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Segunda-feira,
20/2/2006
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Redação
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Jobs vs. Gates
Until recently, Bill Gates has been viewed as the villain of the tech world, while his archrival, Steve Jobs, enjoys an almost saintly reputation.(...) In fact, the reality is reversed.
Leander Kahney, na Wired, tentando enxergar outro ângulo... (enquanto isso, os leitores respondem...)
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Julio Daio Borges
20/2/2006 às 13h20
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Perfil (& Entrevista)
Fantástico este editorial! Suas respostas, ao repórter, fazem de você um visionário... No cenário jornalístico, é impressionante como você tem o poder de enxergar aquilo que a maioria ainda não captou. Como as dúvidas ficaram menores na minha vida agora! Você não tem idéia de como suas respostas preencheram diversas lacunas na minha visão de mundo... Parabéns! O único lado ruim desse editorial é que ele aponta para um "beco" econômico-financeiro... Mas a saída é uma questão de tempo! Muito obrigado por apostar na Web e disponibilizar seus pensamentos para pessoas como eu.
Ceila Santos, por e-mail (porque... é por mensagens assim que o trabalho continua valendo a pena).
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Julio Daio Borges
20/2/2006 às 12h48
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Being a private detective
"That is one reason why I wanted to write about Matisse, to illuminate the century in which I lived much of my life. If you take a life, it's a marvellous instrument for looking through the whole period."
Hilary Spurling, em entrevista ao Guardian, como vencedora do Whitbread prize, pela sua biografia de... Matisse.
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Julio Daio Borges
17/2/2006 às 13h07
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Transparency at the Post
"In my experience, open forums in 'visible' places without moderation simply don't work."
Jay Rosen, do PressThink, entrevistando Jim Brady, depois da confusão do Washingtonpost.com (porque, às vezes, eu ainda penso em reabrir o Fórum do Digestivo Cultural...)
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Julio Daio Borges
16/2/2006 às 12h56
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Direita, volver!
Apenas para registrar que li (atrasado) a matéria da Folha sobre a "nova direita" e que exijo, imediatamente, o crédito pela expressão por mim cunhada quase um ano e meio atrás(!).
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Julio Daio Borges
16/2/2006 às 12h20
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The Flickrization of Yahoo!
"I look at Flickr with envy (...). It feels like where the Web is going."
Jerry "Yahoo!" Yang, falando sobre a nova aquisição de sua empresa, na CNN (porque eu também estou no Flickr...)
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Julio Daio Borges
15/2/2006 às 12h41
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The Bayosphere Community
A little over a year ago, I left the San Jose Mercury News to pursue my passion for what we've come to call "citizen media" - the idea that anyone with something to say could use increasingly powerful and decreasingly expensive tools to say it, potentially for a global audience. (...)
Dan "We the Media" Gillmor faz um balanço de sua experiência de um ano à frente do(a) Bayosphere.
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Julio Daio Borges
14/2/2006 às 12h28
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Desordem
Na poesia eu não posso fazer como numa crônica que tenho data para entregar. Na poesia eu não decido quando. Porque o motor gerador da poesia está fora de mim, fora do meu controle. De repente a poesia vem. É uma coisa que Manuel Bandeira dizia: o poema escolhe o momento de nascer. É verdade, escolhe. Acho que fazer poesia é aprender a fazer poesia, permanentemente. E quando você sabe demais tem que desaprender. Porque a poesia é o erro e a superação do erro. Não se pode estar seguro. Atualmente escrevo com mais dificuldade do que eu escrevia antes. Por exemplo, eu escrevi um poema chamado "Desordem". Depois eu fui reler este poema, na forma que parecia final. Quando o estava relendo, começaram a surgir na minha cabeça idéias que não estavam expressas nele, mas que diziam respeito a ele. Aí eu escrevi uma espécie de adendo ao poema. Isto nasceu de modo imprevisível, da leitura do próprio poema. Certa noite, saía da casa da Claudia [Ahimsa, companheira do poeta]. E quando atravesso o jardim havia ali um jasmineiro lançando perfume no ar. Fiquei louco. Arranquei umas flores do jasmineiro e saí cheirando aquilo, aspirando aquilo que senti como um veneno. É que o cheiro do jasmim parece suave de longe. Quando você aspira ele se torna selvagem. Aquilo me envenenou. Entrei no meu carro doidão porque havia tomado um porre de jasmim e vim embora para casa. Aí, quando cheguei em casa, dormi e no dia seguinte escrevi um poema sobre aquele barato. E aquele jasmineiro está lá há anos e nunca me provocara tal sensação e de repente naquela noite provocou. Ou seja, é uma coisa que não tem controle. Eu jamais escreverei um poema pela simples idéia de que faz tempo que não escrevo um poema. E acho que ninguém escreve assim. Se escrever, não dá certo. Não estou falando de inspiração, mas é um acontecimento de caráter psicológico ou existencial que provoca um relâmpago, um curto-circuito. Na verdade, eu vou te dizer uma coisa: você não escreve a verdade do jasmim. Você inventa uma verdade para o jasmim. Porque a vida é uma invenção. O homem inventa a si mesmo permanentemente. E inventa a vida dele. Então o poema não é o registro da experiência do poeta. Não. A experiência da vida provoca uma invenção. E você cria um artefato que passa a ser a expressão verbal da experiência mas que não é ela.
Ferreira Gullar, em bela entrevista a Paulo Polzonoff Jr.
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Julio Daio Borges
13/2/2006 às 15h47
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Are Newspapers Doomed?
"The public's consumption of news and opinion used to be like sucking on a straw; now it's like being sprayed by a fire hose."
Joseph Epstein, citando Richard A. Posner, num dos melhores ensaios sobre o fim dos jornais...
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Julio Daio Borges
10/2/2006 às 10h03
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Matias na cidade
Eu já conhecia Alexandre Vidal Porto de nome, mas, vim a conhecê-lo melhor através de uma entrevista exibida na Globo News. De cara, cometi o erro de negligenciá-lo, de minimizá-lo. Embora ele seja uma figura simpática e sabidamente culta, não parecia que aquele diplomata de carreira realmente pudesse escrever um bom livro. Mas ele o fez.
A primeira coisa que me chamou a atenção em Matias na cidade (Editora Record, 2005, 159 páginas) é o início da crítica presente na contra-capa do livro, escrita por William McPherson, vencedor do Pulitzer. "A linguagem de Alexandre Vidal Porto é clara e brilhante como a luz de certas tardes de outono". Sinceramente, que tipo de crítica é essa? Beira o ridículo, na minha opinião. Até me fez lembrar Ariano Suassuna falando que mesmo os mais talentosos na arte da escrita às vezes escrevem frases idiotas. Essa é uma delas, é a típica crítica que não serve para nada, um ar poético para seduzir os menos avisados. Foi sob esse olhar que abri o livro e iniciei sua leitura.
Matias na cidade é um livro delicioso. Embora razoavelmente complexo em sua temática, a leitura é fácil e agradável, o estilo do escritor é direto, sem rodeios e sem complicações. Porém, as reflexões que poderá causar não são nada simples. Embora o autor não se concentre em explorar a dor dos personagens, certamente, ela está lá, a quem quiser alcançá-la. É como se ele apenas contasse a história, sem tomar partido, sem se aprofundar nos sentimentos, sem enraizar sua narrativa nas questões psicológicas dos participantes. Esse é o ponto forte do livro, deixar ao leitor decidir, e pensar, se quiser fazê-lo.
Matias, um quarentão mulherengo e bem sucedido profissionalmente é visivelmente infeliz. Sua esposa, também. Suas vidas são comuns, cheias de tragédias do dia-a-dia. São ocas, são profundas. O autor soube explorar muito bem esse clima de infelicidade pessoal, mesmo entre pessoas que tinham tudo para serem felizes, mas, não o são, o que deu errado? Matias na cidade é um livro atual sobre algo eterno.
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Marcelo Maroldi
9/2/2006 às 10h41
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