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Terça-feira,
6/9/2005
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Redação
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Flor de obsessão
"Você só me liga quando está em crise?"
Nélson Rodrigues, para Arnaldo Jabor, hoje (porque eu pedi pra ele ligar lá em julho, na Flip...).
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Postado por
Julio Daio Borges
6/9/2005 às 08h38
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Médias
La technologie met à portée de tout citoyen la capacité de recueillir et, surtout, de publier, c'est-à-dire de diffuser largement faits, sons, images ou opinions. Tout le monde devient producteur d'images, tout le monde peut faire connaître sa vision de la réalité. L'information (...), dont les médias avaient le monopole, se banalise, se démocratise, se privatise.
Patrick Sabatier no Libération; continua em Quand M. Tout-le-monde s'improvise reporter e em C'est la perte du monopole des journalistes sur l'information (porque toda a mídia está fazendo a sua lição de casa - e a do Brasil, cadê?).
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Postado por
Julio Daio Borges
5/9/2005 às 08h22
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Home for New Ideas
"Before you can be creative, you must be courageous."
Joey Reiman, em artigo da Fast Company (porque ele merece aspas e porque eu acredito piamente nisso).
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Postado por
Julio Daio Borges
5/9/2005 às 08h16
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Osesp, 01.09
Na mensagem que abre o Programa de Concerto de setembro da Osesp, o diretor artístico e regente John Neschling anuncia que este será um mês de muito trabalho. Entre os destaques, chamam a atenção a gravação de mais três sinfonias de Beethoven e o início das transmissões televisivas, pela TV Cultura de São Paulo, dos concertos da Osesp. No âmbito das apresentações da Orquestra, o maestro ressaltou, ainda, a presença da violinista japonesa Midori, junto com a Osesp, no Parque do Ibirapuera, já neste domingo (04.09). A propósito, quem esteve na Sala São Paulo ontem pôde conferir a performance singular, do início ao fim, da musicista numa chuvosa noite paulistana. Leia a seguir como foi o concerto, que contou com a presença do regente convidado Cláudio Cruz.
De início, o público da Sala assistiu a uma obra recentemente composta: Kabbalah, Op.96, do compositor recifense Marlos Nobre. Como se vê no texto do programa, o próprio autor ensaia uma reflexão acerca do nome e do significado de sua peça: "eu trabalhei os processos de composição com a numerologia e letras judaicas da Cabala em duplo sentido: o consciente e o inconsciente, isto é, deixando que o cérebro encontrasse caminhos não previsíveis dentro dos esquemas". Mas é quando a música começa a ser executada que essas palavras começam a fazer sentido. O ritmo sincopado da obra reverbera em todos os naipes da orquestra: metais, madeiras, percussão, cordas. Em certo sentido, a Kabbalah, como título, justifica-se nos dez minutos de ritmo forte durante a apresentação.
Em seguida, Seguei Prokofiev (1891-1953). Os leitores, bem como os freqüentadores da Sala, mais atentos já devem ter percebido que há uma preocupação em dar continuidade na apresentação da obra de determinados compositores. Um caso ilustrativo é Prokofiev, cuja obra tem recebido atenção especial pela Orquestra neste ano. Nesta ocasião, outro detalhe importante foi a participação de Midori ao violino, num estilo que se destacou pelos movimentos da musicista ao longo do Concerto para violino nº1 em ré maior, Op.19. E, com efeito, foi a violinista a condutora do andamento da peça nos dois primeiros movimentos, tornando-se um ponto de referência para os músicos e para a platéia, que, por sua vez, ficou por demais encantada com a vivacidade de sua interpretação. Isso pôde ser comprovado ao final, quando a intérprete foi instada ao palco inúmeras vezes para um bis. Contrariando a expectativa do público, Midori apenas voltava e agradecia - provavelmente não entendeu que gostariam que tocassem novamente. Curioso.
Depois do intervalo, uma platéia um pouco mais reduzida viu a Osesp interpretar o Concerto para Orquestra, de Bela Bártok (1881-1945). Nesta obra, Cláudio Cruz imprimiu com mais fluência seu estilo à frente da Orquestra. Em parte porque a obra de Bártok permitiu essa expansão, uma vez que não dava demasiada ênfase a um instrumento (solista, no caso); antes, era o conjunto que sobressaía. Desse modo, o espectador presente conferiu um espetáculo que transitava entre o tom solene, mais sério, e o harmonioso, com frases instrumentais mais suaves com violinos e fagotes à frente. Dos cinco movimentos, vale a pena citar a introdução, que se inicia de forma suave, quase como um sussurro das cordas. Adiante, no terceiro, essa característica estaria de volta, mas já seria um contraponto aos "ataques" dos metais e da percussão. Ao final, entre os aplausos, ouvia-se alguns comentários acerca da breviedade das peças. Novamente, voltemos às palavras de Neschling: "[porque] a quantidade em si não é suficiente".
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Fabio Silvestre Cardoso
3/9/2005 às 09h00
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Et Cetera
Concordo com o Digestivo Cultural: a revista Et Cetera é, na maioria das páginas, de uma chatice sem fim. Uma bela chatice, diga-se. O projeto gráfico é de matar de bom. Me lembra uma outra revista, El Paseante, muito em voga por aqui nos anos 80, quem lembra ou colecionou? Era espanhola, mas naquela época de vacas gordas de ilusão econômica, isso não implicava em um custo assim tão alto. Só que, ao invés da nossa contemporânea publicação, não se limitava a um assunto só, enchendo as nossas morcilhas de literatura e poesia de toda espécie; falava de artes plásticas, literatura, história, até biologia ou física, provocações multimídia entre as várias áreas do conhecimento humano a partir de um tema central. Caramba, intelectuais brasileiros: não dá pra ficar mais falando (e escrevendo) como se cada assunto cultural fosse um compartimento isolado do resto. Além do mais, a postura de leitura um periódico é diferente da de um livro. A gente espera variação de assuntos, de abordagens. Uma entulhação sem fim de textos literários, sem linha que os relacione, fica parecendo xepa ou balaio de liquidação. Gostei mais da edição anterior, equilibrada em conteúdo. E, pelamordedeus: bimestral? Não sei se güento.
Da Paula Mastroberti, que repercute pra nós.
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Julio Daio Borges
2/9/2005 às 18h48
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A luta mais vã
Sinto-me cansada, exausta, como ao final de uma longa jornada da trabalho... mas, ei! Eu cheguei ao final de uma longa jornada de trabalho. Eu escrevi, trancrevi, reescrevi, remendei, traduzi, li textos durante horas a fio. Cumpri o dever que achei que devia cumprir, terminei um texto, fiquei satisfeita com o resultado. Preenchi o meu dia como devia preenchê-lo: com a palavra escrita. Terminei um texto pelo qual não receberei nenhum centavo mas que será publicado em um bom veículo e só por isso teria que deitar a minha cabeça no travesseiro e dormir sorrindo... sim, escrever em português é isso.(...)
Lidia Kerana, que assina o laparole! e que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
2/9/2005 às 10h05
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Size matters
Postado por Cilest e descoberto por Moreno (o sobrinho da Heloísa Helena...).
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Julio Daio Borges
1/9/2005 às 19h41
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PsicoChat
[Você lê espanhol? Então leia!]
- «Minina» Hola a todos.
- «Cachorro» Hola Minina ¿De dónde eres?
- «Minina» De Puerto Rico ¿Y tú?
- «Cachorro» Del Perú. ¿Qué haces por la vida?
- «Minina» Tengo una tienda de ropa sexy en Miami. ; )
- «Cachorro» ¿Qué tan sexy?
- «Minina» No seas curioso Cachorro. :p
- «Cachorro» ¿Por qué Minina? La curiosidad mató al gato.
- «Minina» No, lo mató otra cosa, ja-ja-ja. Descríbete físicamente Cachorro.
- «Cachorro» Porque no comienzas tú.
- «Minina» ¿Cómo me imaginas? : )
- «Cachorro» Alta, de cabellos frondosos largos y ondulados. Piel morena, ojos profundamente negros y coqueta. Con tacos y ropa apretada.
- Acertaste
«!Mariana la comida está lista, baja a comer!» «Maldición. Ya voy Mamá, ya voy», contestó una chica de piernas flacas, nariz aplanada y pelo cien veces pintado, que nunca había viajado a Miami y que lo único que conocía aparte de Lima era Huaraz.
- «Minina» Lo siento Cachorro tengo un negocio que atender en la línea tres. Un cliente de Boston me llama. Tú entiendes. Te parece si me das tu email.
- «Cachorro» Claro, apunta: [email protected] ¿Y el tuyo?
- Yo te escribo papi, bye, bye.
Daniel Flores Bueno, autor do crónicas marcianas (porque esse cara é bom e porque a história continua...).
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Julio Daio Borges
1/9/2005 às 18h53
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Marginal de novo
Como um cara como Nelson Pereira dos Santos, talvez o mais importante cineasta vivo da América Latina, não consegue trabalhar da forma que quer? Em meio às filmagens de seu novo longa-metragem (Brasília 18%, primeira ficção depois de anos no documentário), Nelson pediu autorização para filmar algumas cenas na Câmara Federal - um prédio público, vale registrar.
Não conseguiu que o grão-vizir Severino Cavalcanti, presidente da dita casa, liberasse sua equipe, nem mesmo em finais de semana. O breve comentário de Nelson, publicado ontem na coluna do Ricardo Boechat no Jornal do Brasil, diz tudo de forma deliciosamente irônica: "virei marginal de novo" (referindo-se, obviamente, ao seu período como diretor em meio ao selvagem regime militar, quando enfrentava a censura).
Coisas do Brasil.
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Marcelo Miranda
31/8/2005 às 11h33
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Viver escrevinhando
Eu não aguento mais ouvir escritor chorando que não consegue viver de arte no Brasil.(...)
Do Dan, que desenvolve a idéia lincando pra nós.
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Julio Daio Borges
30/8/2005 às 12h43
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