma entidade. "A blogsfera me atacou", confessou. "Claro, são pessoas que não receberam treinamento em jornalismo, mas são hoje vozes importantes - ainda que perigosas".
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Perdi a mesa do Luiz Alfredo Garcia-Roza. Queria ver. Não deu. "Vou pular essa", aqui dizem os jornalistas. "Quando não está rolando, eu saio", dizem outros. Jornalistas não são santos, eu já falei isso pra vocês. Pois é, perdi. Procurei referências à mesa, mas não obtive. Não foi uma mesa muito comentada, penso. Os livros do Garcia-Roza estavam bastante disponíveis na livraria. Dava vontade de comprar. Meu mais recente colaborador, o Guilherme Conte, que encontrei por aqui algumas vezes, gosta dele. E me indicou um certo título. Não me lembro de qual agora. Eu falho; eu sou jornalista.
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Perdi, também, a do Evaldro Cabral de Mello, sobre Dom Quixote. Mas, pelos comentários, não perdi nada. "Chatíssima", foi o comentário mais bonzinho. O "Mar de Histórias", como diriam os jornalistas, não rolou. Nem Alter; nem Pamuk - como eu já havia notado.
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O Salman Rushdie foi a grande decepção. Não que eu esperasse dele muita coisa. Achei exagero, quando a Ruth Lana (organizadora), falou que ele era "um dos mais importantes escritores do mundo de hoje" (na televisão). Não é, claro. Ficou famoso porque ia ser morto. Não foi, virou essa coisa. Vagava pela Flip. Assistia aos debates. Dormia (não deixei de observar). Pensei que tivesse alguma coisa pra falar. Ao menos sobre o Brasil. Nada. Importaram uma entrevistadora da BBC e ela conduziu a mesa como se fosse um programa de televisão. Essa impressão foi unânime. A mulher ignorou o público. Entrou no romance. Como se fosse uma propaganda. Ponto. Eu e a Carol não agüentamos. Preferimos sair para jantar. E pegar os restaurantes vazios (a mesa estava abarrotada)...
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(O João Filho - que sentou aqui do lado - acaba de ser seqüestrado pela Manya, do Globo. Ela é empresária dele? Não deu nem tempo de falar da Ana Elisa...)
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Hoje de manhã, pulei Alberto Mussa e Orhan Pamuk (de novo) e fui me encontrar com Vila-Matas. A coletiva foi, novamente, quase uma exclusiva. Vila-Matas estava nervoso. Pensou que o contato conosco - jornalistas - fosse transformá-lo num Bartleby. Quando perguntado sobre por que entrou no tema dos autores ágrafos, confessou que escrever sobre isso - escrever sobre escritores que não escrevem - o salvou (de não escrever nada). Me cortou quando disse que não se sentia espanhol, que não "via" uma literatura espanhola e que, portanto, estava em Barcelona apenas por acaso. Era catalão, frisou. Era, isso sim, um personagem de Almodóvar (e ele teria provavelmente detestado a comparação). Mexia muito as mãos. Quando lhe perguntei de autores brasileiros (se conhecia algum), agradeceu publicamente Rubem Fonseca, por havê-lo citado no seu último romance (sem querer, quando resenhei - e detonei o livro -, citei exatamente essa passagem, no final; confiram "Rubem Fonseca e a inocência literária perdida").
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Ariano Suassuna foi uma apoteose. Ótimo para encerrar uma festa. Tinha ouvido falar de suas aulas-espetáculo, mas colocou todo mundo pra gargalhar. Desde o intelectual (Roberto Schwarz - logo atrás) até o segurança, todos não se agüentavam. Reafirmou sua afinidade com a literatura ibérica, exultou Cervantes e o Quixote, atacou Elvis Presley e os americanos, falou marginalmente de seus livros e de sua obra. Foi humilde. Chorou ao dizer que Policarpio Quaresma, de Lima Barreto, se perdeu na vida, e na razão, porque amava demais o Brasil e porque queria que os brasileiros se identificassem com ele (o Brasil). Possivelmente se viu na personagem e encerrou tudo com voz embargada.
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Julio Daio Borges
10/7/2005 às 16h05
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Zona de conflito
Perdi, ontem, a Jeanette Winterson. Foi uma das palestras mais comoventes da Flip. Quando eu digo que perdi, vocês podem achar que eu estou sendo leviano em reportar alguma coisa que não vi, mas não estou. Jornalistas fazem isso toda hora. Depois da primeira mesa (em geral, são cinco por dia), muitos vêm aqui à sala de imprensa e escrevem: "A mesa tal foi a mais importante do dia". Traduzindo: viram uma mesa apenas e já concluíram que aquela foi "a mais importante" (porque, obviamente, não vão ver as outras). E depois vocês confiam no que lêem no jornal (e depois eles dizem que a internet é que "não é confiável")...
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O Orhan Pamuk fez da segunda edição do "Mar de Histórias" a segunda mesa mais xaroposa da Flip. A primeira mais xaroposa foi justamente o primeiro "Mar de Histórias", a mesa do Robert Alter - criticado de cima a baixo, aqui na Flip, mas que vocês vão ver nos jornais como "um sujeito ótimo" etc. e tal. O Orhan bebia um copo com um líquido amarelo e que parecia uísque. Na verdade, ele parecia aquela personagem da Terça Insana, que vai se embebedando e se tornando cada vez mais ininteligível e maçante. Acabou com qualquer possibilidade de se ler as Mil e Uma Noites (o Alter acabou com qualquer possibilidade de se ler a Bíblia). P.S. - o Salman Rushdie dormiu e roncou na mesa do Orhan (era a atração da fila...).
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O clima começou a esquentar com a mesa do Jô Soares. Mediada pelo Luis Fernando Veríssimo, não tinha como não cair nas atualidades. A Isabel Lustosa, convidada como o Jô para falar de sátira, habilmente dominou a cena e fez as críticas que todo mundo queria fazer ou que, pelo menos, "o povo" queria ouvir. Claro que em festas elitistas em Parati não há quase povo, mas as pessoas da cidade que assistiram, da praça, aplaudiram quando ela disse, por exemplo, que o Lula mantém a tradição, dos governantes brasileiros, de falar "bobagens"... O Veríssimo (o computador está acentuando, não tem jeito), o Veríssimo não defendeu o governo como no ano passado (dizendo que era "discurso da direita"). Ficou calado e concordou que a situação era calamitosa.
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Eu ia dizendo que a bomba estourou com o Jabor, quando o computador aqui me censurou. Perdi tudo (digo, parte do post) - ainda que a Carla Rodrigues, aqui do meu lado agora, do No Mínimo, tenha tentado me ajudar (ela está postando no blog de lá)... Enfim, o Jabor já vinha com um imenso mau-humor e parece que, depois de ver algumas sugestões políticas no ar, desembestou chamando o atual governo de - literalmente - "uma bosta". (O palavrão é necessário, como diria o Polzonoff.) Tentou defender o Fernando Henrique (ao contrário do Chico Buarque) e foi vaiado. Me lembrou o Nélson Rodrigues, pra variar. "Vaiem, vaiem", ele bradava. Chamou uma mulher, que retrucava, de "leninista" e atacou o Dirceu defendendo o "Bob" Jefferson - leu um artigo de próprio punho (que vai sair no jornal). Sofreu um revés da mesa apenas: o Luiz Eduardo Soares, que acompanhava o comovido MV Bill, deu um rebote afirmando que se acontecesse alguma coisa "a alguém da elite" (em termos de violência no Rio etc.), o William Bonner iria transformar em editorial do Jornal Nacional... Como todo mundo sabe, o Jabor é comentador de lá.
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Julio Daio Borges
9/7/2005 às 13h46
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