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BLOG

Quinta-feira, 21/7/2005
Blog
Redação
 
Búzios, 21 de Julho

A poucas horas do início do segundo fim-de-semana (prolongado) do 8º Visa Búzios Jazz & Blues, a cidade amanhece tranqüila e ensolarada, bem diferente, portanto, de quarta-feira, quando o dia nublado estava mais convidativo para ficar em casa, como bem observou um dos moradores da cidade. Mesmo assim, à noite, a animação tomava conta do eixo principal da cidade, entre o Pátio Havana (bistrô de onde escrevo agora) e o Chez Michou, o ponto de encontro de Búzios (pelo menos nesses dias de Festival). A expectativa, com isso, é que no momento das apresentações o clima esteja ideal, unindo uma temperatura mais quente ao "calor" provocado pelos shows das atrações nacionais e internacionais.

Ainda ontem, num outro restaurante, o Don Juan, tinha-se uma mostra do provável público do Festival: turistas, sobretudo estrangeiros, embora tenha muita gente do Rio e de São Paulo. Para o recepcionista de uma tradicional pousada de Búzios, o balneário conta com uma visitação bastante diferenciada de Cabo Frio e Arraial do Cabo, este último um point da moda. Ele afirma que, aqui, é comum a presença de alemães, ingleses e franceses de um nível econômico acima da média; portanto, as atrações também são diferenciadas. Afinal de contas, Jazz fora do eixo urbano de Rio-São Paulo é fora do comum.

Na noite de hoje, quinta-feira, serão três as apresentações. Pela ordem: Dixie Square (Brasil), Carlos Malta (Brasil) e Dall-Botafogo (Argentina). Direto da Praia dos Ossos, a Dixie Square apresentará um repertório marcado pela tradição dos grupos de New Orleans. Não devem faltar clássicos do Jazz, como "Sweet Georgia Brown" e "Limehouse Blues" - músicas que Woody Allen sempre usa como referência em seus filmes. Na seqüência, às 22h, Carlos Malta promete uma performance inovadora, agregando instrumentos étnicos (da China, Japão e do Brasil) ao virtuosismo. Única atração internacional da noite, Dall-Botafogo traz uma mistura que remete à versatilidade brasileira: funk, soul, gospel... Um pouco antes, tem a passagem de som.

A conferir.

Veja a programação completa do Festival aqui.

Logo mais, tem mais!

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Postado por Fabio Silvestre Cardoso
21/7/2005 às 13h23

 
Maturidade cênica

O sol apareceu. E com ele, o calor. Inshallah! Esse é o São José do Rio Preto que conheço. E lá vou eu, agora bem mais animado.

Às 14h me mandei para o Centro Cultural, para assistir à palestra Mostra do processo de trabalho do ACT (Ateliê de Criação Teatral de Curitiba). Era uma boa maneira de conhecer o trabalho do grupo e ir para a peça com um pouco mais de repertório, e de sentir um pouco o clima do festival entre atores, diretores e professores - a tal "classe teatral".

Foi bacana. Depois de passar um vídeo, atores, diretor e produtora falaram sobre a proposta do Ateliê, o processo de concepção e de ensaio de Daqui a duzentos anos (a peça deles aqui no FIT), a relação deles com o teatro etc. Abriu-se um debate entre a platéia e a mesa, que rendeu algumas discussões interessantes. Valeu. E deu para sacar um pouco do clima de "formação" do FIT: a sala estava cheia.

De volta ao hotel, aproveitei para ler e descansar um pouco. Mais à noite, conheci o Tiago Velasco, da outracoisa, que iria rachar comigo a carona para o Teatro Municipal, para assistir o Daqui a duzentos anos. Ele está aqui num esquema meio gonzo, no melhor estilo "um roqueiro que caiu num festival de teatro". Curioso, a matéria promete. Chegamos em cima da hora. Lotado. Fundos do Municipal, numa arena. À entrada, recebemos singelas almofadas para colocar sobre os bancos. No palco, quatro cadeiras, uma em cada vértice (? - anos que não uso essa palavra). Música tranqüila, ao fundo. Atmosfera de curiosidade.

Cessa a música. Silêncio sepulcral. Dos fundos, entram Luís Melo, Janja e André Coelho - os atores - e Edith de Camargo - música/atriz. Edith toca um suave acordeão. Eles tomam seus lugares. E começam a contar histórias.

A peça é isso - contar histórias. E, assim, sem inventar, sem sobras, é excelente. Reúne diversos contos de Anton Tchekhov, monstro sagrado da literatura russa, contados e dialogados pelos atores. O cenário limpo, quase minimalista, deixa claro que o texto é o astro da noite. O texto, ok, e Luís Melo. Sua atuação é impressionante; parece que ele está em casa, contando as histórias para um amigo. Convence, esbanja maturidade. Não quero cometer injustiças: Janja e André estão ótimos. Mas Melo é o dono do palco, indiscutivelmente.

Do que ouvi na palestra: fruto de seis meses de leituras, ensaios e estudo, Daqui a duzentos anos nasceu no Núcleo de Produção Teatral do ACT de uma necessidade muito clara: o trabalho com a palavra. E, nesse ponto, a escolha de Tchekhov não poderia ser mais acertada. O diretor convidado Marcio Abreu enfrentou então outro grande problema: como botar os contos no palco? Dissecando as estruturas narrativas, arrancou dali uma "tradução cênica". Mas - e aqui está a grande jogada - deixando o conto, o texto, em primeiro plano. A limpeza da montagem visou não limitar a possibilidade de criação de imagens pelo público. E funcionou muito, muito bem. É impecável.

Ouvi dizer, por aí, que ela vai para o SESC Belenzinho em algum momento do segundo semestre. Torçamos para que sim.

Melo, na palestra: "Como ator, o que importa é a verdade. Um ator está bem quando o público acredita nele. Se não acredita, é porque algo está errado". Poderia ser mais simples do que isso?

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Postado por Guilherme Conte
21/7/2005 às 13h14

 
Me, myself e a Flip

Li sua entrevista consigo mesmo. E não concordo com o alter-entrevistador.

Curti bastante a bagunça, as perdições. Ficou orgânico e parece conversa de café-pós-palestra, ainda sob o impacto dos acontecimentos. Eu, de minha parte, me senti como se estivesse lá na Flip conversando consigo (mesmo).

A gente alinhava tudo nos entreposts. E, nestas conversas ansiosas, do tipo pós (evento, debate, palestra, etc.), nem tudo fica dito, mesmo - a maioria é subentendida, subdita, subinterpretada por quem ouve (ou lê).

Uma cobertura com fluxo de consciência. Pode não ser a verdade buscada pelo jornalista, mas traduz a verdade do impacto sobre o sujeito (no caso, o Consigo Mesmo).

Paula Mastroberti, por e-mail.

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Postado por Julio Daio Borges
20/7/2005 às 15h52

 
O FIT começou bem!

Amigos internautas, depois de apanhar um pouco do computador trago-lhes as primeiras notícias do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto. Na correria, tentando perder o mínimo possível, pois assistir tudo é impossível.

Cheguei ontem à tarde, seguro de que poderia deixar as blusas no armário. Afinal de contas, é Rio Preto, a cidade mais quente do mundo. Doce ilusão: 14 graus. Tão frio quanto aí em SP. Tudo bem. Tomei o rumo do hotel, e logo de cara trombei o Luís Melo, uma das estrelas do FIT. A maioria dos artistas e da imprensa está aqui. Legal, vira e mexe encontro alguém. Clima de festival. Amaldiçoei o fato de ter perdido os chilenos da Compañía Gran Reyneta, unanimidade entre o pessoal que viu, além da peça Só as gordas são felizes. Acontece.

Tomei o rumo do SESC Rio Preto, com a expectativa lá em cima. Afinal de contas, eu iria estrear com o CPT e o Antunes Filho, com Foi Carmem Miranda. Cheguei cedo, aproveitando uma carona, e aproveitei para dar uma passada na exposição J.C. Serroni e o Espaço Cenográfico, comemorativa de seus 30 anos de carreira. Muito bem montada, completíssima, com cenários, maquetes, desenhos, projetos, figurinos, fotos e até uma curiosidade: uma camisa da equipe infantil do Juventus aqui de Rio Preto, equipe defendida por ele em sua infância. Serroni é brilhante, e a exposição faz jus a ele e sua obra. Ficam os votos de que ela vá para SP...

A peça não contrariou minhas expectativas. Nas mãos de quatro competentes atrizes (Emily Sugai, Arieta Corrêa, Juliana Galdino e Paula Arruda), a leitura particular de Antunes para a Carmem é de encher os olhos. Carregada de sutilezas e expressividade, economiza nas palavras e esbanja nos movimentos. Uma Carmem diferente; ou várias Carmens. A mais marcante tem seu rosto envolto em negro e solenemente, ritualística, espalha seus adereços pelo palco. Paula rouba a cena desde o início, prendendo a atenção. A bela Arieta, numa cena que evoca o Candomblé, inquieta.

Quem brilha mesmo, porém, é Juliana Galdino, que encarna Antígona em São Paulo. Com uma força e uma atuação impressionantes, firma-se cada vez mais como uma das atrizes mais consistentes dos nossos palcos. O amigo Jefferson Del Rios, da Bravo!, deu a melhor definição para Juliana, ao vê-la na tragédia: "É de um talento assustador".

O público, por sua vez, parece não ter digerido (desculpem, o trocadilho foi inevitável!) a montagem. Aplaudiu timidamente, meio atônito. Não pude deixar de me lembrar de Denise Weinberg quando ouvi um rapaz soltar um suspiro nostálgico: "Saudade das peças que tinham começo, meio e fim...".

Mambembes

Hoje pela manhã, animado por um sol tímido, lutei contra o frio para conferir Manchete de mambembes [detalhe acima], do Grupo de Pesquisa Teatral Sala 50, aqui de Rio Preto, na Praça Rui Barbosa. Com ares de trupe medieval, as atrizes alardeavam manchetes sensacionalistas concebidas a partir de peças de Shakespeare (algo como "Coxo caiu num mau negócio. Trocou reino por um cavalo"). Curta - apenas 15 minutos - e grossa, chamou a atenção do povo e divertiu, mas sem encantar. As crianças gostaram, principalmente de um dragão colorido que dançava (apesar de um bebê, ao meu lado, chorar aterrorizado...).

A apresentação faz parte do projeto "Ser ou não sertão", com espetáculos nas ruas, praças e calçadões. Uma idéia interessante, resgatando o teatro de rua, com longa e importante tradição no Brasil. Deu para animar e criar curiosidade. Amanhã tem mais.

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Postado por Guilherme Conte
20/7/2005 às 12h55

 
Zines eletrônicas

O Julio do Digestivo escreveu um texto bem interessante sobre zines eletrônicas. E como blog também é socialização, eu leio zines e você? Digestivo Cultural: os textos dos colunistas são bem diversificados e uma das poucas zines que permite um pouco mais de profundidade.(...)

Gi no perhaps, maybe, talvez... (porque o Guilherme já vem, já...).

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Postado por Julio Daio Borges
20/7/2005 às 12h03

 
Mooo! Mooo!

Although Eco is still best known for his first novel, The Name of the Rose (1980), a medieval murder mystery that sold ten million copies, it is as an academic that he would like to be remembered. He has been a professor at Bologna, the oldest university in Europe, for more than 30 years. He has also lectured at Harvard, Yale, Cambridge and numerous other famous universities and, to fill in the rest of his time, writes cerebral essays on uncerebral subjects ranging from football to pornography and coffee pots.

Nigel Farndale em perfil (não-chato) do (chato) Umberto Eco.

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Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 19h47

 
Alfa Romeo e os bloggers

Parece ser que Alfa Romeo no entiende el internet, no se dan cuenta que los usuarios que entran a los foros de su sitio no son los consumidores de antes, esos que veían publicidad tipo "el mejor carro del mundo" y se la creían. En internet los consumidores buscan toda la información disponible y si algo huele mal no solo investigan al respecto sino que lo publican.

Como Alfa Romeo no entendió el internet ahora Fernando, uno de sus clientes que casualmente tiene un blog está escribiendo sobre la pésima experiencia que ha recibido de la marca, de su sitio web, de los foros de discusión y de los administradores de este que borran sistemáticamente cualquier post que ellos escriban intentando recibir ayuda sobre un problema en el carro que parece ser de diseño (y no de uso).

Los directivos de Alfa Romeo parece que no saben que es el internet y el problema con este tipo de personas es que intentan controlarlo. Cada vez que me topo con empresarios así o en una situación de esta, inmediatamente hago referencia al World of Ends de Doc Searls y David Weinberger:

Las tres virtudes de internet:

1. Nadie es el dueño
2. Todos pueden usarlo
3. Todos pueden mejorarlo

La gente de Alfa Romeo cree tener el control sobre internet, que puede manipularlo y manejarlo a su manera, básicamente cree que pueden ser los dueños del medio, eso nunca sucederá, por lo mismo Fernando sólo necesitó hacer una búsqueda en Google y encontrar un foro alterno llamado Alfistas, donde hay total libertad de temas.

Eduardo Arcos, em seu ALT1040 (porque, para mim, é um dos melhores blogs da atualidade).

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Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 13h07

 
Blogging+Video=Vlogging

It was inevitable: Bloggers who previously wrote endlessly about everything from politics to tech tips to how to fry an egg on a hot sidewalk can now take their commentary, advice and random experiments to the next level by filming and broadcasting their work, thanks to the latest web trend - video blogging.

Video blogs - also known by their shorter, clunkier name, vlogs - are blogs that primarily feature video shorts instead of text.

Like another web trend, podcasts, where people can subscribe to largely home-brewed audio programs, people can sign up to receive regular video downloads. Though it has not been promoted, the new Apple iTunes podcasting feature supports vlog subscriptions as well.

"We're going from being media consumers to media makers. We're learning how to do that," said Chuck Olsen, a documentary filmmaker and video blogger in Minnesota. "There's sort of a whole continuum between (videotaping) grandpa's birthday and filmmaking."

Katie Dean, na Wired (porque é muito melhor do que assistir televisão - assistam).

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Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 12h24

 
Love of the land

When they first met in Paris in 1896, in an encounter that would become a foundation myth of the Irish Literary Revival, WB Yeats was 31 and JM Synge was 25. Later, Yeats would chronicle what happened, suggesting that it was his advice in that meeting that led to the making of Synge as a playwright and an artist. Yeats wrote: "He told me that he had been living in France and Germany, reading French and German literature, and that he wished to become a writer. He had, however, nothing to show but one or two poems and impressionistic essays ... Life had cast no light upon his writings. He had learned Irish years ago, but had begun to forget it ... I said 'Give up Paris. You will never create anything by reading Racine, and Arthur Symons will always be a better critic of French literature. Go to the Aran Islands. Live there as if you were one of the people themselves; express a life that has never found expression.'"

Colm Tóibín, sempre imperdível, no Guardian.

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Postado por Julio Daio Borges
18/7/2005 às 19h43

 
Pigeon attack

originally uploaded by Velvet Marauder

Do moreno pissed off, um blog de fotos que eu vou até assinar, e que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
18/7/2005 às 15h49

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