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Quarta-feira,
28/8/2002
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Redação
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9/11 books
O assunto é inevitável. O New York Times prevê uma enxurrada de títulos (entre 65 e 150). Tem para todos os gostos:
"They are books that run the gamut from historical examinations of the roots of today's terrorism ('Militant Islam Reaches America' by Daniel Pipes) to picture books about quilts inspired by the World Trade Center ('America From the Heart,' edited by Karey Bresenhan); from closely observed accounts of the recovery effort at ground zero ('American Ground: Unbuilding the World Trade Center' by William Langewiesche) to eclectic meditations on the future of civil liberties in the post-9/11 world ('It's a Free Country,' edited by Danny Goldberg, Victor Goldberg and Robert Greenwald).
"There are books about the victims, the rescue workers, the survivors and the terrorists; books about American intelligence failures and the heroism of the New York City Fire Department. There are books about how comic-book writers, college ministers, broadcast journalists, writers of young-adult literature, West Coast authors, feminists and child artists responded to that day. And there are books exploring the political, religious, psychological, technological and environmental consequences of the terrorist attacks. Many major news organizations have brought out books about Sept. 11; in the case of The New York Times, two books by the newspaper's reporters and photographers are being published, as well as at least four other books by individual staff members.
"At Barnes & Noble bookstores in New York, tables are stacked high with titles related to 9/11, a grouping that includes not just books about Sept. 11, but also picture-book tributes to the World Trade Center, poetry anthologies about New York, coffee-table books about the American flag and stocking-stuffer-type books on the inspirational words of former Mayor Rudolph W. Giuliani. Some of the books being published this fall have a bizarre keepsake quality to them - CBS News's 'What We Saw' comes with a DVD of the network's news coverage of the day - and some, like Philippe Petit's account of his 1974 high-wire walk between the towers ('To Reach the Clouds'), have only the most tangential connection to the events of Sept. 11."
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Julio Daio Borges
28/8/2002 às 07h24
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Blogs are for losers
Para quem não agüenta mais a nova moda, ou mesmo para quem está pensando em começar:
"blogs are for losers. i've decided that i can think of nothing worth writing, and if i could, it would deserve a more noble place of record than the internet. i do not wish to add to the stink of this toilet." [people are stupid]
"there is no drama. no blogger rivalry turned ugly, no broken heart, no creepy stalker guy with fifty-seven AOL screen names. I just really got to hate my website... when I come up with something I don't hate, you'll be the first to know." [Sapphire Blue]
"I'm retiring the ol' blog. Why? Well, frankly, it bores me. One can only make fun of so many different things before running out. If you wish to keep up with my comings and goings, though, subscribe to the notify list. You'll get an occasional email telling you who I've pissed off and what I'm working at." [wunderblog]
"No words are used to describe the death of this weblog, which is a shame because it was obsessively devoted to fonts. Only the title, 'Closed,' leaves any indication that this weblog has become fucked." [Lines and Splines]
"I'm done. I've gone as far as I can go with this. CausticSense was an experiment. It became a blog about nothing. It was like Seinfeld only without the millions of dollars. To those who helped along the way, thank you. Thank you sincerely and from the bottom of my heart. See ya. I'll be watching, I'll be reading, but I'm all done playing house." [CausticSense]
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 15h10
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We will lose the Internet
"Cyberspace is 'debasing itself in front of our eyes,' said Bruce Sterling, a science fiction author. Mr. Sterling, who sees the Internet becoming a pit of spam and swindles, pornography, corporate advertising and government surveillance, warns, 'We will lose the Internet if we don't save it.'
"'Every industry has its charlatans, and e-commerce is getting its share,' said Safa Rashtchy, an analyst with U.S. Bancorp Piper Jaffray. 'I don't see evidence that it is more than you would expect, especially in a new industry.'
"'I don't see people getting rich,' said Maria, who spoke on the condition that her full name not be used. 'I see people getting burned' by their own inexperience and crushed by so-called chargebacks - cancellations of credit card charges by consumers."
(Segue o debate entre apocalípticos e integrados, agora sobre a internet)
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 14h03
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Repercussões Ainda
"Uma boa idéia teve o Digestivo Cultural: assim que é aberta a primeira página, pipoca na tela uma janelinha com os títulos dos posts do blog do site, com destaque para os mais recentes. Assim, o Digestivo agiliza tudo para o leitor, que só visita o blog se realmente houver novidades lá, ganhando tempo." [Tá na Tela]
"Gatos, como sempre. Rodrigo Gurgel leu um post antigo aqui no blog e acabou escrevendo sobre gatos & livros para o Digestivo Cultural." [InternETC.]
"No Digestivo Cultural, um artigo do Rodrigo Gurgel faz referência ao Library Cats Map, um projeto que tenta catalogar gatos que vivem em bibliotecas pelo mundo afora. Com propriedade, Rodrigo menciona que 'dezenas de gatos, espalhados pelos países mais diferentes, demonstraram - como sempre! - sabedoria e escolheram viver no melhor dos ambientes: em meio aos livros'. Não é difícil constatar." [Repórter Mosca]
"Rodrigo Gurgel em sua coluna trata de um link que está aqui embaixo: o dos gatos de livrarias. Uma coisa ele fala com muita propriedade: gatos de fato combinam com livros. Sei de gente que só tem gato porque gosta muito de livro e tinha a ver. Ok, ok, eu provavelmente conheço de toda a qualidade de idiota existente. Mas que combinam, combinam. Gurgel cita vários poemas e frases sobre gatos e as melhores eu repito aqui: 'Se fosse possível cruzar o homem com o gato, melhoraria o homem, mas pioraria o gato.' e 'Prefiro os gatos aos cães, porque não há gatos policiais.' Meu pequeno The Literary Cat provavelmente seria incapaz de pérolas tão maravilhosas, apesar de genialidades do tipo 'the only mystery about the cat is why it ever decided to become a domestic animal'." [clindenblog]
"Este site [Observatório da Imprensa] é absolutamente fundamental para quem faz faculdade de jornalismo, como eu. E este [Digestivo Cultural] então... apesar de eu achar as ideologias controversas..." [Happy Jack]
"Já aconteceu comigo (e creio que com todo mundo): chegar em casa, à noite, jogar-se na frente Dela [da TV] e dali não conseguir arredar o pé. Porque Ela te enfeitiça, te inebria... Nos momentos de maior depressão da vida da gente, quando nos parece inviável fazer qualquer outra coisa, quando não vemos muitas escolhas, quando até uma caixa inteira de chocolates não é uma idéia muito satisfatória... Ou é dormir (se se conseguir) ou é Ela (daí, sim, com uma caixa de chocolates). Quantas vezes já rejeitei um bom livro por Ela. E depois ficava com a consciência dorida mas, na hora, ler realmente não era uma boa alternativa. Ela, por outro lado... Se, antes, 'a religião era o ópio do povo', agora é Ela (talvez as duas). Agora entendo o que acontece." [O 'pet' do Karloff]
"Digestivo Cultural: 'Eles são o Samba', '(Re)masterizados e (Re)mixados', 'Ecos Musicais', 'Naquela hora impossível'." [Brasilian Music Treasure Hunt]
"Digestivo em ritmo acelerado em seu blog, agora com um assunto polêmico: Blogs são para perdedores." [A Blogueira dos ***enta***]
(Leia Mais Repercussões.)
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 13h47
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Erro imperdoável
Daniel Piza citou ontem, em sua coluna Sinopse, o site Arts & Letters Daily, que eu já recomendei aqui (e que foi provavelmente uma dica menos aproveitada do que deveria, porque ofuscada por uma discussão sobre um programa de televisão medíocre). E reforço a recomendação, porque, que eu saiba, nenhum outro site reúne textos tão variados e tão interessantes.
A palavra, aliás, é esta mesmo: reúne. O faz com que seja impossível que Daniel Piza tenha lido o ensaio de Joseph Epstein sobre Harold Bloom, como ele escreveu, "no Arts & Letters" - ele leu, isso sim, na Hudson Review, onde o texto foi originalmente publicado.
Foi um erro pequeno, eu sei. Mas foi um erro. E, citando o próprio jornalista, em seu aforismo sem juízo da mesma coluna: "Um erro, cometido com a melhor das intenções, continua a ser um erro". Sejamos compreensíveis, Daniel. Acontece - e a sua intenção foi mesmo muito boa. Só o que não pode acontecer, mais uma vez, é você deixar esta dica escapar, leitor: www.aldaily.com.
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Eduardo Carvalho
26/8/2002 às 20h10
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Jornalismo Cultural
Daniel Piza deu a dica na sua coluna de ontem. No site dele, os melhores momentos da recente mesa redonda sobre jornalismo cultural, envolvendo também Marcelo Coelho e Matinas Suzuki Jr.:
"O colunista da Ilustrada Marcelo Coelho começou criticando a 'subserviência' dos cadernos culturais à lógica do mercado, que os deixa presos demais à agenda dos eventos e das efemérides. Capas e páginas inteiras são dedicadas ao filme que promete ter a maior bilheteria, por exemplo, enquanto o papel do crítico é 'acuado' num texto curto e pouco visível. Também reclamou da falta de um olhar mais analítico e menos impressionista, que vá além do gosto/não gosto, que seja mais 'pedagógico' com o leitor. Lamentou a ausência de ensaístas ao estilo de Otto Maria Carpeaux nos jornais atuais.
"Daniel Piza disse que o grande mal do jornalismo cultural brasileiro são exatamente as polarizações entre mercado e conteúdo, jornalistas e acadêmicos, entretenimento e erudição. Os suplementos dominicais ou literários são escritos de forma fria e pouco acessível, enquanto os cadernos diários de 'variedades' são superficiais, feitos à base de press-releases. Esse hiato é nocivo porque as questões deixam de ser abordadas com originalidade e consistência, como se viu na recente polêmica sobre o ingresso de Paulo Coelho na ABL, que teve de um lado os que o justificam por seu sucesso de vendas e do outros os que o desprezam por esse mesmo sucesso.
"Matinas Suzuki Jr, presidente do Ig, disse que o jornalismo brasileiro pelo menos deveria desfrutar a vantagem de ser mais livre, mais ousado que os grandes jornais dos países ricos, e citou nomes como os de José Lino Grünewald e Sérgio Augusto para mostrar como é possível um jornalista conseguir atingir bom público com visões sofisticadas. Mas se queixou de que os recém-graduados que têm chegado às redações não estão preparados para desempenhar essa função seletiva, pois têm pouca cultura e compreensão. 'E como os brasileiros lêem pouco, os jornais têm pouca penetração e assim não podem pagar bons salários, gerando um ciclo vicioso.'"
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Julio Daio Borges
26/8/2002 às 16h29
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Eliminando o fútil
As páginas reservadas para os artigos de Sérgio Augusto e Ruy Castro no Caderno 2 de Sábado, no Estadão, passaram, há alguns meses, de regularidade semanal para quinzenal. É muito triste constatar esta tendência: os poucos grandes nomes do jornalismo cultural brasileiro estão perdendo espaço na grande imprensa. Pelos bastidores, ouve-se, para este caso específico, uma explicação a considerar: o aumento do preço do papel.
Por acaso - ou como estratégia - , o caderno Cultura de Domingo, do mesmo jornal, ampliou recentemente o espaço da coluna social de César Giobbi, de uma para duas páginas. Nada representa melhor o verdadeiro interesse do paulistano normal: ver a foto do amigo, com pose de inteligente, deslumbrado em uma exposição de quadros feios - pintados por seu próprio amigo, é claro.
Os editores do Estadão sabem como vender jornal - e como cortar gastos supérfluos também.
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Eduardo Carvalho
25/8/2002 às 17h41
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Mundo Perfeito
Depois de topar com banners do Mundo Perfeito em vários sites, fui finalmente visitá-los em seu escritório virtual.
Como ilustração para este Post, escolhi uma imagem um pouco forte (eu, se fosse o autor, eliminaria o palavrão) - mas não deixa de ser a mais pura expressão da verdade. Lá vai:
(Se você não gostou, inaugure o espaço - logo abaixo - especialmente reservado para os seus Comentários.)
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Julio Daio Borges
25/8/2002 às 17h35
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Sensatez
No artigo de Bem Moser sobre a recém-lançada antologia de textos de V. S. Naipaul, The Writer and the World, publicado originalmente na Newsweek e republicado ontem no Caderno 2 do Estadão, há um parágrafo impecável:
“Esta coletânea implacavelmente investigativa destaca o princípio filosófico central de Naipaul: todas as coisas devem ser julgadas. Uma cultura sem um discurso crítico nunca pode avançar, nunca pode tornar-se uma civilização. Coisas analisadas friamente e consideradas falhas e defeituosas devem ser descartadas. Coisas verdadeiras e úteis podem ser mantidas e ampliadas.”
Nada mais sensato – e nada mais discutível, onde a barbárie domina.
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Eduardo Carvalho
25/8/2002 às 16h51
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Nota 10
Por e-mail, agorinha há pouco:
"O site Digestivo Cultural foi selecionado pela equipe da CGi Clube com a certificaçao de site nota 10. (Segue em anexo o selo de qualidade da equipe CGi Clube.) Lembramos que o site atendeu as premissas básicas de qualidade propostas por nossa equipe e que já consta um link com a descrição do seu site na seçao site nota 10, categoria cultura.
"Parabens pelo site,
"Equipe CGi Clube"
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Julio Daio Borges
24/8/2002 às 15h17
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Julio Daio Borges
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