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Terça-feira,
23/8/2005
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Redação
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Enquanto Vc Ouve Chico Buarque
Acabei inventando uma coleção de CDs que estou produzindo através de um selo próprio (...). A coleção se chama "Músicas Para Ouvir Enquanto Você Ouve Chico Buarque", e o vol.1 deve chegar nas lojas pouco antes do Natal.
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A coleção "Música para Ouvir Enquanto Você Ouve Chico Buarque" nasceu da convicção, minha e da minha namorada, de que algumas tarefas são chatas demais para serem executadas sem ouvir música - e que ouvir Chico Buarque é exatamente uma delas.
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Aceito cartão de crédito. R$32,25 cada volume. CDs de Chico Buarque não estão incluídos.
Alexandre Soares Silva, porque eu queria os livros-pra-ler-enquanto-você-lê-Chico-Buarque (e porque, fazia muuuito tempo, eu não lincava pro Alexandre...).
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Julio Daio Borges
23/8/2005 às 20h40
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O Conselheiro em Campos: Dia 2
No Dia 2, a Carol, que vinha insistindo comigo desde o Dia 1 - para ir à Pedra do Baú - realizou seu sonho. Acordamos cedo, creio. Tomamos café com Ed Peri Peri e seu filho, Raduan. Eles já haviam madrugado, para andar a cavalo (o filho de Peri Peri, Perizinho é muito agitado). Raduan reclamou do pai; do pai ter se perdido em meio à cavalaria... Depois de receber as indicações do recepcionista da pousada, tomamos o rumo da Pedra do Baú.
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O recepcionista, como convém aos informantes aleatórios em viagens nacionais, calculou para menos a distância da estrada até a Pedra. O Conselheiro já começava a ficar aflito porque o "Almoço dos Chefs", marcado para as 13 horas, parecia se aproximar cada vez mais (no relógio, já passava das 10 da manhã...). Os 12 Km se converteram em mais de 20, pelas contas do Conselheiro, e a estrada de terra, que era de 500 metros, revelou-se, na verdade,... de mais de 10 Km.
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Outro informante local, que apontava insistentemente para um esquilo atrás de uma casinha (de madeira), revelou ao intrépido casal que a famosa Pedra do Baú requereria 3 (três) horas de caminhada. Muxoxo de frustração da Carol... "Talvez duas horas se se for rápido." (Animação da Carol de novo.) Rumamos para a Pedra do Bauzinho, na dúvida (30 minutos na indicação da placa). Era a Pedra que a Carol tinha visto na infância (e que queria tanto...). Nenhuma novidade, portanto (a não ser para mim). Partimos para a Grande. Em passo acelerado agora.
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O Conselheiro e sua Namorada se embrenharam por uma floresta morro abaixo. Escadas, escadas, escadas. De pedra. Barro. Lama marrom escura. Pequenos escorregões. Ameaça de torção... E pressa, muita pressa. Mais de meia hora depois, uma encruzilhada. Duas opções. Carol, com seu incansável espírito esportivo, se anima com a possibilidade da escalada mais difícil. Diz que quer fazer montanhismo (um dia...). Pensando no horário (passava das 11), optamos pela mais fácil. 250 degraus. (A outra era de 350.)
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O Conselheiro vive outro involuntário momento "Mens sana in corpore sano". Sente-se escalando o Everest. Pela dificuldade, pelo cansaço e pelo inusitado. Subida, às vezes, numa escada de ferro, lembrando uma escada de bombeiros. Subida, outras vezes, em tubos de ferro, lembrando grandes grampos (de grampeador) grampeados na pedra. Subida com inclinação negativa, algumas vezes. Subida com medo, e sem olhar muito pra baixo, muitas vezes... Subidas, em geral. Subidas que não acabam mais.
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Topo do mundo (para o Conselheiro, que, a partir de agora, promete não escalar mais nada - se chegar lá embaixo são e salvo -, nem mesmo a escadinha de alumínio que dá acesso à sua biblioteca...). Descida pior do que a subida. Muito pior. De causar medo (medo físico). Principalmente na Carol, que sente suas pernas e seus braços travando, em meio às descidas em que o pé parece não alcançar o próximo degrau... O Conselheiro aconselha-a a não parar os dois pés em cada degrau, deixando uma perna sempre em suspenso... Ela concorda e, no horário exato do evento oficial (13 horas), ambos aterrissam em terra firme e louvam os deuses pagãos.
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A floresta, na volta, parece mais densa do que nunca. São milhares de degraus. Descidas, subidas, pedras, lama e barro. Pessoas, muitas pessoas. Eles só querem chegar... Novo encontro com o rei dos esquilos. Bananas para os macacos. Mel para repor a glicose do Conselheiro. Rumo a Campos do Jordão. Tchau, Pedra do Baú! Carol dorme. O Conselheiro acelera seu carro. Suado, dolorido e preocupado... Na pousada: gincana para trocar de roupa. Capivari de novo. Povo, ônibus, entrada em ruas erradas, mas, enfim, a degustação das novidades do Roteiro Gastronômico do Queijo e Vinho e da Cozinha de Primavera da Montanha...
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O Conselheiro sente falta de seus amigos Itiberê Muarrek e Celso Arnaldo Araujo. (O atraso não lhe permite desfrutar da companhia dos seus...) Despede-se calorosamente da assessora Anice Aun e da consultora Mônica Pessoa. A última lembra da disputa sobre a diferença envolvendo os queijos rochefort e gorgonzola... (E-mails para a redação.) O intrépido casal ainda se despede de Campos de Jordão com uma caminhada pelo centro da cidade. Encontra a dupla do Terra (e da Terra). Relata seus feitos em pouco mais de 24 horas... A dupla interlocutora calcula que, para tantas aventuras, seriam necessárias, no mínimo, duas viagens. O Conselheiro responde que nem no Terra (nem na Terra) são conhecidas as incomparáveis coberturas do Digestivo Cultural. Leitor: até o próximo Festival.
* fotos de Ana Carolina Albuquerque & JDB
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Julio Daio Borges
23/8/2005 às 20h33
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O Conselheiro em Campos: Dia 1
Anunciei, na Newsletter, que escreveria para vocês direto de Campos do Jordão. Até gostaria, mas a programação foi animadamente exaustiva durante o fim de semana, de modo que não sobrou muito tempo nem energia. Ainda bem. A reportagem deste "festival", em particular, entra atrasada, mas as intenções são as melhores. Em vez de flashes esparsos e atabalhoados, ofereço a vocês um mergulho mais pensado em outra das incomparáveis coberturas on-line do Digestivo Cultural. Enjoy!
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Tudo começou em 2002, quando conheci a assessoria da Anice Aun, provavelmente motivado por um contato deles, que, a exemplo de tantas outras empresas, encontrou o Digestivo na internet procurando gastronomia e outros quetais. "Eu gosto muito desse nome..." - a própria Anice me confessou no sábado agora - "Digestivo Cultural". Três anos atrás, ela não se lembra, estivemos juntos no Little Italy - à época de um dos herdeiros do Micheluccio -, que abrigava uma exposição do fotógrafo Gladstone Campos. Não havia lido ainda o Churchill e achei o nome estranho.
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Na semana passada - gostou do salto temporal? -, recebo um e-mail convidando para o lançamento do "Calendário Anual da Gastronomia da Montanha 2005" em Campos do Jordão. Imaginei que tivesse alguma coisa a ver com o nosso anúncio da "Era dos Festivais", e com a nossa implícita disposição de realizar coberturas fora de São Paulo. Aceitei o convite na hora (depois de consultar - é claro - a Carol). Na sexta-feira, arrumei animadamente a mala, ao som dos CDs que pretendo tocar no podcast do Digestivo Cultural (não me pergunte quais; é segredo, tá?).
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Com a Carol, veterana de Campos, não foi difícil encontrar a pousada. Fizemos o check-in, tomamos o café-da-manhã e - isso a Anice não sabe... - partimos para o nosso momento "Mens sana in corpore sano". Como o primeiro evento, um almoço - com a coletiva e o lançamento do "Roteiro Gastronômico do Queijo e Vinho" -, estava marcado para a uma da tarde, entre onze e meio-dia, saímos para correr em Campos de Jordão. Da pousada, antes de Capivari, atravessando o Centrinho, subindo para além da Holandesa, e voltando junto à linha do trem, num total de uma hora e mais de oitocentas calorias queimadas. Meu recorde. Ufa!
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A coletiva seguida de almoço já valeu a viagem. Foi na La Villette, uma pousada do chamado "Roteiro de Charme", cuja diária - posso falar...? - começa a partir de R$ 750. São apenas dez apartamentos. Os hóspedes tomavam seu sol, com uma vista que lembrava a dos Alpes (abstraia comigo agora...), enquanto eu e a Carol éramos apresentados aos demais convidados. Reconheci o Celso Arnaldo Araujo, hoje diretor de redação da Go Where, mas que eu conheci numa coletiva de um filme do Cacá Diegues (ele não me reconheceu...), mais algumas pessoas da imprensa daqui, geralmente ligadas a turismo e gastronomia ("O Conselheiro voltou à toda..."), mais muita gente, óbvio, de Campos do Jordão.
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Minutos antes da coletiva começar, surge o meu amigo Itiberê Muarrek, também conhecido como Ed Peri Peri (mas não espalhem, tá?), num salto, em meio à mulher e ao filho, Raduan, precisado de um bloco de notas, que eu prontamente providenciei, e munido de uma caneta esferográfica. Demorou alguns segundos para me reconhecer... (considere aqui o efeito "Mens sana in corpore sano" - quando nos encontramos, pela última vez, eu estava dez quilos acima). Cheio de novidades sobre a remodelagem do Seu Restaurante, com um projeto secreto debaixo da manga (este segredo eu prometo guardar, Peri Peri), regou-nos igualmente - a mim e à Carol - com suas aventuras sempre mirabolantes (baianas?) nestes dias em Campos.
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A coletiva foi praticamente conduzida pelo secretário de turismo de Campos do Jordão, Flavio Ventura. Muito me agradou, ao dizer, sem rodeios, que era apolítico, que era empresário do ramo (hoteleiro & gastronômico) e que sua primeira medida foi trazer todas as associações (hoteleiras e gastronômicas) para trabalhar dentro de sua secretaria. A iniciativa, além de ser dele (leia-se da prefeitura), teve apoio de mais vinte restaurantes (e alguns hotéis) e tem como principal objetivo fazer de Campos do Jordão uma cidade movimentada fora do seu mês de pico, julho. Falaram, ainda, que me recordo, Adriana Oliveira e Paulo César da Costa (presidente e vice-presidente da ASSTUR) e Miriam Lobel (coordenadora do Natal na Montanha). Mais detalhes numa Nota futura; num Digestivo futuro.
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A feijoada subseqüente foi uma atração à parte. Sentamos à mesa, eu, a Carol e o Itiberê (Peri Peri), com o Celso (sua esposa e filha), que, à essa altura, já havia conversado comigo antes. E revelado um furo jornalístico de primeira... Eu diria "de primeiríssima": a internet é hoje fonte primária de todos os jornalistas. Os mesmos que não saem mais da redação e que não levantam mais informação (nem o traseiro da cadeira). Antes que me escrevam os jornalistas exaltados, vale reforçar que foi ele - Celso - que falou. O mesmo Celso que não lê blog ("me recuso") e que já topou com o Digestivo - adivinhem - no Google. O Celso que tem anos de profissão (atenção: ele é jornalista). "A internet está trazendo de volta o setorista", decretou.
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A noite do primeiro dia fechou eruditíssima com um banho de queijos & vinhos (mais queijos do que vinhos), e uma aula da presidente da Associação Brasileira de Degustadores de Queijos, a carioca Mônica Pessoa, no hotel Home Green Home ("Brisac, se estiver lendo isto, responda se se hospedou nesse local em 1999 [a Carol parece ter se lembrado...]"). Cabra, chabichou, gruyère, reino, appenzeller, parmesão, camembleu... - you name it, todos esses, e mais alguns outros, passaram pelo nosso paladar. Eu joguei a toalha na segunda rodada; a Carol, na terceira; e o Peri Peri - acho - na quarta... O cheesecake encerrou a noitada. Utilizando minha vasta rede de contatos propiciei um encontro entre Ed Peri Peri e Ana Maria Braga (agora depende dela gostar do rapaz...). Em contrapartida, Ed bolou criativas variações sobre o tema do Conselheiro ("Eu gosto muito desse título", confessou o homem por trás da Spaceprod): "O Conselheiro também enche a lata", "O Conselheiro também se excede um bocado", "O Conselheiro não tá mais com essa bola toda". Amanhã tem mais. Dia 2.
* fotos de Ana Carolina Albuquerque
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Julio Daio Borges
22/8/2005 às 20h28
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Invaders
Amid the general anxiety that afflicts both the broadcast radio industry and other old-line media companies, the podcast - an audio program that you pull off the Internet and download onto an iPod or similar device for listening at your leisure - seems as big a threat to radio as the Web poses to print media.
Uma dica do Guilherme Conte (porque na quinta eu estou levando podcasts pra tocar no rádio...).
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Julio Daio Borges
22/8/2005 às 16h18
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Sheila rebolando
Do Phelipe, de quem prefiro as fotos ao blog (porque não lembro como conheci um e outro...).
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Julio Daio Borges
19/8/2005 às 16h58
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Kane.com
"There's an opportunity to be a major player on the Web, and it's closing..."
Uma declaração de Ken Marlin, num artigo da Business Week - por Steve Rosenbush -, sobre a entrada de Rupert Murdoch na Web.
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Julio Daio Borges
19/8/2005 às 08h21
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É nóis na foto...
Não foi de propósito.
Eu estranhei quando o Mario Vitor Santos falou - depois que nos desencontramos na inauguração da nova Casa do Saber -: "Vi você na foto!".
"Foto? Que foto?", pensei mas não perguntei...
Eis que abro o site da Casa do Saber ontem e lá está:
E, na ampliação (é o máximo que consigo, tá?):
O primeiro sentado à esquerda... É; sou eu.
A Carol foi cortada pela edição; estava do meu lado.
Achei bobo; depois achei engraçado. E, na falta de posts hoje... bem, aí está.
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Julio Daio Borges
18/8/2005 às 16h01
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Prevendo o previsível
O diretor Michael Bay conseguiu algo que parecia impossível: tornou previsível o previsível. Em seus filmes, sendo A Ilha o mais recente, tudo funciona como um jogo de xadrez de peças marcadas. É uma noção de que tudo deve estar encaixado de forma ao espectador não perceber que está assistindo a algo de uma estupidez imensa. Bay, na sua obsessão em fazer o cinema comercial simplesmente lucrativo, e apostando alto numa potencial imbecilização do público, conseguiu criar uma monstruosidade que poderia ser chamada de "previsibilidade da previsibilidade".
Eu mesmo, Marcelo Miranda, em crítica do filme A Ilha, no site Cinefilia. Curiosamente, esse é o melhor filme de Michael Bay...
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Marcelo Miranda
18/8/2005 às 14h58
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Rumos, rumores e rumeiros
O Laboratório Multimídia de Jornalismo Cultural, atividade do programa Rumos do Itaú Cultural, vem tal qual uma pedra formar ondas no lago. Este blog é uma dessas ondas, produzida na Grande Rede. Ao mergulhar no nosso espaço, você vai conhecer apenas o início do trabalho que está sendo feito pelos 14 "rumeiros", pequenas pedrinhas sendo garimpadas como ouro. Esperamos que gostem. Aloha!
Augusto Paim, no blog da galera que está cobrindo o novo festival da canção (uma indicação do Anderson Ribeiro, no grupo do Digestivo no Orkut).
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Julio Daio Borges
18/8/2005 às 09h16
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Decline & Fall of Journalists
It isn't hard to spot what's behind this the erosion of the journalist's image. When Watergate broke, tabloid television wasn't a force and 24-hour cable news (all shouting all the time!) hadn't been invented. As the news media expanded, standards became as varied as the outlets, and the public's respect for the media steadily declined. The damage has been done by everything from gossipy Internet sites where anything passes for news to the Jayson Blair fiasco at The New York Times and CBS's apology for its Dan Rather report on President Bush's National Guard service.
A Gallup poll released last month showed that public confidence in journalism had reached a new low, with television news and newspapers receiving the same dismal number. Only 28 percent of those polled said they had a great deal of confidence in those media.
Caryn James, também no The New York Times (porque é verdade, com a diferença de que não é "culpa" da internet, não).
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Julio Daio Borges
17/8/2005 às 08h25
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