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Segunda-feira, 13/2/2006
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Redação
 
Desordem

Na poesia eu não posso fazer como numa crônica que tenho data para entregar. Na poesia eu não decido quando. Porque o motor gerador da poesia está fora de mim, fora do meu controle. De repente a poesia vem. É uma coisa que Manuel Bandeira dizia: o poema escolhe o momento de nascer. É verdade, escolhe. Acho que fazer poesia é aprender a fazer poesia, permanentemente. E quando você sabe demais tem que desaprender. Porque a poesia é o erro e a superação do erro. Não se pode estar seguro. Atualmente escrevo com mais dificuldade do que eu escrevia antes. Por exemplo, eu escrevi um poema chamado "Desordem". Depois eu fui reler este poema, na forma que parecia final. Quando o estava relendo, começaram a surgir na minha cabeça idéias que não estavam expressas nele, mas que diziam respeito a ele. Aí eu escrevi uma espécie de adendo ao poema. Isto nasceu de modo imprevisível, da leitura do próprio poema. Certa noite, saía da casa da Claudia [Ahimsa, companheira do poeta]. E quando atravesso o jardim havia ali um jasmineiro lançando perfume no ar. Fiquei louco. Arranquei umas flores do jasmineiro e saí cheirando aquilo, aspirando aquilo que senti como um veneno. É que o cheiro do jasmim parece suave de longe. Quando você aspira ele se torna selvagem. Aquilo me envenenou. Entrei no meu carro doidão porque havia tomado um porre de jasmim e vim embora para casa. Aí, quando cheguei em casa, dormi e no dia seguinte escrevi um poema sobre aquele barato. E aquele jasmineiro está lá há anos e nunca me provocara tal sensação e de repente naquela noite provocou. Ou seja, é uma coisa que não tem controle. Eu jamais escreverei um poema pela simples idéia de que faz tempo que não escrevo um poema. E acho que ninguém escreve assim. Se escrever, não dá certo. Não estou falando de inspiração, mas é um acontecimento de caráter psicológico ou existencial que provoca um relâmpago, um curto-circuito. Na verdade, eu vou te dizer uma coisa: você não escreve a verdade do jasmim. Você inventa uma verdade para o jasmim. Porque a vida é uma invenção. O homem inventa a si mesmo permanentemente. E inventa a vida dele. Então o poema não é o registro da experiência do poeta. Não. A experiência da vida provoca uma invenção. E você cria um artefato que passa a ser a expressão verbal da experiência mas que não é ela.

Ferreira Gullar, em bela entrevista a Paulo Polzonoff Jr.

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Postado por Julio Daio Borges
13/2/2006 às 15h47

 
Are Newspapers Doomed?

"The public's consumption of news and opinion used to be like sucking on a straw; now it's like being sprayed by a fire hose."

Joseph Epstein, citando Richard A. Posner, num dos melhores ensaios sobre o fim dos jornais...

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Postado por Julio Daio Borges
10/2/2006 às 10h03

 
Matias na cidade

Eu já conhecia Alexandre Vidal Porto de nome, mas, vim a conhecê-lo melhor através de uma entrevista exibida na Globo News. De cara, cometi o erro de negligenciá-lo, de minimizá-lo. Embora ele seja uma figura simpática e sabidamente culta, não parecia que aquele diplomata de carreira realmente pudesse escrever um bom livro. Mas ele o fez.

A primeira coisa que me chamou a atenção em Matias na cidade (Editora Record, 2005, 159 páginas) é o início da crítica presente na contra-capa do livro, escrita por William McPherson, vencedor do Pulitzer. "A linguagem de Alexandre Vidal Porto é clara e brilhante como a luz de certas tardes de outono". Sinceramente, que tipo de crítica é essa? Beira o ridículo, na minha opinião. Até me fez lembrar Ariano Suassuna falando que mesmo os mais talentosos na arte da escrita às vezes escrevem frases idiotas. Essa é uma delas, é a típica crítica que não serve para nada, um ar poético para seduzir os menos avisados. Foi sob esse olhar que abri o livro e iniciei sua leitura.

Matias na cidade é um livro delicioso. Embora razoavelmente complexo em sua temática, a leitura é fácil e agradável, o estilo do escritor é direto, sem rodeios e sem complicações. Porém, as reflexões que poderá causar não são nada simples. Embora o autor não se concentre em explorar a dor dos personagens, certamente, ela está lá, a quem quiser alcançá-la. É como se ele apenas contasse a história, sem tomar partido, sem se aprofundar nos sentimentos, sem enraizar sua narrativa nas questões psicológicas dos participantes. Esse é o ponto forte do livro, deixar ao leitor decidir, e pensar, se quiser fazê-lo.

Matias, um quarentão mulherengo e bem sucedido profissionalmente é visivelmente infeliz. Sua esposa, também. Suas vidas são comuns, cheias de tragédias do dia-a-dia. São ocas, são profundas. O autor soube explorar muito bem esse clima de infelicidade pessoal, mesmo entre pessoas que tinham tudo para serem felizes, mas, não o são, o que deu errado? Matias na cidade é um livro atual sobre algo eterno.

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Postado por Marcelo Maroldi
9/2/2006 às 10h41

 
The Bear Case

No one else is writing this piece, so it will have to be me. I should say upfront that I'm not predicting that this will happen (yet), and I'm certainly not making a recommendation. I'm just laying out a scenario that could kneecap Google and take its stock back to, say, $100 a share.(...)

Henry Blodget, prevendo que o Google pode descer a rampa - em termos do preço da ação - como desceram Yahoo, AOL e outros...

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Postado por Julio Daio Borges
9/2/2006 às 09h28

 
Putting The Screws To Google

"(...) even though Old Media's fortunes are waning, it can still put some hurt on the new guys."

Jon Fine, na BusinessWeek, sobre uma possível resposta da indústria ao Google...

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Postado por Julio Daio Borges
8/2/2006 às 09h09

 
a read and write mechanism

[(...) Is there a bubble now in Web 2.0?] I don't know. (...) Things are different. The public isn't paying the price. In the late 1990s companies were going public on Nasdaq. Now, they're getting acquired by Google, AOL, Yahoo and Microsoft. As long as that happens, venture capitalists keep investing. (...) How long will that continue? It may depend on whether market valuations of Google and others continue to rise. Their appetite might be based on their market capitalization.(...)

Michael Arrington, do TechCrunch, especializado em Web 2.0 (porque eu acredito numa nova bolha...)

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Postado por Julio Daio Borges
7/2/2006 às 17h41

 
On being on television

Television is such a strange enterprise! I don't really know how else to put it. I get an e-mail in the afternoon from Tim Levell at Sky News saying that they're looking for someone vaguely clued-up to talk about weblogs that evening. I ask a few questions and get a bit nervous, and chat to a couple of friends and then decide that sure - even though I'm scared to death by the whole idea of live television, it's not exactly an opportunity you get every day. So I have a shower, find a shirt that doesn't look too bad, and scrabble around for a sweater that isn't still damp from the wash and wait patiently for the doorbell to ring.(...)

Tom Coates, do Plasticbag.org (porque, lá na Britânia, eles já estão levando os blogueiros para a televisão...)

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Postado por Julio Daio Borges
6/2/2006 às 17h32

 
Six month report

Look, the tech industry is and always will be fucked up. They still somehow manage to make a semi-usable product every once in a while. My Mac is slow as a dog, even though it has two CPUs and cost $5000, but I use it anyway because it's prettier and slightly more fun than the crap Microsoft and Dell ship. But give me a reason to switch, even a small one, and I'm outta here.

Dave Winer - um dos mais influentes blogueiros dos EUA -, entre Bill Gates, Steve Jobs e Michael Dell (porque ele não tem papas na língua...)

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Postado por Julio Daio Borges
3/2/2006 às 17h28

 
Cavernas e Concubinas

Está escrito na contra-capa do livro do Cardoso: o Cardoso (autor) do livro (e do blog Tripa nelas tudo) aparece antes do FHC no google, em uma busca por "Cardoso". É verdade mesmo, fiz o teste. Não que isso signifique algo, mas, é verdade! Ah, a propósito, o livro se chama Cavernas e Concubinas (2005, 177 págs.), da editora DBA.

Bem, que a literatura feita na internet já está migrando com sucesso para a impressa, isso todo mundo já sabe. Eu só gostaria de entender, entretanto, qual é essa literatura e pra que veio. Há 20 anos, Cavernas e Concubinas jamais teria sido publicado. O Cardoso escreve bem, escreve histórias interessantíssimas, sabe contar uma história como ninguém. Nos 41 contos do seu livro, tem-se a sensação que se está com ele numa mesa de bar, e ele contando tudo aquilo para a gente. E, de repente, isso vira literatura... O próprio livro diz que o Cardoso está agora ali (naquelas páginas), mas sem o desconforto de ter que lê-lo no monitor (do computador). Um texto de internet tem a mesma "força" quando em livro? E, tem o mesmo objetivo?, o mesmo público?, aceita a mesma forma?, a mesma dinâmica? Pode ser simplesmente tirado de um desses lugares e colocado no outro?

Deixando de lado essa discussão sobre a literatura feita na internet, cabe dizer que o livro é divertidíssimo, bem humorado, inteligente. Mas, infelizmente, não agradará qualquer pessoa. Aliás, o público que o livro atinge é mínimo, ouso dizer. Com um texto idêntico ao que se lê em blogs, Cardoso conta causos e faz reflexões sobre os mais variados temas. Quase sempre, claro, abusa de expressões e cenas pornográficas, referências a drogas, lugares, pessoas, etc. Além disso, procura minimizar a distância entre a língua por ele falada e a literatura que faz, então, não é raro encontramos palavras e vocábulos novos, mistura de palavras, de expressões, citações, comparações. Cardoso é um contador de histórias da internet..., agora em livro.

Para quem gostar desse tipo de literatura (de internet), Cardoso é o que há de melhor, sem dúvida.

[1 Comentário(s)]

Postado por Marcelo Maroldi
3/2/2006 às 13h01

 
Promoción del libro

Internet representa el principal desafío de las editoriales (...) a la hora de definir sus estrategias de comunicación con el fin de atraer a nuevos lectores que no leen la prensa escrita tradicional. Las nuevas tecnologías están modificando notablemente el modo en que las editoriales se comunican e interactúan con sus públicos (lectores, librerías, críticos literarios, suplementos culturales, etc.). En definitiva, buena parte del futuro del sector editorial (...) depende en buena medida de su capacidad de crecimiento y despliegue en el terreno de las nuevas tecnologías.

Sobre o estudo "El papel de la Comunicación en la promoción del libro" (porque, na Espanha, a ficha já caiu... e aqui no Brasil?)

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Postado por Julio Daio Borges
2/2/2006 às 17h16

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