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Sexta-feira,
28/4/2006
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Redação
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Cinejornal
A grande atração do quarto dia no 13º Festival de Cinema e Vídeo, que acontece aqui em Cuiabá, foi O Sol - caminhando contra o vento, documentário dirigido por Tetê Moraes e Martha Alencar. A produção se propõe a, num primeiro momento, resgatar a história do primeiro jornal da chamada imprensa alternativa e, numa plano mais abrangente, a traçar o perfil de uma geração de jovens revolucionários, suas lutas e trajetórias. A primeira etapa foi bem cumprida. A segunda, mais pretensiosa e particular, prefere a subjetividade ao factual, o que, em certa medida, compromete um pouco o resultado final. Vejamos como e por que isso acontece.
Tetê Moraes não explica claramente, mas logo no início de seu filme há uma reunião de todos aqueles que participaram da edição do jornal Sol. Minto. Não somente o staff do periódico estava presente, mas também todos aqueles que indiretamente estiveram envolvidos com o Sol. E aqui há uma relação imensa de nomes célebres, cujos principais são: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Fernando Gabeira, Carlos Heitor Cony, Hugo Carvana. E o name-dropping continuaria, caro leitor, se esse texto fosse laudatório. Felizmente, não é. Então, seguimos.
Antes, porém, um adendo ao parágrafo anterior. Talvez você, leitor, já tenha ouvido a respeito desse jornal. Impossível? Não se você conhece um pouco da música de Caetano Veloso. Nos versos de "Alegria, Alegria", ele canta: "O sol nas bancas de revista/ Me enchem de alegria e preguiça". Caetano não confirma, mas todos os entrevistados no documentário ressaltam que a referência ao jornal é mais do que evidente.
O veículo Sol surgiu em 1967 como um produto jornalístico voltado aos estudantes; um jornal em que era possível escrever e praticar resistência política. A prática era necessária aos estudantes de comunicação "para que eles não ficassem escrevendo em veículos de mentira"; já a militância era necessária uma vez que o período era sombrio. Contra as sombras, veio a luz do Sol.
Com efeito, tanto pelos relatos como pelos colaboradores é correto afirmar que o jornal tinha virtudes em relação às publicações de hoje. Afinal de contas, o time era ilustre e realmente importante: Otto Maria Carpeaux, Nelson Rodrigues, Reynaldo Jardim, o já citado Cony, Zuenir Ventura. Nesse sentido, o documentário atinge o objetivo de mostrar ao público a importância do jornal. É quando tenta ir além que sua continuidade torna-se questionável.
Che não morreu
E onde está o problema? A obra de Tetê Moraes começa a perder o brilho justamente no momento em que passa a misturar a relevância do jornal com os ideais políticos que motivaram (e, anos depois, corromperam) toda uma geração. O primeiro indício disso está quando, em um dos depoimentos, alguém diz que "O Sol foi mais do que uma escola de jornalismo, foi uma escola de caráter". E nisso outros mais concordam. Não se engane, leitor. O caráter aqui em questão não é a moral do ponto de vista ético, mas, sim, o caráter político. Até aqui, não haveria nada de errado se, e somente se, as pessoas não acreditassem que esse caráter é o único que deve ser levado em consideração não só no que se refere à atuação política, mas, sobretudo, ao modo de fazer jornalístico.
Mas é nisso que eles acreditam. E, para o bem e para o mal, não tem receio de assumir isso diante das câmeras, sugerindo que essa geração tem mais legitimidade do que as seguintes por ser, em tese, "libertária". Prova disso é quando a ex-redatora Ana Arruda conta a repercussão da morte de Che Guevara no jornal. "Quando o Che Guevara morreu, foi como se o pai ou a mãe da gente tivesse morrido". E um outro jornalista arrematou: "Na verdade, O Sol não reconheceu a morte de Guevara".
O problema do documentário não está necessariamente na escolha e na versão dos fatos dos entrevistados. O erro está em não perceber que o documentário, à medida que se estende, torna-se enfadonho ao repetir as mesmíssimas histórias sobre o Golpe de 64, e com as imagens dos tanques nas ruas, e com os festivais da TV Record, e com a juventude engajada, e com a participação estudantil. Desnecessário dizer que é mais do mesmo, mas Tetê Moraes parece decidida em contar a história outra vez. E o que era original virou lugar-comum.
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Fabio Silvestre Cardoso
28/4/2006 às 17h30
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Cinema e vídeo em Cuiabá (3)
E segue o Festival de Cinema e Vídeo em Cuiabá. Tão firme quanto o calor na cidade, as produções têm atraído e animado o público, que nesta quarta-feira praticamente tomaram a sala de exibição nas principais atrações do dia. Do ponto de vista de variedade, a novidade ficou pela Mostra Fluxus de Cinema da Internet (Confira o site aqui). Do que se trata? Curtas-metragens concebidos e transmitidos na Internet. Merece menção, apesar dos evidentes traços de amadorismo em cada um desses vídeos. Nada que seja, no entanto, tão fraco como Bomba, que esteve na Mostra Competitiva de Vídeos. Decerto que o público riu e gostou bastante da piada escatológica promovida por Juliana Oliveira, Kaleb Natal, Thiago Henrique e Vitor Zago. Mas cabe aqui a reflexão: até que ponto uma piada deve ser levada a sério numa mostra competitiva? Os leitores que puderem assistir respondam.
O exemplo acima, no entanto, foi a exceção que comprova a regra. Em outras palavras, os principais destaques do dia praticamente ofuscaram as produções de menor qualidade, como se pôde constatar em Viva Volta, curta-metragem de Heloísa Passos sobre um trecho da vida e da obra de Raul de Souza, um dos grandes trombonistas brasileiros. A música rouba a cena dos depoimentos, às vezes melancólicos, do personagem central que insiste em perguntar (e lamentar) por que é que não é reconhecido no seu país de origem?, apesar de receber milhares de citações na Europa e nos Estados Unidos. Enquanto todos refletiam a respeito, o vídeo trazia peças da música de Soares, no passado e no presente. Em ambas ocasiões, quem acompanhava o músico era Maria Bethânia. Não escrevi errado, não, era a cantora que seguia o trombonista, e não o contrário. Notável.
Funk hors concours
Curiosamente, a outra atração que chamou grande atenção da platéia também tratava de música. Sou feia, mas tô na moda, de Denise Garcia, estreou a série mostra hors concours. O documentário, de 60 minutos, aborda o polêmico, sensual e atual cenário do funk, gênero (ou estilo?) de música que arrebata boa parte das casas noturnas do país. Apesar do título, o documentário de Denise Garcia investiga as raízes que tornaram o funk o sucesso que ele é hoje. Para tanto, a diretora trabalha em duas frentes: uma mais teórica (com o depoimento dos especialistas) outra mais prática (com o depoimento das pessoas que fazem o funk). Como resultado, nota-se que a diretora buscava muito mais que respostas. No primeiro caso, com os teóricos, os espectadores encontraram uma legitimidade para a existência do funk tal como ele é. Basta observar a análise de Kate Lyra a propósito do que o funk representa para as mulheres: Para a especialista, o funk é uma espécie de discurso feminista. Opinião reiterada pelo DJ Malboro. Nas ruas de Paris (o documentário fazia questão de frisar as locações quando estava no exterior), ele assim reagia por telefone: "É um discurso feminista sem elas saberem que são feministas". É de se perguntar: O que Simone de Beauvoir diria a respeito?
No depoimento das funkeiras (e funkeiros), sobram lugares-comuns. Uma diz que o funk é importante porque "alerta as mulheres". Outras dizem que é o grito dos excluídos, que por anos tiveram de suportar privações e agora extrapolam graças à música. E sempre há quem reaja com virulência quando questionado a respeito da apologia à violência e ao sexo. "Sacanagem é o dinheiro que o governo rouba", diz o funkeiro. Já a cantora Deise ressalta: "Não é pornográfico; é sensual". Tudo isso sem mencionar a chancela que vem de fora. Aqui, novamente, esta produção se encontra com a de Heloísa Passos: se faz sucesso lá fora (leia-se rádios e casas de show em Londres e em Paris), como não pode ser aceito aqui?
De todo modo, o filme de Denise Garcia tem o grande mérito de mostrar ao público um olhar sobre um fenômeno cultural no momento em que este acontece. Timing perfeito, com edição de qualidade. Quanto ao palavrório (conceitual ou não), pode-se parafrasear o título do documentário. É discurso, mas tá na moda. E os aplausos ao final da sessão é uma prova do sucesso deste hors-concours.
Até o final do dia, as sessões continuaram concorridas, terminando com Ao Sul de Setembro, de Amauri Tangará, mais um para a mostra competitiva de longas-metragens. Para hoje, o festival continua. Veja aqui a programação.
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Fabio Silvestre Cardoso
27/4/2006 às 15h30
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Cinema e vídeo em Cuiabá (2)
Juntamente com as 66 produções que ora são apresentadas neste 13º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, existe uma programação, como posso dizer?, mais teórica, mais conceitual, quiçá acadêmica, que busca debater novas perspectivas da cultura e da sociedade a partir das temáticas dos filmes que são mostrados. De acordo com Luiz Borges, produtor do Festival, essa proposta surgiu na sétima edição do evento, quando este ainda acontecia dentro da Universidade Federal do Mato Grosso. À medida que o Festival cresceu, o debate também se consolidou, apontando, inclusive, novas diretrizes em relação ao cinema nacional, e não somente à produção do Mato Grosso.
No primeiro dia de Seminário, o tema "Fronteiras" foi apresentado pela profa. do Depto. de História da UFMT, Maria de Fátima da Costa, que, logo em seguida, falou sobre sua conferência: "Acompanhando uma viagem de demarcação de limites". A professora trouxe um longo relato, seguido de análise, da trajetória de portugueses e espanhóis no centro do Brasil nos idos de 1700... Se a distância no tempo já chama a atenção, os leitores se surpreenderiam se vissem a correlação desta palestra com o último filme da noite de ontem, o longa-metragem Serra da Desordem, que, não por acaso, está entre os concorrentes desse festival. A questão da cultura e do território estava ali, só que, dessa vez, em imagens que transitavam entre a ficção e o documental.
Destaques do dia
Antes disso, no entanto, a sala 5 do cinema Multiplex do shopping Pantanal (onde ocorre o evento) foi palco para mais curtas-metragens e suas respectivas categorias. Na mostra "Vídeos do Mato", por exemplo, os presentes conferiram o conteúdo mais experimental do dia, para o bem e para o mal. André Rondon apresentou o insosso e demasiado breve O sonho. E antes que alguém possa chamar este observador de chato, cabe lembrar que o próprio Rondon vaticinou a platéia. Aqui, suas palavras: "Olha, esse vídeo foi feito há um ano e meio atrás (sic)... Não esperem muito...". E o vídeo tem lá sua sacada, mas não chega a alcançar qualquer objetivo (e a história não faz sentido).
Já na Mostra Competitiva de Vídeos, pôde-se ver um trabalho digno da disputa: A resistência do vinil, de Eduardo Castro. Sobre o vídeo, é correto afirmar que se trata de um filme sobre obcecados a respeito de uma obsessão, o vinil. E o curioso é que o vídeo, que trata de uma relação morosa e nostálgica de pessoas com os discos, tenha um ritmo de edição e montagem para lá de frenético. De todo modo, o que torna o curta especial são os depoimentos. Únicos, como os discos de vinil.
Em seguida, o curta Horno ardiente, de Juan Maneglia, passaria despercebido se não fosse estrangeiro. Muitas palavras. Condição totalmente inversa de A lente e a janela, de Marcius Barbieri. Nele, as palavras dão lugar às imagens que mostram a percepção da diferença social a partir do olhar de uma garota, a personagem Verônica. Um discurso inflamado não surtiria tanto efeito.
Depois daquele baile
Em uma das principais sessões do dia, a platéia conferiu Depois daquele baile, filme de Roberto Bontempo. O longa-metragem traz no elenco Marcos Caruso, Irene Ravache e Lima Duarte na pele das personagens Otávio, Dóris e Freitas, respectivamente. E é em cima dessas personagens que se estabelece um triângulo amoroso à mineira, abordando a delicadeza das relações humanas, como a saudade, a solidão, a frustração, o afeto, a morte e a amizade. O leitor pode ficar despreocupado porque, ao contrário de outras produções, o filme de Bontempo não é pretensioso e não ousa falar de existencialismo. Low-profile, a obra conquista o público pelas beiradas, ora com diálogos bem engraçados, ora com Belo Horizonte como pano de fundo. Estão ali, a propósito, o Mercado Municipal, as avenidas largas da região central da cidade, assim como os maneirismos do cotidiano dos mineiros.
O dia ainda contou com as produções Freqüência Hanói, que, segundo as palavras de um dos diretores (Diego Lisboa), segue a tendência de trazer às telas um pouco de terrorismo digital em vídeo (o curta em questão traz o depoimento, via celular, de um presidiário). Depois, em Quem você mais deseja?, André Sturm e Silvia Rocha Campos apresentaram com a sutileza do preto e branco a história de amor de dois correspondentes. As falas são substituídas pela narração das cartas. E os 12 minutos do filme passaram rápidos demais tão bom que era o curta.
Para hoje, mais palestras, vídeos e longas-metragens. Confira
aqui.
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Fabio Silvestre Cardoso
26/4/2006 às 15h20
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Cinema e vídeo em Cuiabá
Localizada a 45 minutos da Chapada dos Guimarães e a 100km do Pantanal, a cidade de Cuiabá, capital de Mato Grosso, é nesta semana a capital do Cinema e do Vídeo, conforme consta no material de divulgação deste 13º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá. E logo no primeiro dia de festival foi possível notar uma relação entre o evento e os filmes escolhidos. Os leitores verão como a seguir. Antes, mais um pouco sobre o Festival.
De acordo com um dos participantes, apesar de não ter a mesma importância de outras mostras (como a de Brasília e a de Gramado), o Festival de Cuiabá se destaca por não ter sido "pulado" desde seu início. Assim, sua 13º ocasião é a consolidação de um trabalho - isso num país que sofre com a falta de prosseguimento de determinados projetos, sobretudo os culturais. Na programação, serão cinco dias de sessões, debates, palestras e, pelo que se viu ontem, de contatos para novas incursões na seara cinematográfica e também audiovisual.
Na primeira noite, o destaque ficou por conta da mostra competitiva de curtas metragens, com duas peças distintas em gênero, número e grau, mas que estavam, ainda assim, lado a lado: Historietas assombradas para Crianças Malcriadas e Rap, o canto da periferia, sob a direção de Victor-Hugo Borges e Ardiley Queiroz, respectivamente.
No primeiro curta, a proposta - conforme explicou Guilherme Ramos, o representante da produção - é apresentar histórias que uma avó contaria à sua neta caso ela não obedecesse e não quisesse dormir. A dicotomia é clara: a produção fica entre a sátira e o terror. Mas como o primeiro é mais eficaz, melhor observar sob essa perspectiva, até porque o terror é uma observação irônica ao fato de boa parte das histórias para ninar sempre se fixar em um universo água com açúcar, leve. A inventividade, desse modo, fica por conta da animação que, de fato, eleva a simplicidade da narrativa.
Já em Rap, o canto da periferia, Ardiley Queiroz se propõe a mostrar o outro lado do Distrito Federal, mais precisamente a Ceilândia, principal cidade-satélite dos arredores de Brasília. É curioso notar, aliás, como o próprio diretor se confunde com a história do filme. "Não sou de Brasília, sou do Distrito Federal", afirmou ele em conversa com este repórter. E o curta, de fato, tem o mérito de mostrar uma cidade invisível aos olhos do cinema e do vídeo oficiais. Mais estranho: ninguém chega a se espantar com tamanha exclusão. A novidade é que, pela primeira vez, as vozes daqueles moradores foram ouvidas e registradas. Do mesmo modo, os entrevistados-personagens contam histórias inéditas sobre a Ceilândia, assim como a trajetória de cada um no lugar.
A obra é bastante contundente. Pena que essa força se distancie do propósito inicial. Em outras palavras, intencionalmente ou não, o curta passa a tratar quase que única e exclusivamente de discriminação racial. Um dos entrevistados, o rapper X, do Câmbio Negro, conseguiu arrancar aplausos da platéia que lotava a sala de cinema do Multiplex com um discurso racista sobre... o racismo. Contradições à parte, o rap não só sustenta, mas é a própria matéria que dá agilidade em todo o curta.
Na hora e vez dos longas-metragens, Cinema, Aspirinas e Urubus deu início à outra mostra, competitiva. Antes da sessão, porém, mais um discurso. Dessa vez, foi o diretor Marcelo Gomes quem reclamou a respeito da dificuldade em fazer o filme (o dele, no caso) rodar pelo país. Novamente, um autor que se confunde com suas personagens, que, no filme, tocam no mesmo assunto: a grandeza do Brasil impossibilita o trânsito fácil. Qual a relação? Entre a ficção e a realidade, a primeira apresenta um cenário árido, mas que consegue se mover a duras penas. No segundo caso, o paralelo torna-se válido justamente porque festivais como o de Cuiabá provam que as distâncias têm diminuído, apesar de tudo.
Confira aqui a programação de hoje.
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Fabio Silvestre Cardoso
25/4/2006 às 14h15
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Ways to Prevent Manipulation
"When you're empowering the mass, you have to be careful about quality control. (...)"
Jay Adelson, CEO do Digg, citado por Heather Green, na BusinessWeek, sobre a linha tênue que separa... a ausência de controle (editorial) e a necessidade de controle (via software).
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Julio Daio Borges
24/4/2006 às 19h13
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Google Drive
We have all the ingredients for a great story: dramatic predictions of Google taking over the world, secret disclosures of a new stealth product at a Google analyst meeting, outing of the story by bloggers, and subsequent purging of the public data by Google to keep things hidden from the public and competitors. Here's what we know so far...
Michael Arrington, o blogueiro do momento (sobre um filme maluco, ou nem tanto, que eu recebi uma vez... via Emilio de Moura).
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Julio Daio Borges
21/4/2006 às 18h54
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The Long Tail Orgasm
Hugh MacLeod, do Gapingvoid, via Gillmor Gang.
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Julio Daio Borges
20/4/2006 às 19h53
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Domingo sem cachorro
Gania como um louco. Às vezes parecia chorar de dor, saudade, solidão ou desamparo. Rodeava o poste no sentido horário, até imobilizar-se com a coleira curta; depois repetia os movimentos no outro sentido, e a coleira encurtava-se do mesmo jeito. Era um trabalho de cão que lembrava o mito de Sísifo: dar voltas e mais voltas em redor de si mesmo, e para nada.
Milton Hatoum, na nova Terra Magazine, por Bob Fernandes, ex-Carta Capital (porque começou nesta segunda-feira...)
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Julio Daio Borges
19/4/2006 às 18h38
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Web 2.0 Awards
I was a blogger and I was interested in what people were saying about me, my blog, and the things that I'm writing about and that I care about. I realized that there was an opportunity to create a new kind of engine that understood not only keywords and links but also the concept of time- when something was created-and also understood people, you know, who created it... and would be able to tell me what people think about me and what I care about. I built it because the tools that I wanted for myself, I couldn't find anywhere else: Google, Yahoo, and Altavista-none of them updated fast enough, understood the concept of time, or saw the web as any sort of living thing.(...)
Dave Sifry, contando a história do Technorati (porque também tem entrevista com os criadores do LinkedIn, do Writely, do Meebo, do Newsvine e do CSSBeaty, entre outros... uma dica da Fátima).
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Julio Daio Borges
18/4/2006 às 09h05
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poeta del vacío existencial
"No tengo nada que ver con eso", Samuel Beckett, quando ligaram para informar que ele havia ganhado o Prêmio Nobel de Literatura, no La Nación (porque, no dia 13, ele completou 100 anos... dica do Matias José Ribeiro).
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Julio Daio Borges
17/4/2006 às 11h02
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