Blog | Digestivo Cultural

busca | avançada
44398 visitas/dia
1,9 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Show de Renato Teixeira em SCS
>>> Bora Pro Baile: Gafieira das Américas
>>> Ícone da percussão no mundo, Pascoal Meirelles homenageia Tom Jobim com show em Penedo
>>> Victor Biglione e Marcos Ariel celebram 30 anos de parceria em show no Palácio da Música
>>> Hospital Geral do Grajaú recebe orquestra em iniciativa da Associação Paulista de Medicina
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
Colunistas
Últimos Posts
>>> Lisboa, Mendes e Pessôa (2024)
>>> Michael Sandel sobre a vitória de Trump (2024)
>>> All-In sobre a vitória de Trump (2024)
>>> Henrique Meirelles conta sua história (2024)
>>> Mustafa Suleyman e Reid Hoffman sobre A.I. (2024)
>>> Masayoshi Son sobre inteligência artificial
>>> David Vélez, do Nubank (2024)
>>> Jordi Savall e a Sétima de Beethoven
>>> Alfredo Soares, do G4
>>> Horowitz na Casa Branca (1978)
Últimos Posts
>>> A Cultura de Massa e a Sociedade Contemporânea
>>> Conheça o guia prático da Cultura Erudita
>>> Escritor resgata a história da Cultura Popular
>>> Arte Urbana ganha guia prático na Amazon
>>> E-books para driblar a ansiedade e a solidão
>>> Livro mostra o poder e a beleza do Sagrado
>>> Conheça os mistérios que envolvem a arte tumular
>>> Ideias em Ação: guia impulsiona potencial criativo
>>> Arteterapia: livro inédito inspira autocuidado
>>> Conheça as principais teorias sociológicas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Os meninos da rua Paulo
>>> A Flip como Ela é... III
>>> Por trás das sombras
>>> Vanguarda e Ditadura Militar
>>> Sobre a leitura na tela de jornais e revistas
>>> As Meditações de Marcus Aurelius
>>> Três discos instrumentais imperdíveis
>>> Chicas de Bolsillo e o fetiche editorial
>>> As alucinações do milênio: 30 e poucos anos e...
>>> Literatura Falada (ou: Ora, direis, ouvir poetas)
Mais Recentes
>>> Prólogo, Ato, Epílogo: Memórias de Fernanda Montenegro pela Companhia Das Letras (2019)
>>> Minha História de Michelle Obama pela Objetiva (2018)
>>> Rita Lee: Uma Autobiografia de Rita Lee pela Globo (2016)
>>> A Compacta História Do Mundo de Roshen Dalal pela Universo Dos Livros (2024)
>>> A Vida Como Ela É... 25 Histórias Inéditas de Nelson Rodrigues pela Nova Fronteira (2023)
>>> Mentes Ansiosas: Medo E Ansiedade Nossos De Cada Dia (autografado) de Ana Beatriz Barbosa Silva pela Principium (2017)
>>> Mentes Depressivas - As Três Dimensões Da Doença Do Século de Ana Beatriz Barbosa Silva pela Principium (2016)
>>> Bullying - Mentes Perigosas nas Escolas de Ana Beatriz Barbosa Silva pela Fontanar - Grupo Cia Das Letras (2010)
>>> Mentes E Manias: Toc - Transtorno Obsessivo Compulsivo de Ana Beatriz Barbosa Silva pela Fontanar (2011)
>>> Princípios De Finanças Corporativas de Richard A. Brealey pela Amgh (2008)
>>> Princípios De Finanças Corporativas de Richard A. Brealey pela Amgh (2008)
>>> Comportamento Organizacional de Stephen P. Robbins pela Pearson; Prentice Hall (2008)
>>> Interpretação E Aplicação Da Constituição de Luis Roberto Barroso pela Saraiva (2009)
>>> Teoria Geral do Direito Tributário. de Alfredo Augusto Becker pela Lejus (1972)
>>> Gestão de escritórios e departamentos jurídicos : a profissionalização do serviço jurídico para gestores e advogados 2ª Tiragem 2022 de Soares, Fábio Lopes Pedro, Wagner Osti ( pela Lumen Juris (2022)
>>> Princípios Elementares do Comportamento 2 de Whaley - Malott pela Epu (1971)
>>> Psicanálise da Criança - Teoria e Técnica de Arminda Aberastury pela Artes Médicas (1989)
>>> Estratégia Do Oceano Azul de W Chan Kim, Renée Mauborgne pela Campus/E lsevier (2005)
>>> Comportamento Do Consumidor Brasileiro de Tania Maria Vidigal Maria Vidigal Limeira pela Saraiva (2017)
>>> Cem Anos De Solidao de Gabriel Garcia Marquez pela Record (2015)
>>> Piaget para a Educação Pré-escolar de Constance Kamii Rheta Devries pela Artes Medicas (1992)
>>> Histórias Para Ler Sem Pressa de Anonimo pela Globo (2008)
>>> 1800 Mechanical Movements, Devices And Appliances de Gardner D. Hiscox pela Dover Publications (2007)
>>> Portugal Brasil Entre Gente Remota de Frederic P. Marjay/ Otto de Habsburg pela Livraria Bertrand Lisboa (1965)
>>> Religiões E Filosofias de Edgard Armond pela Aliança (2004)
BLOG

Sexta-feira, 22/7/2005
Blog
Redação
 
Búzios em Jazz & Blues

Na noite de quinta-feira, 21 de Julho, a Rua das Pedras, o principal eixo de Búzios, já aguardava as principais atrações do 8º Visa Búzios Jazz & Blues, que acontece na cidade. Um pouco antes, é verdade, a Dixie Square Jazz Band já havia feito sua participação, chamando a atenção de quem estava nas ruas com sua performance atravessando alguns endereços do Balneário. A noite, contudo, ficaria marcada para o público pela presença de Carlos Malta e do grupo argentino Dall-Botafogo, que, cada um à sua maneira, não decepcionaram quem esperou para vê-los.

Carlos Malta e o Jazz à Brasileira

Às 22h36, chamados por Léo Gandelman ("vamos aplaudi-los, por favor"), o multi-intrumentista Carlos Malta e seu conjunto subiram ao palco do Pátio Havana e ministraram um concerto de Jazz sem reparos. Pelo contrário. O apuro técnico e a inventividade nas músicas foram as características elementares. Sem mencionar a homenagem à musica brasileira. Sim, porque no repertório do show, versões de músicas imortalizadas na voz de Elis Regina. Abrindo o espetáculo, logo depois dos acordes de "Aquarela do Brasil", ouvia-se, nitidamente, a levada e a batida de "Nada Será Como Antes" (Milton Nascimentos). No Sax Alto, Carlos Malta alcançava as notas agudas, num contraponto à guitarra, ao contrabaixo acústico e à bateria, executados, nessa ordem, pelos músicos Daniel Santiago, Augusto Matoso e Keusso Fernandes.

Em seguida, uma ponte (medley) para as "Águas de Março" (Tom Jobim). Apesar do andamento ser diferente, Carlos Malta consegue passar de uma música para outra numa quebra de ritmo muito bem compassada, o que é espantoso, se se considerar que foi a primeira vez que o conjunto executou o show com essa formação. "Já havíamos tocado juntos anteriormente, mas essa apresentação em homenagem à Elis foi a primeira vez aqui em Búzios", revelou o maestro Malta logo após o espetáculo. Cabe mencionar ainda, como destaque, a guitarra de estilo e ao mesmo tempo discreta do já citado Daniel Santiago, que domina com propriedade o espaço que lhe é concedido no palco. Outros highlights na apresentação (que durou pouco mais de uma hora, embora ninguém tenha se dado conta) foram as inserções de frases de "Brasileirinho"e de "Trenzinho Caipira" nos improvisos bem como a versão, em particular, de "O Bêbado e o Equilibrista", onde Carlos Malta fez uso de suas variáveis (Flauta, Flautim, além do Sax Barítono). Nessa música e ao final, ele fez questão de frisar a importância da homenageada da noite em sua formação como músico. E o público, agora com aplausos espontâneos, aprovou.

O Blues rock n'roll de Dall-Botafogo

Meia hora depois, mais precisamente às 0h45, o duo formado pela tecladista Cristina Dall e pelo guitarrista Miguel Botafogo subiram ao palco do Chez Michou, em frente ao Pátio Havana. O grupo, que ainda conta com a presença do contra-baixista Pablo Memi e pelo baterista Juan Pillado, foi literalmente ovacionado pelo público, mesmo antes de tocarem os primeiros acordes. A presença de muitos argentinos no local explica boa parte dessa animação prévia. De sua parte, os brasileiros não deixaram por menos e também entraram na mesma vibração, oriunda, obviamente, da presença de palco do grupo.

Aqui, cabe destacar a dupla Dall-Botafogo. A primeira, além dos acordes próprios do blues, emanava uma luz própria, talvez proveniente de sua sensibilidade à flor da pele também como intérprete. Por isso, as versões de "Honky Tonk Woman" (Rolling Stones) e "My Mojo Working" (Muddy Waters), nesse sentido, soaram irrepreensíveis em sua voz. Já Miguel Botafogo comportou-se como um guitar-hero ao longo da apresentação. Desde a entrada, onde deixou seu copo de whisky com alguém na pista, até os maneirismos ao fazer os solos lembravam os heróis lendários da guitarra (numa época em que ser roqueiro era ter, sobretudo, atitude). Eis, então, o "segredo do sucesso" dos argentinos: mais do que a música, executada corretamente, a fórmula foi a performance.

Hoje, a música promete começar mais cedo, às 18h, com uma Jam Session na praia. Depois, às 20h, na Praça Santos Dumont, tem Ed Motta (lançando o CD Aystelum)

Veja a programação completa do Festival aqui.

Até amanhã!

* fotos de Sylvana Graça.

[Comente este Post]

Postado por Fabio Silvestre Cardoso
22/7/2005 às 14h53

 
Búzios, 21 de Julho

A poucas horas do início do segundo fim-de-semana (prolongado) do 8º Visa Búzios Jazz & Blues, a cidade amanhece tranqüila e ensolarada, bem diferente, portanto, de quarta-feira, quando o dia nublado estava mais convidativo para ficar em casa, como bem observou um dos moradores da cidade. Mesmo assim, à noite, a animação tomava conta do eixo principal da cidade, entre o Pátio Havana (bistrô de onde escrevo agora) e o Chez Michou, o ponto de encontro de Búzios (pelo menos nesses dias de Festival). A expectativa, com isso, é que no momento das apresentações o clima esteja ideal, unindo uma temperatura mais quente ao "calor" provocado pelos shows das atrações nacionais e internacionais.

Ainda ontem, num outro restaurante, o Don Juan, tinha-se uma mostra do provável público do Festival: turistas, sobretudo estrangeiros, embora tenha muita gente do Rio e de São Paulo. Para o recepcionista de uma tradicional pousada de Búzios, o balneário conta com uma visitação bastante diferenciada de Cabo Frio e Arraial do Cabo, este último um point da moda. Ele afirma que, aqui, é comum a presença de alemães, ingleses e franceses de um nível econômico acima da média; portanto, as atrações também são diferenciadas. Afinal de contas, Jazz fora do eixo urbano de Rio-São Paulo é fora do comum.

Na noite de hoje, quinta-feira, serão três as apresentações. Pela ordem: Dixie Square (Brasil), Carlos Malta (Brasil) e Dall-Botafogo (Argentina). Direto da Praia dos Ossos, a Dixie Square apresentará um repertório marcado pela tradição dos grupos de New Orleans. Não devem faltar clássicos do Jazz, como "Sweet Georgia Brown" e "Limehouse Blues" - músicas que Woody Allen sempre usa como referência em seus filmes. Na seqüência, às 22h, Carlos Malta promete uma performance inovadora, agregando instrumentos étnicos (da China, Japão e do Brasil) ao virtuosismo. Única atração internacional da noite, Dall-Botafogo traz uma mistura que remete à versatilidade brasileira: funk, soul, gospel... Um pouco antes, tem a passagem de som.

A conferir.

Veja a programação completa do Festival aqui.

Logo mais, tem mais!

[Comente este Post]

Postado por Fabio Silvestre Cardoso
21/7/2005 às 13h23

 
Maturidade cênica

O sol apareceu. E com ele, o calor. Inshallah! Esse é o São José do Rio Preto que conheço. E lá vou eu, agora bem mais animado.

Às 14h me mandei para o Centro Cultural, para assistir à palestra Mostra do processo de trabalho do ACT (Ateliê de Criação Teatral de Curitiba). Era uma boa maneira de conhecer o trabalho do grupo e ir para a peça com um pouco mais de repertório, e de sentir um pouco o clima do festival entre atores, diretores e professores - a tal "classe teatral".

Foi bacana. Depois de passar um vídeo, atores, diretor e produtora falaram sobre a proposta do Ateliê, o processo de concepção e de ensaio de Daqui a duzentos anos (a peça deles aqui no FIT), a relação deles com o teatro etc. Abriu-se um debate entre a platéia e a mesa, que rendeu algumas discussões interessantes. Valeu. E deu para sacar um pouco do clima de "formação" do FIT: a sala estava cheia.

De volta ao hotel, aproveitei para ler e descansar um pouco. Mais à noite, conheci o Tiago Velasco, da outracoisa, que iria rachar comigo a carona para o Teatro Municipal, para assistir o Daqui a duzentos anos. Ele está aqui num esquema meio gonzo, no melhor estilo "um roqueiro que caiu num festival de teatro". Curioso, a matéria promete. Chegamos em cima da hora. Lotado. Fundos do Municipal, numa arena. À entrada, recebemos singelas almofadas para colocar sobre os bancos. No palco, quatro cadeiras, uma em cada vértice (? - anos que não uso essa palavra). Música tranqüila, ao fundo. Atmosfera de curiosidade.

Cessa a música. Silêncio sepulcral. Dos fundos, entram Luís Melo, Janja e André Coelho - os atores - e Edith de Camargo - música/atriz. Edith toca um suave acordeão. Eles tomam seus lugares. E começam a contar histórias.

A peça é isso - contar histórias. E, assim, sem inventar, sem sobras, é excelente. Reúne diversos contos de Anton Tchekhov, monstro sagrado da literatura russa, contados e dialogados pelos atores. O cenário limpo, quase minimalista, deixa claro que o texto é o astro da noite. O texto, ok, e Luís Melo. Sua atuação é impressionante; parece que ele está em casa, contando as histórias para um amigo. Convence, esbanja maturidade. Não quero cometer injustiças: Janja e André estão ótimos. Mas Melo é o dono do palco, indiscutivelmente.

Do que ouvi na palestra: fruto de seis meses de leituras, ensaios e estudo, Daqui a duzentos anos nasceu no Núcleo de Produção Teatral do ACT de uma necessidade muito clara: o trabalho com a palavra. E, nesse ponto, a escolha de Tchekhov não poderia ser mais acertada. O diretor convidado Marcio Abreu enfrentou então outro grande problema: como botar os contos no palco? Dissecando as estruturas narrativas, arrancou dali uma "tradução cênica". Mas - e aqui está a grande jogada - deixando o conto, o texto, em primeiro plano. A limpeza da montagem visou não limitar a possibilidade de criação de imagens pelo público. E funcionou muito, muito bem. É impecável.

Ouvi dizer, por aí, que ela vai para o SESC Belenzinho em algum momento do segundo semestre. Torçamos para que sim.

Melo, na palestra: "Como ator, o que importa é a verdade. Um ator está bem quando o público acredita nele. Se não acredita, é porque algo está errado". Poderia ser mais simples do que isso?

[Comente este Post]

Postado por Guilherme Conte
21/7/2005 às 13h14

 
Me, myself e a Flip

Li sua entrevista consigo mesmo. E não concordo com o alter-entrevistador.

Curti bastante a bagunça, as perdições. Ficou orgânico e parece conversa de café-pós-palestra, ainda sob o impacto dos acontecimentos. Eu, de minha parte, me senti como se estivesse lá na Flip conversando consigo (mesmo).

A gente alinhava tudo nos entreposts. E, nestas conversas ansiosas, do tipo pós (evento, debate, palestra, etc.), nem tudo fica dito, mesmo - a maioria é subentendida, subdita, subinterpretada por quem ouve (ou lê).

Uma cobertura com fluxo de consciência. Pode não ser a verdade buscada pelo jornalista, mas traduz a verdade do impacto sobre o sujeito (no caso, o Consigo Mesmo).

Paula Mastroberti, por e-mail.

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
20/7/2005 às 15h52

 
O FIT começou bem!

Amigos internautas, depois de apanhar um pouco do computador trago-lhes as primeiras notícias do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto. Na correria, tentando perder o mínimo possível, pois assistir tudo é impossível.

Cheguei ontem à tarde, seguro de que poderia deixar as blusas no armário. Afinal de contas, é Rio Preto, a cidade mais quente do mundo. Doce ilusão: 14 graus. Tão frio quanto aí em SP. Tudo bem. Tomei o rumo do hotel, e logo de cara trombei o Luís Melo, uma das estrelas do FIT. A maioria dos artistas e da imprensa está aqui. Legal, vira e mexe encontro alguém. Clima de festival. Amaldiçoei o fato de ter perdido os chilenos da Compañía Gran Reyneta, unanimidade entre o pessoal que viu, além da peça Só as gordas são felizes. Acontece.

Tomei o rumo do SESC Rio Preto, com a expectativa lá em cima. Afinal de contas, eu iria estrear com o CPT e o Antunes Filho, com Foi Carmem Miranda. Cheguei cedo, aproveitando uma carona, e aproveitei para dar uma passada na exposição J.C. Serroni e o Espaço Cenográfico, comemorativa de seus 30 anos de carreira. Muito bem montada, completíssima, com cenários, maquetes, desenhos, projetos, figurinos, fotos e até uma curiosidade: uma camisa da equipe infantil do Juventus aqui de Rio Preto, equipe defendida por ele em sua infância. Serroni é brilhante, e a exposição faz jus a ele e sua obra. Ficam os votos de que ela vá para SP...

A peça não contrariou minhas expectativas. Nas mãos de quatro competentes atrizes (Emily Sugai, Arieta Corrêa, Juliana Galdino e Paula Arruda), a leitura particular de Antunes para a Carmem é de encher os olhos. Carregada de sutilezas e expressividade, economiza nas palavras e esbanja nos movimentos. Uma Carmem diferente; ou várias Carmens. A mais marcante tem seu rosto envolto em negro e solenemente, ritualística, espalha seus adereços pelo palco. Paula rouba a cena desde o início, prendendo a atenção. A bela Arieta, numa cena que evoca o Candomblé, inquieta.

Quem brilha mesmo, porém, é Juliana Galdino, que encarna Antígona em São Paulo. Com uma força e uma atuação impressionantes, firma-se cada vez mais como uma das atrizes mais consistentes dos nossos palcos. O amigo Jefferson Del Rios, da Bravo!, deu a melhor definição para Juliana, ao vê-la na tragédia: "É de um talento assustador".

O público, por sua vez, parece não ter digerido (desculpem, o trocadilho foi inevitável!) a montagem. Aplaudiu timidamente, meio atônito. Não pude deixar de me lembrar de Denise Weinberg quando ouvi um rapaz soltar um suspiro nostálgico: "Saudade das peças que tinham começo, meio e fim...".

Mambembes

Hoje pela manhã, animado por um sol tímido, lutei contra o frio para conferir Manchete de mambembes [detalhe acima], do Grupo de Pesquisa Teatral Sala 50, aqui de Rio Preto, na Praça Rui Barbosa. Com ares de trupe medieval, as atrizes alardeavam manchetes sensacionalistas concebidas a partir de peças de Shakespeare (algo como "Coxo caiu num mau negócio. Trocou reino por um cavalo"). Curta - apenas 15 minutos - e grossa, chamou a atenção do povo e divertiu, mas sem encantar. As crianças gostaram, principalmente de um dragão colorido que dançava (apesar de um bebê, ao meu lado, chorar aterrorizado...).

A apresentação faz parte do projeto "Ser ou não sertão", com espetáculos nas ruas, praças e calçadões. Uma idéia interessante, resgatando o teatro de rua, com longa e importante tradição no Brasil. Deu para animar e criar curiosidade. Amanhã tem mais.

[Comente este Post]

Postado por Guilherme Conte
20/7/2005 às 12h55

 
Zines eletrônicas

O Julio do Digestivo escreveu um texto bem interessante sobre zines eletrônicas. E como blog também é socialização, eu leio zines e você? Digestivo Cultural: os textos dos colunistas são bem diversificados e uma das poucas zines que permite um pouco mais de profundidade.(...)

Gi no perhaps, maybe, talvez... (porque o Guilherme já vem, já...).

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
20/7/2005 às 12h03

 
Mooo! Mooo!

Although Eco is still best known for his first novel, The Name of the Rose (1980), a medieval murder mystery that sold ten million copies, it is as an academic that he would like to be remembered. He has been a professor at Bologna, the oldest university in Europe, for more than 30 years. He has also lectured at Harvard, Yale, Cambridge and numerous other famous universities and, to fill in the rest of his time, writes cerebral essays on uncerebral subjects ranging from football to pornography and coffee pots.

Nigel Farndale em perfil (não-chato) do (chato) Umberto Eco.

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 19h47

 
Alfa Romeo e os bloggers

Parece ser que Alfa Romeo no entiende el internet, no se dan cuenta que los usuarios que entran a los foros de su sitio no son los consumidores de antes, esos que veían publicidad tipo "el mejor carro del mundo" y se la creían. En internet los consumidores buscan toda la información disponible y si algo huele mal no solo investigan al respecto sino que lo publican.

Como Alfa Romeo no entendió el internet ahora Fernando, uno de sus clientes que casualmente tiene un blog está escribiendo sobre la pésima experiencia que ha recibido de la marca, de su sitio web, de los foros de discusión y de los administradores de este que borran sistemáticamente cualquier post que ellos escriban intentando recibir ayuda sobre un problema en el carro que parece ser de diseño (y no de uso).

Los directivos de Alfa Romeo parece que no saben que es el internet y el problema con este tipo de personas es que intentan controlarlo. Cada vez que me topo con empresarios así o en una situación de esta, inmediatamente hago referencia al World of Ends de Doc Searls y David Weinberger:

Las tres virtudes de internet:

1. Nadie es el dueño
2. Todos pueden usarlo
3. Todos pueden mejorarlo

La gente de Alfa Romeo cree tener el control sobre internet, que puede manipularlo y manejarlo a su manera, básicamente cree que pueden ser los dueños del medio, eso nunca sucederá, por lo mismo Fernando sólo necesitó hacer una búsqueda en Google y encontrar un foro alterno llamado Alfistas, donde hay total libertad de temas.

Eduardo Arcos, em seu ALT1040 (porque, para mim, é um dos melhores blogs da atualidade).

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 13h07

 
Blogging+Video=Vlogging

It was inevitable: Bloggers who previously wrote endlessly about everything from politics to tech tips to how to fry an egg on a hot sidewalk can now take their commentary, advice and random experiments to the next level by filming and broadcasting their work, thanks to the latest web trend - video blogging.

Video blogs - also known by their shorter, clunkier name, vlogs - are blogs that primarily feature video shorts instead of text.

Like another web trend, podcasts, where people can subscribe to largely home-brewed audio programs, people can sign up to receive regular video downloads. Though it has not been promoted, the new Apple iTunes podcasting feature supports vlog subscriptions as well.

"We're going from being media consumers to media makers. We're learning how to do that," said Chuck Olsen, a documentary filmmaker and video blogger in Minnesota. "There's sort of a whole continuum between (videotaping) grandpa's birthday and filmmaking."

Katie Dean, na Wired (porque é muito melhor do que assistir televisão - assistam).

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
19/7/2005 às 12h24

 
Love of the land

When they first met in Paris in 1896, in an encounter that would become a foundation myth of the Irish Literary Revival, WB Yeats was 31 and JM Synge was 25. Later, Yeats would chronicle what happened, suggesting that it was his advice in that meeting that led to the making of Synge as a playwright and an artist. Yeats wrote: "He told me that he had been living in France and Germany, reading French and German literature, and that he wished to become a writer. He had, however, nothing to show but one or two poems and impressionistic essays ... Life had cast no light upon his writings. He had learned Irish years ago, but had begun to forget it ... I said 'Give up Paris. You will never create anything by reading Racine, and Arthur Symons will always be a better critic of French literature. Go to the Aran Islands. Live there as if you were one of the people themselves; express a life that has never found expression.'"

Colm Tóibín, sempre imperdível, no Guardian.

[Comente este Post]

Postado por Julio Daio Borges
18/7/2005 às 19h43

Mais Posts >>>

Julio Daio Borges
Editor

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




o rei das montanhas
Edmond Ebout
Itatiaia
(1963)



The Mahabharata a Shortened Modern Prose Version of the Great Indian
R. K. Narayan
Heinemann
(1978)



Brasil, Olhar de Artista
Kátia Canton
Dcl
(2008)



Manaus Meu Sonho
Jopaquim Marinho
Valer
(2010)



Livro Can You Spot The Spotty Dog? A Hide-And-Seek Book
John Rowe
Red Fox
(1996)



Shirley Souza
Shirley
Espelho Não Mente?
(2008)



Aeroportos - Do Campo de Aviação à Área Terminal
Rubens Rodrigues dos Santos
Contar
(1985)



Cidades e Soluções - Como Construir uma Sociedade
André Trigueiro
Leya Casa da Palavra
(2017)



Boxing´s 5 Killer Punches
Champ Thomas ; Don Ehrlich
Unusual Sports Attractions
(1976)



A Stranger in Tibet: Adventures of a Zen Monk
Scott Berry
Flamingo
(1991)





busca | avançada
44398 visitas/dia
1,9 milhão/mês