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Terça-feira,
2/8/2005
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Redação
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Where do you get your Ideas?
Every profession has its pitfalls. Doctors, for example, are always being asked for free medical advice, lawyers are asked for legal information, morticians are told how interesting a profession that must be and then people change the subject fast. And writers are asked where we get our ideas from.
Neil Gaiman, criador do Sandman, sobre uma daquelas perguntas típicas que nos assombram (via Nemo Nox).
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Julio Daio Borges
2/8/2005 às 11h23
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The Birth of the Web
Picture a world without Google, without eBay or Amazon or broadband, where few people have even heard of IPOs. That was reality just a decade ago. The company that changed it -bringing us into the Internet age- was a brilliant flash in the pan called Netscape. For the tenth anniversary of its IPO, Fortune recruited dozens of players to tell the story of the startup in their own words...
Adam Lashinsky, sobre a fascinante história da Netscape (porque essas empresas devem ser agora o nosso modelo e não mais as falidas empresas de mídia).
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Postado por
Julio Daio Borges
2/8/2005 às 10h25
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Alguns...
Julio, admira-me ver a calma com que você projeta determinadas questões. E calma faz bem. Não sei se lhe adivinho certa fleuma, que tanta falta me faz, ou se você é dessas pessoas que obtiveram, através sabe-se lá de que batalhas e ou dádivas, uma têmpera que chega a ser imprescindível para um juízo crítico. Bem, dada a distância que nos separa (ainda nos conhecemos bem pouco), a objetividade inerente à natureza do seu trabalho, com tantos elementos reticentes, aporto-me ao texto que li sobre os novos escritores, escrivinhadores da internet; e embasado estou, meu amigo, em tema cujo fogo se propaga para tantos, para tão múltiplas direções, que me é necessário, Julio, atentar para determinadas passagens do texto, que retenho (em essência) na memória.
Que pontos seriam esses, Julio? A incandescência máxima, de arrasar esta Nova Roma em que vivemos —e internéticos prometeus e neros vagam pela rede—, encontra-se a meu ver no tocante à necessidade da escrita, e nos desdobramentos de tudo isso. Quando você se refere ao fato de que escrever —e aqui me permito extrapolar para tudo o que possa ser criado, em qualquer linguagem—, alivia, e como alivia!, você está indo ao ponto crucial do texto e das artes contemporâneas. Note, Julio, que ultimamente as coisas mais divulgadas pelo mercado, principalmente no âmbito da indústria fonográfica, possuem conotativos que nem diria autobiográficos, mas auto-exultantes. Para quem se refere com frequência a Nietzsche, e com aparente simpatia (eu também gosto de muita coisa em Nietzsche), acho que não é nem um pouco difícil a apreensão de todo um processo que teve em Salvador Dalí o seu ápice, para atingir esse território para lá de caótico, nos melhores e piores sentidos do termo.
Salvador Dalí logrou o maior êxito único da História Da Arte, certamente não apenas por seus dotes pictóricos, mas por alguma grandeza deles, aliada a uma coragem que só um louco de pedra absurdamente inteligente conseguiria. Caetano, a versão brasileira desse doidíssimo catalão, conseguiu algumas proezas, todas elas fortemente resguardadas por uma estrutura teórica bem flácida. Mas teve o mérito tremendo de superar tantas limitações circunstanciais do nosso modernismo, concretismo, e do próprio tropicalismo, por que não? (rs). Estou dizendo tudo isso, Julio, não apenas porque penso isso, mas por tais questões estarem subjacentes aos pontos que você levantou de maneira abrangente, descontraída, e reivindicando chamas. O que se oculta por detrás das situações de mercado, parece-me algo a clamar respostas urgentes.
Eu lhe pergunto assim, na lata: vocâ acredita que existam pessoas necessitadas de arte, no mundo atual? Se existirem, quem seriam elas, e que tipo de arte desejam? Bach? Edgar Allan Poe? Dalton Trevisan?... Música? Poesia? Qual o tênue fio que separa a democratização da cultura da cretinização absoluta de gente que, pela primeira vez na história, está tendo a chance real de se expressar? Imanência, Transcendência... Ainda há muito o que transcender? Não, sei, não sei, mas (rs)... o inesgotável ultra-pessoal não estará sendo quase totalmente negligenciado? E em que medida ele seria assimilável, suportável, aceitável, nestes dias, nestas sociedades?
O que estamos vivenciando não é exatamente o reverso individualista proposto por Nietzsche, com um egotismo intensamente superficial, que obstrui o acesso a qualquer individualidade real? Cada vez mais escritores, mais compositores, mais pintores, concordo. Mas, Julio, imagine um artista intensamente comprometido com a continuidade de sua arte, de sua linguagem, isolado, mas à perigosíssima luz que dela emana. Isso já pode ser sintoma de loucura (risões). Qual a chance de sua obra ser partilhada de outra forma, que não a mera contemplação, talvez até indelével, mas sempre, sempre Louca, uma vez que fora das órbitas culturais habitadas. Meu nego, sabe que por puro prazer, dor, êxtases e mais, cometo coisas que sinceramente me inibem. Não estou colocando nenhum valor-valor nessa colocação, simplesmente digo que se gravar parte dessa demência, isso cu$$$ta. Sei que vale a pena, mas dá um certo medo. Diga, Julio, o que você acha, desacha, do que estou lhe dizendo? Baccios!!!
Mário Montaut, por e-mail.
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Julio Daio Borges
2/8/2005 às 08h18
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Harry Potter e eu
Li Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling, pouco antes do lançamento do filme com o mesmo título, em 2001. Peguei o livro emprestado de uma pré-adolescente, que me garantia que o livro era ótimo, excelente, magnífico e extraordinário.
Mas eu não achei o livro tão bom assim. Não vi graça nenhuma em Potter e morri de tédio nas descrições do quadribol, o esporte praticado pelos bruxos na escola. De interessante mesmo, só a relação conflituosa entre Potter e a família que o abriga desde a morte dos pais. Nada, porém, que me estimulasse a ler os demais volumes da série.
Quanto ao filme, ele é absolutamente fiel ao livro. Aliás, eu diria que nunca vi um filme tão fiel ao livro. O que reforçou minha impressão, na época, de que o livro tinha sido escrito já com o propósito de virar filme. Pode até soar preconceituoso de minha parte - e acho que é mesmo - mas um livro que se transforme tão facilmente em filme não pode ser bom.
O Polzonoff, sobre o Harry Potter (continua...).
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Julio Daio Borges
1/8/2005 às 17h07
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Principles for Evaluating Webs
How do you know whether something you read on the web is true? You can't know, at least, not for sure. This makes it important to read carefully and to evaluate what you read. This guide will tell you how...
Stephen Downes (porque esse cara é meio doido mas é bom...).
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Julio Daio Borges
1/8/2005 às 08h51
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Psst
IT IS hard to know whether to be impressed, suspicious or amused. This week shares in Google, the world's most popular search engine, rose above $300 each, having defied most predictions by more than tripling in the ten months since the firm made its stockmarket debut at $85 a share. Now valued at more than $80 billion, Google has left in the dust the other three internet Wunderkinder -Yahoo!, eBay and Amazon- and even passed media stalwarts such as Time Warner. How does Google do it?
The Economist (porque eu ainda vou lançar o Digestivo na bolsa... se eu lançar, 'cês compram?).
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Julio Daio Borges
1/8/2005 às 08h46
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New York On Time
New York comemora os 150 anos da publicação de Leaves of Grass por seu maior poeta, Walt Whitman.
Com apenas dois anos de diferença, saíram, quase incógnitos, os dois livros de poesia mais fecundos deste século e meio: Leaves of Grass e Les Fleurs du Mal (1857).
Baudelaire e Whitman são antípodas - um amava as mulheres, o outro os homens, um era refinado, burguês e melancólico, o outro simples, proletário e cheio de energia - mas têm em comum, além da quase coincidência de data, o fato de terem publicado um único livro de poesia, ao qual foram acrescentando poemas ao longo da vida.
Baudelaire, dois anos mais novo, morreu muito antes e não há registro de que tenha ouvido falar em Whitman, embora ambos compartilhassem a paixão por Edgar Allan Poe.
Whitman, que ainda viveu mais 25 anos, conheceu Baudelaire através de Oscar Wilde e não gostou.
Campeão do verso livre, Whitman disse que os poemas rimados e de métrica rígida do francês eram "doentios", "matemáticos", "uma máquina, uma escravidão". Wilde, esteta e dândi como Baudelaire, não concordou com o velho mestre.
Jorge Pontual, no seu blog (que eu descobri outra semana...).
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Julio Daio Borges
29/7/2005 às 16h49
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Co-opting creative revolution
[Digital technology is providing people with the tools to produce and share content like never before, and it is set to throw the relationship between them and institutions into turmoil (...)]
"I am predicting 50 years of chaos," says leading digital thinker Clay Shirky. "Loosely organised groups will be increasingly given leverage."
"Institutions will come under increasing degrees of pressures and the more rigid they are, the more pressures they will come under."
"It is going to be a mass re-adjustment" (...).
Jo Twist, na BBC (porque os tiozinhos da mídia lá fora estão preocupados; aqui, não...).
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Julio Daio Borges
29/7/2005 às 10h16
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Gente
Coloque uma idéia qualquer na internet. Vai aparecer alguém achando defeito. Vai aparecer alguém achando genial. Vai aparecer alguém querendo participar. Vai aparecer alguém dizendo que não vai dar certo. A quantidade de pessoas em cada uma dessas categorias não depende da sua idéia mas sim de como você é visto. Tem gente que será contra qualquer coisa que você fizer. Tem gente que apoiará qualquer coisa que você sugerir. Tem gente que apesar de ter gostado da idéia colocará algum senão ao comentar. Tem gente que ao não encontrar um senão para colocar vai preferir ignorar só pra não dar o gostinho de dizer que gostou. Tem gente que vai tentar derrubar a sua idéia porque não quer ver o seu sucesso. E tem gente que vai tentar colaborar porque, felizmente, ainda tem gente bacana por aí.
achcarigudum, porque finalmente alguém - dentro da blogsfera - resolveu fazer crítica de blog...
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Julio Daio Borges
28/7/2005 às 16h03
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The Semantic Social Network
Two types of technologies are about to merge. The technologies [that] are content syndication, used by blogging websites around the world, and social networking, employed by sites such as Friendster and Orkut. They will merge to create a new type of internet, a network within a network, and in so doing reshape the internet as we know it.
Stephen Downes, em seu Stephen's Web (porque existe gente viajando muuuito mais do que eu nos conceitos...).
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Julio Daio Borges
28/7/2005 às 10h06
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