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Segunda-feira,
6/3/2006
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Redação
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Weblogs Changing Our Culture
"(...) The one wonderful thing about blogging from your laptop is that you don't have to deal with other people. You can broadcast alienated, disembodied, disassociated murmurings into a people-free void. You don't have to run something past an editor, or frame your argument to an established group of subscribers. You just say what the hell you want. (...)"
Andrew Sullivan, na Slate, o defensor mais encarniçado dos blogs (porque é de 2002, mas continua valendo...).
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Julio Daio Borges
6/3/2006 às 16h08
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Garoto de Ipanema
Ontem eu estava pensando o seguinte: afinal de contas já li muito Proust, Kafka, Super-Homem, Tio Patinhas, Jean-Jacques Servan-Shreiber, Jaguar, a revista do Diner's, Marcuse e tudo o que estiver na moda. Freqüento as sessões especiais do Museu da Imagem e do Som, recebo discos de Ricardo Cravo Albin, tomo caipirinha no Veloso religiosamente, dialogo no Antonio's e janto no Mário, onde sou conhecidíssimo. Aos fins de semana tomo cerveja no Osvaldo Assef ou no Magaldi, jogo futebol com o Sérgio, namoro a Andréia (tomem nota deste nome), brilho no pôquer na casa do Prósperi, faço "surf" perfeitamente, tenho jornaleiro próprio e até já morei na casa do Hugo Bidet. Volta e meio ganho posters, quadros, enfim, artes plásticas em geral de diversas personalidades. Danço todos os ritmos, novos e velhos, sou completamente tarado pelos filmes de Carlos Gardel e Carmen Miranda. Conheço a história do cinema brasileiro, tenho especial desprezo por Sérgio Bittencourt e todos os maus-caráteres da praça, converso com o Glauber Rocha e com o Cacá Diegues - eles até me chamam de tu - e já fiz entrevista com Eliana. Além disso, conheço a Nara Leão, o Vinícius de Moraes, o Chico Buarque, o Dori Caymmi, o Capinam, o Paulo Góis, o Edu Lobo, isto sem falar no Caetano Veloso, na Gal Costa, no Manolo e muitas outras personalidades. O Zózimo Barroso do Amaral me cumprimenta, a Gilda Miller fala sempre comigo, o Tavares de Miranda me telefona de São Paulo regularmente. Conheço o Palácio Alvorada por dentro, conheço todos os ministros presentes, passados e provavelmente grande parte dos futuros, trato bem as crianças, qualquer dia vou entrar pro Rotary Club (o Lions, nunca!), compro qualquer besteira na Feira das Providências, dou natal pra todo mundo, sou o mais veemente anti-racista, tenho a coleção completa do Mad, Playboy, Lui e Gibi Mensal. Sei o nome secreto de todos os super-heróis, faço charme de acordo com o livro de etiquetas, faço a barba com lâmina estrangeira, sei distinguir um uísque do outro pelo rótulo, protestei contra o casamento de Regina Rozemburgo, freqüento teatros, cinemas, beco da fome e ajudei a fechar o Zeppelin sem pagar os últimos de Dico Vanderlei, recebo cartas de Tom Jobim, já estive com Geraldine Chaplin, conheço o latifúndio dorsal de Kim Novak. Sei a história da Segunda Guerra inteirinha, sou apaixonado pela Maria Bethânia, brigo regularmente com Carlinhos Oliveira (é só briga de amor), freqüentei a Estudantes, vi ensaios da Mangueira, falo mal de Gustavo Corção e do Nelson Rodrigues, falo sobre chimarrão com o Daniel Krieger, já entrevistei o presidente da República, amo o Garrincha e não gosto do Pelé, conheço Europa, Ásia e África, li todos os livros sobre Vietnã e vi todos os filmes de Chaplin. Além de tudo isso tenho olhos castanhos esverdeados e estou treinando karatê para brigar com o Hugo Carvana. Agora, eu quero saber do seguinte: por que é que até agora o Ibrahim não pediu minha opinião sobre as cem mulheres mais bonitas do Brasil?
Tarso de Castro, fundador do Pasquim, no livro de Tom Cardoso.
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Julio Daio Borges
6/3/2006 às 15h24
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The brightest and the best
The Guardian is about to embark on a major new project - a live comment blog which will pull in not only the best of our commentators' work but the views of other bloggers, critics, academics, writers, technologists, thinkers etc., in a sort of British version of the Huffington Post.
Emily Bell, no Organ Grinder (porque isso me faz lembrar a Celebridade de Pára-quedas...)
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Julio Daio Borges
3/3/2006 às 19h16
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We are not evil
"People are willing to steal music from music companies but not from artists".
John Buckman, o homem da Magnatune, no USA Today (porque ele está revolucionando tanto quanto o iTunes...).
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Julio Daio Borges
3/3/2006 às 14h55
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editors to tell all
"It's a different world: we're more open about what we do. Even if we get it wrong it's good to have the conversation about why."
Pete Clifton, que assina semanalmente a coluna "From the editor's desktop" (porque a BBC entendeu a internet e os blogs...)
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Julio Daio Borges
2/3/2006 às 16h24
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Portrait of the Blogger
A Web log really (...) is a Wunderkammer. That is to say, the genealogy of Web logs points not to the world of letters but to the early history of museums - to the "cabinet of wonders," or Wunderkammer, that marked the scientific landscape of Renaissance modernity: a random collection of strange, compelling objects, typically compiled and owned by a learned, well-off gentleman. A set of ostrich feathers, a few rare shells, a South Pacific coral carving, a mummified mermaid - the Wunderkammer mingled fact and legend promiscuously, reflecting European civilization's dazed and wondering attempts to assimilate the glut of physical data that science and exploration were then unleashing.
Julian Dibbell, na FEED Magazine, em 2000 (porque é antigo, mas é canônico...)
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Julio Daio Borges
2/3/2006 às 10h43
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value of the written word
"(...) blogging is perhaps the greatest explosion in text in the last century"
Falou Simon Waldman, do Guardian, para o journalism.co.uk.
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Julio Daio Borges
1/3/2006 às 16h17
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What do newspapers do?
"The newspaper of the future needs to fight for audience - fight for its life, before someone comes and takes it from them."
É a resposta do Topix.net para a sua própria dúvida existencial (porque vale conferir o raciocínio todo...).
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Julio Daio Borges
1/3/2006 às 16h09
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Blogs versus the NYT
"In a Google search of (...) the top five news stories of 2007, weblogs will rank higher than the New York Times' Web site."
Em 2006, Jason Kottke foi conferir a previsão de Dave Winer (acima) com dados de 2005... (porque a briga é boa).
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Julio Daio Borges
28/2/2006 às 15h58
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ambiguities and lies
[You've now played both Lester Bangs and Truman Capote-two larger-than-life cultural figures. Is there a difference between impersonating a real-life person and creating a character?] There is at first. One difference is that you have all these materials at your disposal. There's information right there that can help you-books, tapes, photographs-which you don't have when you're creating a fictional character. But once you get that information, you have to start looking at the character as a fiction. When you're playing someone who really lived, you carry a burden, a burden to be accurate. But it's one that you have to let go of ultimately. Films are always a fiction, not documentary. Even a documentary is a kind of fiction. So, ultimately you have to think about the story you're telling. You want somehow to be able to create the character in such a way that people actually stop thinking about the fact that they're watching a real person-that they're watching "Truman Capote." If you can get them to be more invested in the story they're watching than in the character, then you've succeeded.
* * *
[You've been in 40 or so movies, I think, and you've played what we might call happy or positive characters maybe five times. (Magnolia is the shining example.) Do you have a thing for playing unpleasant people?] Well, I think if you look at any actor who isn't just playing heroes, that's what their résumé looks like. There are characters in movies who I call "film characters." They don't exist in real life. They exist to play out a scenario. They can be in fantastic films, but they are not real characters; what happens to them is not lifelike. But ultimately if you're not the actor playing that hero, that "film character," then you're taking on other roles in other movies, and you're going to be playing characters with a slightly more realistic view of what life is like. Ultimately, all characters have some negative and positive energies. That's just how I see it. I didn't go out looking for negative characters; I went out looking for people who have a struggle and a fight to tackle. That's what interests me.
Dois grandes momentos da entrevista de Philip Seymour Hoffman para Meghan O'Rourke, "culture editor" da Slate.
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Julio Daio Borges
27/2/2006 às 15h12
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