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Quarta-feira,
5/4/2006
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Redação
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Jovens mestres do virtual
"A internet (...) criou uma nova relação entre jornalistas e leitores, emissores e receptores de informação em geral."
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"Na internet a comunicação deixou de ser um monólogo, em que alguns donos da verdade decretam o que os outros devem saber e pensar, para se transformar num diálogo permanente, em que todos se manifestam, opinam, criticam, lançam ou derrubam idéias."
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"(...) as novas tecnologias (...), a cada dia, permitem a incorporação de novos atores neste imenso palco virtual em que a platéia já não se limita a aplaudir ou vaiar, mas quer cada vez mais participar do espetáculo."
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"(...) as novas tecnologias têm a vantagem adicional de inverter o processo de aprendizado e fazer com que os jovens ensinem os mais velhos a caminhar nesse mundo internético."
Ricardo Kotscho, ecoando Dan Gillmor, no No Mínimo.
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Postado por
Julio Daio Borges
5/4/2006 às 17h29
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O Romanesco
Sou Zequias, 23 anos, queimado de sol, família humilde, vim do nordeste, agora sou daqui, de dia trabalho de ambulante, de noite estou no supletivo, de onde venho nesta hora, dizem que tenho bom coração, vi um homem que parecia ter caído de algum lugar, não porque estivesse machucado, não estava, mas pelo jeito esticado no chão, atônito, empoeirado, amassado, a boca torta, perguntei se tinha caído, ele apenas sorriu, sorriso de sim, olhei pra cima, não havia de onde, as janelas dos velhos hotéis são altas e estão sempre fechadas, do poste também não dava, ele se levantou, me chamou pra andar, descemos a primeira rampa da avenida são joão e perambulamos pelo vale do anhangabaú, ocupado por camelôs e trabalhadores pobres como eu, muitos pombos, que decolam e pousam no asfalto, ele girou o corpo na garoa calada, e os olhos, me disse isto aqui é muito bom, é divino, e me puxou pelos braços, e eu ali sem rir, sem dizer dichote, perguntei de onde era, ele franziu a testa, fomos em direção ao viaduto santa efigênia, reparei na cara dele, dum branco de anjo, queixo e nariz esticados, cabelo ralo, longo e galego, e lá chegando, gritou, que ponte maravilhosa, falei vixe maria, e ele, repare neste chão, e foi declamando, parece uma cerâmica rosa, coisa encantadora de se ver, essa luz em volta, eu não tinha reparado, trabalho o dia todo no viaduto e nunca vi nada de especial, tudo comum, esse povaréu, essa zoada, mas de onde é mesmo você? insisti, vou lhe dizer sem cerimônias, ele falou, caí de um lugar muito especial, já sei, eu falei, você caiu do céu, não, não, nem tanto, caí foi de um livro, de um futuro romance, mas não precisam mais de mim, abracei meu padim, não posso dizer o nome do autor, nem do romance, prosseguiu, mas posso afirmar que a história se passa numa cidade distante, e se desvia pra cá, e este que você vê é o personagem principal, que não faz mais falta, o que faremos, perguntei, ande comigo pelo centro, ele disse, me puxando pelo braço, quem sabe me ajuda a recuperar a memória, ou melhor, o capítulo ignorado da história, jogado num lixo simbólico, espécie de reservatório do tempo real, entende?, eu disse que entendia, mas não entendia, ah, o santa efigênia, encerra beleza nas formas e brilhos, possíveis ladrilhos, eu devia ter feito um poema, lastimou, e eu mudo, é tarde, ele disse, vamos seguir, chegamos à rua são bento, rua comum, esse amontoado de gente e comércio, mas ele: veja os postes de luz, as belas luminárias, quarteirões fechados, bancas de revistas e livros, tinha de virar música, ele considerava, feito a rua do ouvidor, e nos afastamos, ensaiou uns passos de dança e cantarolou, inventando: planeta bento / praça da sé / rua são bento / coração de mãe / sois e sempre sereis assim / sois e sempre sereis assim... seguimos, eu temia pirar, mas ele atalhou, de que valerá ser sozinho?, pois tudo em volta é falso, miragem, espelho do nada: saio em busca de uma explicação para a vida, e mudando de tom: vamos à consolação, algo me diz que lá encontraremos a história, azuado e molhado no xixixi, segui os passos do anjo, do romanesco, cruzamos esquinas e esquinas da augusta, ele se deitou no chão com desalento, ergueu-se logo a seguir, observou no ar os fios deixados pelos ônibus elétricos, e caminhou rua acima, antiga, os velhos muros, nossos passos lentos, calculados, assim que nos aproximávamos da avenida paulista, o dia nos alcançando, espalhando brumas em nosso caminho, falei, incorporando a voz do poeta, e tudo quase clareou num branco intenso, e o corpo dele desaparecia na imensa página brilhante, que se formava no alto da augusta, no encontro com a paulista, página branca que descia de algum lugar especial, à procura de um personagem errante.
Rogério Miranda, no último Rascunho (aqui com autorização dos dois, do Miranda e do Pereira, o editor).
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Julio Daio Borges
4/4/2006 às 08h15
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Blogging Frustration
I post and post and post.(...) I actually enjoy it, have fun doing it, and I learn as I go. But, man, I'm always hoping to get some links. And, they do trickle in. But, dude. Forget about even coming close to the A-list bloggers.(...) How will anyone even find me?(...) And no one even clicks on my Yahoo ads!(...) Can you relate to my frustration?
Shimon Sandler, no seu blog (porque nos Estados Unidos não tem espaço pra mais ninguém... e aqui no Brasil?)
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Julio Daio Borges
3/4/2006 às 09h34
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The history of PDF
The paperless office. Remember that buzz word that never seems to vanish completely even though history has proven that the use of computers has lead to an increase in the use of paper? (...) PDF started off on the dream of a paperless office, as the pet project of one of Adobe's founders, John Warnock.
A história do PDF, via Eduardo Arcos (porque é o único formato digital a efetivamente competir com o livro...)
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Julio Daio Borges
31/3/2006 às 10h32
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Code of Honor
1. Respect others.
2. Add value.
3. Don't self promote.
4. Write descriptive headlines.
5. Use English for now.
6. Tag and categorize correctly.
O "Código de Honra" do Newsvine (porque, no Digestivo, eu aprendi na marra...)
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Julio Daio Borges
31/3/2006 às 09h24
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Erudito e popular
Uma orquestra sinfônica não é uma banda que toca todo final de semana, [mas] terá de encontrar um lugar na sociedade, encontrar uma razão para gravar outros discos e assim por diante. (...) Séries de música clássica terão de se tornar uma coisa mais atual, ou vão simplesmente sumir.
Fabio Zanon, em entrevista ao Polemicos.com.br (porque é um músico entendendo a revolução das novas mídias...)
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Julio Daio Borges
30/3/2006 às 10h13
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A Obra em Pinda
"O que resta agora é o PSDB de Alckmin, Chalita, da turma de Pindamonhangaba."
Mario Sergio Conti, no No Mínimo (na contra-mão da maioria dos adesistas de ocasião...)
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Julio Daio Borges
30/3/2006 às 09h15
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The New São Paulo
"Of course São Paulo is not Brazil, but Paris is not France and London is not England."
Ronaldo Bregola, que transmitiu a Dan Shaw as novidades (porque ele fez uma matéria no New York Times sobre a nossa cidade...)
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Julio Daio Borges
29/3/2006 às 17h51
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Pânico na política
"E aí? E aí, você conhece aquele programa de TV, o Pânico? Se houver crise, o Lula vai entrar em pânico".
Do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na bancada do Manhattan Connection, no último domingo, ao ser perguntado sobre uma eventual crise internacional no fim do ano.
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Fabio Silvestre Cardoso
29/3/2006 às 17h00
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Adeus, privacidade on-line
"Privacidade na internet? Esqueça isso. Você já perdeu sua privacidade para sempre."
Jonathan Schwartz, da Sun, citado por Carlos d´Andréa (porque o professor Carlos tem uma experiência interessante, em blog, com seus alunos do curso de comunicação...)
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Julio Daio Borges
29/3/2006 às 08h52
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