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BLOG

Sexta-feira, 5/8/2005
Blog
Redação
 
Se me pagarem, eu blogo

A grande graça de se ter um blog é o lado humano da coisa. Pode parecer um paradoxo para quem vê o "fenômeno" (e para quem chama de fenômeno) pelas notícias de jornal e acha que internet "afasta pessoas", "desumaniza o mundo". Grandessíssimas bobagens. Para mim o fato mais agradável de alimentar essa bitácora é justamente o fato de que os comentários, os links, e a força que se recebe é unicamente por largueza de espírito. Não há interesse algum, de forma nenhuma, envolvido. Não sei se o Santo Protetor da Caixa de Comentários me guarda, mas a sorte que dou aqui é imensa. Meu mundo virtual é - e isso pode soar cafona, ingênuo ou bobo - um mundo de delicadeza.

Da Juliana M., cujo blog linca, sobretudo, pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
5/8/2005 às 17h05

 
Nossas ambições de mass media

Lembra do Arcano9? Então; agora ele é famoso e até aparece na televisão... (P.S. - O nome dele é Rafael Gomez.)

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Postado por Julio Daio Borges
5/8/2005 às 08h36

 
Aos leitores

O botão Comentários, abaixo de cada nota, será desativado de hoje para amanhã devido à ação dos vândalos que entram aqui com o propósito de impedir ou desestimular o debate democrático de notícias e de idéias. Só voltará a ser reativado quando tiver sido adotada uma solução radical que impeça a ação deles.

Pela mesma razão, o botão que permite a publicação de mensagens na seção Desabafo será temporariamente desativado.

Seja qual for, a solução garantirá o direito de todos - inclusive dos vândalos - de acessarem o blog para ler o conteúdo. Mas limitará a postagem de comentários. Infelizmente não tenho outra saída. E desde já peço desculpas aos que se sentirem prejudicados por ela.

Ricardo Noblat, que concluiu, como eu, que Comentários precisam ser mediados (via Resende Agora - que linca pra nós...).

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Postado por Julio Daio Borges
4/8/2005 às 16h26

 
Nos ocupamos de comunicación

Cuanto más interesante se vuelve tu vida, menos posteas.

John Barger, roubado do blog da Manfatta (para mim, a agência de internet do futuro...).

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Postado por Julio Daio Borges
4/8/2005 às 11h16

 
I know you

Have you scared a lot? So timid you are. You are exactly like a wounded dog. Do you think I do not know you? You are the one who once used to grow longer hair. You are the one, whose last three digits of mobile number end with 033. Aren't you? You are the one who once used to work with the InterNews, and you are still working. Aren't you? Do not so disappointedly shake your hands and feet. Your work has come to its end. I will very soon disclose your dirty name. Filths like you do not have any place in this land. You have to be buried in a muck grave. You and your complexes should be buried under debris of stone and clay. There were a number of people like you, who did not remain alive. They were all buried in graves. You have to be taken off from this land so that better human beings could take your place. For, you are dirty.

meshnasamat, supostamente da BBC, ameaçando de morte o blogger Sohrab Kabuli (porque lá fora as disputas entre as mídias, velha e nova, estão muito mais ferozes...).

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Postado por Julio Daio Borges
4/8/2005 às 08h39

 
Terapia reloaded

Bem, eu tenho 56 anos e quando com 45 tive uma desilusão amorosa que me levou à terapia que se estendeu por longos e maravilhosos e tristes e duros e traumáticos 10 anos e 6 meses.

Foi muito bom pra mim: me despertou muita coisa interessante pra vida como a descoberta de que sou cartunista e também posso paralelamente exercer com prazer a minha profissão de contador e também embora morando com minha mãe que já conta com 83 de vida execer a minha liberdade. Enfim me descobri com ferramentas que antes da terapia eu não via e aprendi a ter uma flexibilidade muito grande em relação à vida e às coisas que me cercam.

Aconselho pra quem queira fazê-la e desaconselho pra quem não queira... enfim, tudo tem sua hora.

Zérramos, por e-mail.

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Postado por Julio Daio Borges
3/8/2005 às 15h31

 
Quer ir pra cama comigo?

Será que ele ainda se lembra? Não faz tanto tempo, mas homem é assim: esquece rápido as coisas. Mulher se lembra, se lembra de tudo: as palavras, o tom de voz, a expressão no rosto do outro, a música que tocava naquele momento - tudo.

O choque. O rosto dele mudou de cor, passou de pálido ao vermelho, e ao mais vermelho (quando viu que eu o olhava). Ah, somos fortes. Corajosas. Mesmo quando mortas de medo - corajosas.

Será que ele sabia que eu estava com medo? Medo de que mudássemos um com o outro (como de fato mudamos, mas não para pior). Medo de que essa transição - de amigos para amantes - não se desse sem traumas, o sem jeito do sexo e que respingasse na amizade, quem sabe danificando-a.

Com medo, mas fiz: droga, se eu tenho de ter um amante por que não um em que eu confie? (E me atraia, lógico.) Passar à ação: não vamos ficar tendo essa conversa idiota em que os dois dizem coisas nas quais não estão pensando, apenas escondendo a verdade, escondendo os fatos: Eu quero. Você me quer. E isso, oras, não é o fim do mundo.

Eu me lembro que a chave escorregava toda hora dos seus dedos. E lembro que ele, depois de pôr a mão no meu ombro, mantinha-a ali como se temesse uma fuga; que eu mudasse de idéia, vai ver.

Porta aberta. Luz se acendendo, sua boca na minha. Minhas mãos nele descobriam que tremia. Nós. Lutando juntos, e não um contra o outro: para que o medo não nos engolfasse, não nos transformasse em outras pessoas, inimigas ou indiferentes.

Ou ainda: para que, temerosos de ferir, temerosos de sermos feridos, não vestíssemos outras roupas enquanto nos despíamos: trajes que moldassem uma outra mulher, um outro homem, e não nós dois. Na cama com estranhos.

Eu não quis me esconder. A tentação veio, porém repeli-a. Ele não o fez tampouco.

Seus olhos. Seus olhos. Abertos, em mim. Seu corpo em mim. Meus olhos nele enquanto nos uníamos. Nos abraçamos com os olhos antes que os corpos o fizessem.

E não foi estranho. Não foi louco, como com outros, e não foi inadequado. Nós dois nos encontramos. Ele segurou-me, olhos nos meus, como para impedir que eu me guardasse. Olhos nus, como estivemos nus.

Será que ele se lembra que fui eu quem comecei tudo? Volto a cabeça quando ele diz algo sentimental, nada rebuscado. E quem se importa?

Da Claire Scorzi, uma das nossas Comentadoras mais dedicadas, cujo blog linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
3/8/2005 às 14h37

 
Cultura e Patrocínio

Intangibilidade. Surpresa. Valores. Marca. Potenciais patrocinadores, promotores e wannabes do mercado cultural e social se reúnem no luxuoso hotel da rede WTC em São Paulo para debater sobre essas e outras particularidades dos investidores em projetos sociais, culturais e esportivos na terceira edição do com:Atitude. Entre os presentes, figuram grupos eminentes do mercado, como CPFL, Gerdau, Visa, entre outros.

Talvez o documento mais relevante de todo esse ciclo de palestras seja o "Mapa das Decisões Empresariais de Patrocínios e Investimentos Empresariais", realizada em conjunto pela Articultura e pelo jornal Meio&Mensagem. Trata-se de um dossiê completo, pois, para muitos, responde, em geral, a pergunta que não quer calar: Por que alguns projetos no segmento da cultura obtêm patrocínios e outros ficam com o pires na mão?

Os números apresentados por Yarcoff Sarkovas, um dos idealizadores do evento, são bem interessantes. De acordo com a pesquisa, 80% dos patrocinadores culturais se ancoram nas Leis de Incentivo. Num indicador quase correlato, 45% desses apoiadores afirmam que não investiriam em cultura se não houvesse dedução fiscal. A boa notícia é que em 2005, sempre segundo a pesquisa, 79% estão dispostos a receber projetos de patrocínio e parceria.

Na área cultural, os projetos que mais recebem investimentos são os ligados à Música (74%), seguido pelo Teatro (56%) e, pasmem!, Dança (36%). Em quarto colocado, para o desespero da turma do Mensalão das letras, vem a Literatura (também com 36%). Quanto à "pergunta que não quer calar", bom, a resposta sempre resvala nos mesmos pontos: adequação entre projeto e o potencial patrocinador; o eventual retorno de visibilidade; e o valor agregado do patrocinador ao projeto em questão.

Para mais informações do evento, clique aqui.

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Postado por Fabio Silvestre Cardoso
3/8/2005 às 13h45

 
Terapia

Eu queria ter grana para fazer terapia. Não gosto muito de falar sobre mim, apesar de adorar falar. Falo sobre tudo, menos sobre mim. Isso soa estranho, mas é assim que funciona. Sei lá, talvez uma preocupação tola com a imagem que as pessoas tem de mim.

E falar durante uma hora apenas sobre mim e não me sentir o ser mais egoísta do planeta é algo que é pra lá de [re]confortante, afinal eu estou pagando e a pessoa que está me ouvindo não pode reclamar, ao contrário, eu espero é que ela dê ainda seus pitacos. Ela nunca dá.

Não gosto muito de terapeuta que tem apenas cara de conteúdo. Você fala, fala, fala e ele não esboça uma emoção sequer. Gosto de terapeuta que me cutuca, que faça eu perceber coisas de que eu não estou dando conta, que me coloque na parede, que faça eu chorar ou que me reconforte quando eu estiver a beira de um abismo. Por isso desisti da terapia.

Da Lalai, que, talvez, sem querer, já está fazendo terapia... no blog.

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Postado por Julio Daio Borges
3/8/2005 às 11h42

 
Why are the movies so bad?

I think what we're talking about here is a much bigger, much sadder problem, which is that the mainstream of American movies has been terribly disappointing in recent years. The question that faces anyone who loves the medium is whether this is a cyclical thing -a passing dip, so to speak- or whether there might be something much more worrying. I notice that the business itself is beginning to get quite anxious about declining attendance: There has been a big drop-off [in ticket sales] this year. And God knows how much bigger it would have been but for the final Star Wars film. If we didn't have that film -which I think gives a sort of artificial boost to the figures- the first six months of this year would be pretty gloomy. There's a lot of evidence to suggest two things -which could, in fact, be working [in tandem]: that films don't mean as much to audiences anymore, and that they don't mean as much to filmmakers anymore, either.

David Thomson para Rob Nelson (porque todo o mainstream está em crise, já reparou?).

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Postado por Julio Daio Borges
3/8/2005 às 10h32

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