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Segunda-feira,
28/11/2005
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Redação
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Millennials
Children who were born when Netscape Communications went public [1995] are now 10 years old and have been raised on a steady diet of digital technologies that have fundamentally shaped their notions of literacy, intelligence, friendship and even the anxious adolescent process of learning who they are. (...)For their grandparents, the bicycle was a symbol of childhood independence. Today, for many kids and young adults, it is the Internet.
Stefanie Olsen, em dossiê da CNET (porque quando me perguntam quem são os nossos leitores do futuro, eu digo que são eles...).
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Julio Daio Borges
28/11/2005 às 09h03
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A república dos bugres
O Brasil tem muitos escritores. Já teve um poeta em cada esquina, mas agora são os prosadores que tomam conta do país. Em geral, não são bons. Quando muito, são medíocres. Vendem pouco ou nada, geralmente nada. As estantes das livrarias estão abarrotadas de títulos que não dizem nada a ninguém. Mesmo os publicados pelas grandes casas editoriais são passíveis de severas críticas. Por uma peneira mais fina, quase ninguém passa.
Confesso que me tornei um neófobo. Durante muito tempo procurei no imenso palheiro da literatura brasileira um único bom escritor novo. Ligava para as editoras fazendo o que poucos jornalistas fazem, isto é, pedindo lançamentos de escritores novatos. Naquela época, eu acreditava que era possível encontrar vários gênios à margem do self-marketing. Como resultado dessa peregrinação, retornei aos clássicos.
Paulo Polzonoff Jr., falando, no Rascunho, o que poucos escritores novos querem escutar (principalmente aqueles que ficam lançando-se em coletâneas de blogs...)
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Julio Daio Borges
25/11/2005 às 12h24
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Start Being Remarkable
Today, a quick look at Google indicates that we're grappling
with an eight-billion-channel world. The distinction between
marketing and sales has evaporated in the face of direct-marketing technologies that brand products, take orders, and fulfill them at the same time.
(...) Even worse, there is no more public taste. There are only
publics' tastes, which are ever more atomized, specific, and hard
to fathom.
David Ogilvy's contention that "it takes a big idea to attract the attention of consumers and get them to buy your product" no
longer applies. His fellow advertising guru Bill Bernbach's belief that, in marketing, "not to be different is virtually suicidal" today itself may be suicidal in and of itself.
Trecho de um capítulo, em PDF, de The Big Moo, o novo livro de Seth Godin (porque o marketing, na internet, deixou de ser aquela coisa estúpida que ainda se vê na televisão...)
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Julio Daio Borges
24/11/2005 às 12h17
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The Guru
"I end up not buying a lot of things. Because I find them ridiculous."
Steve Jobs, o inventor do i-Pod, explicando porque não compra quase gadgets (engraçado: eu também vou às bancas de jornal e acho tudo uma droga...)
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Julio Daio Borges
23/11/2005 às 11h58
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Write effectively for the Web
1) Use explicit titles and subject lines;
2) Write a strong lead;
3) Use frequent paragraph breaks;
4) Provide context;
5) Link smartly;
6) Be brief.
Dicas de Gina Trapani, editor da Lifehacker, para quem quer escrever na internet (porque todo jornalista de papel pensa que sabe...).
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Julio Daio Borges
22/11/2005 às 11h49
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Protagonistas
"Num iate, no meio do oceano e sem rádio."
Para Otávio Frias Filho - e principalmente para Octavio Frias de Oliveira -, a única maneira de se dirigir um jornal como a Folha de S. Paulo e não se sentir pressionado.
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Julio Daio Borges
21/11/2005 às 11h40
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Devendra Banhart
I first heard the crude home made recordings of Devendra Banhart, then a homeless, wandering, neo psych/folk hippie artist and musician, not yet 21 years old. We released these recordings on YGR [Young God Records] because we'd never heard anything quite like them, ever. His voice - a quivering high-tension wire, sounded like it could have been recorded 70 years ago - these songs could have been sitting in someone's attic, left there since the 1930's. The response was astounding.
O release sobre Devendra Banhart, que eu ouvi ontem no GavezDois, que agora também linca pra nós.
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Julio Daio Borges
17/11/2005 às 08h30
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Internet Software Services
This The coming "services wave" will be very disruptive. We have competitors who will seize on these approaches and challenge us - still, the opportunity for us to lead is very clear. More than any other company, we have the vision, assets, experience, and aspirations to deliver experiences and solutions across the entire range of digital workstyle & digital lifestyle scenarios, and to do so at scale, reaching users, developers and businesses across all markets.(...) But in order to execute on this opportunity, as we've done before we must act quickly and decisively.
Bill Gates, em e-mail, preocupado com o Google (porque qualquer pessoa com mais de dois neurônios hoje foca na Web 2.0).
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Julio Daio Borges
15/11/2005 às 10h26
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Fidelio, segunda parte
Se no primeiro ato, a ação ficou centrada na presença de Rocco, Leonora e Don Pizzaro, em que pese a aparição de outros solistas, no segundo ato, com efeito, há uma maior gama de personagens no palco, pelo menos no que se refere às ações mais cruciais. Logo no novo começo, o público conhece a contundente voz de Stuart Skelton (Florestan), cujas frases de entrada não poderiam ser mais contundentes: "Deus, que escuridão está aqui". Em seguida: "A desolação me cerca... e nada... nada vive à minha volta". A resposta também foi de igual nível: um triunfante aplauso foi o que se viu após essa primeira cena.
A propósito, cabe ressaltar que, neste segundo ato, as feições mais românticas definem todo o espetáculo. Em meio à locução, Abujamra também tecia algumas considerações acerca da obra de Beethoven, bem como seu lugar na história da música. Entre outras coisas, o narrador disse que a forca que emanava de determinadas passagens foi, de certa maneira, precursora da obra de Richard Wagner. Adiante, afirma que o segundo ato de Fidelio é essencialmente romântico, o que não deixa de ser um dado curioso, posto que, à época de sua composição (em 1805), o cenário artístico ainda se via influenciado pelo Neoclassicismo.
Dados históricos à parte, a peça se mostra também mais sucinta. Assim, dos 130 minutos, a menor parte fica nesta etapa, mas isso não significa economia de encantamento. Muito pelo contrário. Tanto é que, ao chegar no ápice da ópera, o momento em que Florestan é finalmente libertado os poucos gestos cedem lugar a movimentos mais nítidos, como se fosse a manifestação da potência executada naquele instante pela Osesp. Por fim, mas não menos importante, o encerramento, com boa parte do elenco e com o coro, merece uma palavra que não apreende a sensação daquela ocasião: apoteose. Os aplausos foram equivalentes.
Se é verdade que esta montagem teve de se adequar às limitações de espaço e de cenário, o resultado é também de altíssimo nível, digno tanto de uma apresentação da Osesp como de uma peça única de Beethoven.
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Fabio Silvestre Cardoso
14/11/2005 às 11h15
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Fidelio, primeira parte
Ao longo de 2005, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo deu seqüência ao projeto de registro de alguns de seus concertos, mais precisamente da obra de Ludwig van Beethoveen, de quem gravou, em setembro, A Sinfonia Pastoral, como já foi comentado aqui. A apresentação desta última semana, Fidelio, não estava entre as peças de Beethoven previstas para gravação. Uma pena. Pois só quem foi aos concertos da última semana (e quem for à récita extra de hoje, às 21h) poderá dizer que assistiu a um espetáculo de alta qualidade em sua totalidade. Este resenhista vai comenta os highlights nos próximos parágrafos. Acompanhe.
Inicialmente, cabe fazer aqui o destaque de que, para estas apresentações, nota-se um caráter diferente para a Osesp. Isso porque para a ópera a Orquestra dividiu seu espaço com o coro e também com os solistas. Nesse ponto, o palco, em certa medida, era uma fidedigna representação não apenas da obra de Beethoven, mas também da platéia, que estava tomada. Pela primeira vez, em muitas idas à Sala São Paulo, conferi a presença de muitos jovens. É um alento. Os que pregam o ecletismo, muitas vezes, se esquecem de falar que a Orquestra é dos jovens também. E talvez como corolário de tudo isso é preciso dizer a respeito da personagem que fica à direita do maestro John Neschiling: Antônio Abujamra, o provocador da TV Cultura, faz às vezes do narrador em Fidelio.
E é a partir de suas palavras que o espetáculo é apresentado. Precedido apenas por uma breve introdução instrumental por parte da orquestra, Abujamra, sempre com a anuência de Neschiling, narra o plot do espetáculo, a saber: durante o século XVIII, o nobre Florestan, um alto funcionário público, descobriu provas irrefutáveis de corrupção contra Don Pizarro, o governador da prisão. Ao saber que seria denunciado, Pizarro aprisiona Florestan ilegalmente, num lugar obscuro onde a luz inexiste. Todos dão Florestan como morto, exceto sua esposa, Leonora, que, dois anos depois, decide empreender uma investigação por conta própria. Para tanto, utiliza um disfarce e passa a se chamar Fidelio, e logo cai nas graças de Rocco, chefe dos carcereiros, conseguindo, assim, um emprego na prisão. Ao longo da apresentação, ela fará de tudo para comprovar que seu marido está vivo.
Primeiro ato
A despeito da ação dramática das personagens, o que chama a atenção, não há dúvida, é a interpretação dos solistas. Aliás, a própria ação dramática é muito influenciada pelo canto. Nesse sentido, destaca-se, no princípio, a participação do baixo Stephen Bronk (Rocco). Em certa medida, ele consegue ofuscar até mesmo a presença volumosa do barítono Oleg Bryjak (Pizarro) que, embora tenha feito uma apresentação correta, não se sobressaiu tanto quanto a personagem de Rocco. A esses dois nomes, surge também a soprano Amanda Mace (Leonora, disfarçada como Fidelio) cujos agudos criam um contraponto notável para a apreciação do público. A platéia, aliás, soube reconhecer, tendo em vista que ao fim de cada trecho deste primeiro ato aplaudia com veemência a sua atuação.
Durante todo o primeiro ato, o foco fica centrado nesse trio, com o adicional da narração de Abujamra que tem o papel essencial de amarrar as partes, não deixando que o ouvinte/telespectador se perca nos acontecimentos dos 130 minutos de música. E ainda tem o segundo ato, que você lê no próximo post.
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Postado por
Fabio Silvestre Cardoso
14/11/2005 às 11h00
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