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Quinta-feira,
18/5/2006
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Redação
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A Web 2.0 Critique
People have real needs, real bottlenecks in their personal and business lives, real work needs to get done. Can't we get to it? I have real hopes that technology can actually make things better, and many of the apps I use everyday do that. But there is so much left to do.
Stowe Boyd, com alguns bons insights sobre o que ainda falta na Web 2.0...
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Julio Daio Borges
18/5/2006 às 16h16
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Among the audience
"The era of mass media is giving way to one of personal and participatory media (...) That will profoundly change both the media industry and society as a whole(...)"
* * *
"The old media model was: there is one source of truth. The new media model is: there are multiple sources of truth, and we will sort it out(...)"
* * *
"We are entering an age of cultural richness and abundant choice that we've never seen before in history. Peer production is the most powerful industrial force of our time(...)"
The Economist, no dossiê sobre New Media (porque vale a pena citar de novo...)
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Julio Daio Borges
17/5/2006 às 16h01
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Isn't it semantic?
[Looking back on 15 years or so of development of the Web is there anything you would do differently given the chance?] I would have skipped on the double slash - there's no need for it. Also I would have put the domain name in the reverse order - in order of size so, for example, the BCS address would read: http:uk/org/bcs/members. This would mean the BCS could have one server for the whole site or have one specific to members and the URL wouldn't have to be different.(...)
Sir Tim Berners-Lee, o inventor da WWW, dando alguns palpites sobre ela hoje...
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Julio Daio Borges
16/5/2006 às 15h55
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Lifestyle Media
Consumers are increasingly calling the shots in today's converged media environment: They use Apple iPods to make their own music playlists. Personal video recorders allow them to customize television line-ups. Satellite radios pump commercial-free music into their cars. They come together in online communities, generate their own content, mix it, and share it on a growing number of social networks. No longer a captive, mass media audience, today's media consumer is unique, demanding, and engaged. (...) Content and services are overflowing, while consumer time and attention remains limited. A new approach that helps consumers maximize their limited time and attention to create a rich, personalized, and social media environment is needed.
Deborah K. Bothun, em relatório - disponivel em PDF - da PricewaterhouseCoopers.
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Julio Daio Borges
15/5/2006 às 15h11
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blé!
Sorrio todas as vezes que ouço aquela música. O Bob Dylan riu comigo ontem. Queria parar de tocar aquela música mágica mas não conseguia, simplesmente não conseguia, então sorria. Duas gotas de suor caíram de sua testa. Foi lindo. Pandorim, Pandorim, jogue suas notas para mim. Sonhei com um grupinho de menininhas pobres com chinelinhos baratos, pareciam de papéis e vestidinhos de filó, mas com sorrisos enormes no rosto, doentes de fome. Incrível!!!! Também com aspiradores de pó dementes, queriam sugar minhas roupas e objetos, falavam que queriam mostrar as pessoas pras pessoas como elas são de verdade; esqueleto e veias. Nada por cima, nada, só a carne, os orgãos moles, o esqueleto, o cérebro. HhahaHAHah, eles riram do cérebro, como uma coisinha tão feinha e nojenta daquelas podia pensar, inventar, criar, fazer algo para o nosso planeta de verdade. E, tudo que víamos era culpa daquele órgão tão frágil, feio, suculento, mas mera fantasia. Nada era real, nem a fome, nem os amigos, nem as festas, muito menos a faculdade, a idéia de família e amor. Fiquei olhando pra raiva que meu cérebro irradiava ao ouvir aquilo. Ele tremia, não tinha culpa; ou tinha. Cérebros uma vez foram mandados à Terra pra fazer os robôs idiotas serem mais sentimentais, fúteis e curvilíneos. Pensei em como achava aquilo horrível. Mas não fiquei triste. Me peguei lembrando de Puce Moment do Kenneth Anger, aquela mulher, a yvonne marquis, linda, elegante, em meio a todo aquele brilho, aqueles vestidos e aquele glamour. Onde estaria seu coração ali? Descansando sobre a almofadinha? Ou dentro do sapato brilhante? Seus cachinhos pareciam comidas e sua maquiagem, às suas brincadeiras de se tornar mulher quando pequenina. Meio misterioso. Igual ouvir o blixa cantar sabrina. I wish this would be your colour... Parece que você vai desaparecer no final.|||||||| Voltando aos aspiradores dementes, eles eram simpáticos até, articulavam-se de forma estranha, eram grosseiros e selvagens. Mas não tinham cabelos, nem aspirados HÁ! :P Apenas umas máquinas velhas, sem um lixão pra levá-las pro asilo das máquinas. Máquinas que dizem coisas que não se quer acreditar, pois a vida é tão bela!! HhahaHah tantas roupas, carros, televisões...Tanta esperança ;] Bom, no fim, elas derreteram e viraram ouro. Moedinhas de ouro. Que um homem às avistou no chão e foi logo trocar no Banco e após isso comprou uma casa muito grande e um carrro muito [F]útil. E as menininhas de vestidos de filó e chinelinhos de papéis continuaram a rodar, rodar, rodar e brincar esperando envelhecer pra enxergar. Enxergar. E se ALIMENTAR.
cristie, em dentesguardados, que, como sempre, linca pra nós.
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Julio Daio Borges
12/5/2006 às 09h43
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A Caixa de Confeitos
[Já foi dito que a Internet poderia afastar leitores. No entanto, seu livro foi lançado a partir de textos coletados do seu blog...] Acho que muito pelo contrário. A Internet serve de estímulo a leitura. O jovem nunca escreveu tanto quanto agora. Ainda que seja uma escrita de má qualidade, na linguagem esquisitíssima da Internet, mas está escrevendo mais, tentando criar mais. Você entra em flogs, blogs, sites pessoais e você encontra fotos, textinhos, poemas, isso disseminou de tal forma que realmente estimula o pessoal a criar e a ler. Se não fosse a Internet, acho que nunca teria tido contato com todos escritores ou conhecido as pessoas que conheci até agora. Minha experiência pessoal com a Internet é ótima, na verdade só me levou cada vez mais rumo à literatura e à criação. Não posso reclamar.
Leonardo de Moraes, um ragazzo di famiglia, em entrevista a Helder Moraes Miranda, no Resenhando.
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Julio Daio Borges
11/5/2006 às 11h31
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capinagem de cretinice
Mandei o livro pro editor há quase duas semanas, segurei umas 30 páginas comigo, mexi nelas quase todos os dias. Isso deve ser igual àquela compulsão que algumas pessoas têm de arrancar fios de cabelo da própria cabeça o tempo todo. Das 30 páginas que não mandei, depois de muitas delas arrancadas, sobraram menos da metade.(...) Além de mim, tive dois leitores, dois amigos leram os primeiros capítulos.(...) Minha cabeça está noutras coisas há umas duas semanas, já comecei a escrever outro livro. Eu achava que não ia escrever mais nada(...) depois do primeiro esforço. Mas não foi assim(...).
Cecília Giannetti, no escrevescreve, que linca pra nós.
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Julio Daio Borges
10/5/2006 às 19h05
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É a cabeça, irmão
(...) enquanto vocês estiverem lendo este texto, uma máquina terá perfurado o meu crânio em busca do "Outro". Uma junta militar de médicos, sob a minha orientação civil, foi encarregada de restabelecer a ordem no caos e a "vontade augusta de ordenar a criatura ao menos". Eu sempre cito Mário Faustino em tudo o que faço. "Tanta violência, mas tanta ternura."
O subversivo que vai ser banido não me fez guardador de rebanhos, não me saudou com uma nova metafísica, não me deu nada. Acenei com um Bandeira na mão: "Olá, iniludível". Mas devo passar (Lucas) pela "porta estreita". É o que diz uma máquina chamada PET Scan, que indica as regiões com maior metabolismo de glicose, que caracteriza tumores malignos. Nada de mal, só de mau. Então lá vou eu no tobogã.
Escrevo num quarto de hospital, onde pedi para instalarem um laptop. Nada tenho a fazer com doenças. Creio ser razoavelmente comum que as pessoas sintam alguma pena de si mesmas a partir do momento em que se olham no espelho sem procurar, a exemplo dos macacos, quem é aquele cara atrás do vidro. A imagem me foi soprada por Contardo Calligaris. "Aquilo é você" é a chave para entender o mundo. O resto é quase só perfumaria.(...)
Reinaldo Azevedo, em Primeira Leitura.
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Julio Daio Borges
9/5/2006 às 11h26
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um romance arriscado
Vivemos em um país do Terceiro Mundo, e assim a informação circula de maneira torta, e mesmo quando chega por aqui, chega como eco de alguma coisa que foi dita de modo mais claro antes e em outro lugar. Há problemas de emissão e recepção. Logo, há uma preferência em sempre comentar e traduzir os mesmos autores (porque assim se evita o risco do desconhecido), e quando há novidades elas chegam pela via do mercado, pelo fato de um grande número de exemplares terem sido vendidos nos países de origem. Não há Arno Schmidt, não há B.S. Johnson, não há Antoine Volodine, Tanguy Viel ou Stefan Themerson. Não há centenas.
Além disso, há o fato de que grande parte dos resenhistas e críticos da imprensa só lêem tradução dos livros. Logo, o julgamento se estabelece a partir de um universo restrito, feito pelas escolhas (nem sempre "literárias") das editoras. Assim, não se comenta nem se pensa os rumos da produção literária hoje, e se vive como se nada estivesse acontecendo ou acontecido nos últimos 70 anos. O que termina gerando uma avaliação empobrecida da produção literária brasileira feita hoje. O diálogo não é apenas com o passado, é sempre com um mesmo passado. Mas há Roberto Bolano, Thomas Pynchon e W.G. Sebald traduzidos. Nem tudo está perdido.
Marcelo Rezende, ex-Gazeta, ex-Cult, atual Bravo!, em entrevista a Elisa Andrade Buzzo, no Paralelos de Augusto Sales.
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Julio Daio Borges
8/5/2006 às 16h48
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Osesp, 22.04
De volta à sala de concerto pouco mais de um mês após o retorno da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo ao palco da Sala Julio Prestes. Parece pouco, mas não é. Soa corriqueiro, mas, mesmo assim, é preciso prestar atenção: a programação nunca esteve tão variada; os espetáculos continuam tão ou mais concorridos do que no ano passado, e o público, pelo menos os que freqüentam os concertos, parece saber disso. Como em poucas áreas, a música erudita está bem representada na cidade, com um número interessantíssimo de espetáculos. E, para o bem ou para o mal, a constatação chega até a imprensa. A edição de São Paulo da Veja já dedicou pelo menos duas edições a tratar do assunto. Nada mal, se se considerar que só agora é que entramos em maio...
No concerto do dia 22 de abril (há duas semanas, portanto), o público pôde comprovar a variedade e a qualidade da Osesp em obras não necessariamente conhecidas por parte dos ouvintes. Os nomes, apesar de tudo, possuem sonoridade. Leif Segerstam; Jean Sibelius; Einojuhani Rautavaara. Origem? Finlândia, país da aurora boreal, dos celulares e, para o espanto de muita gente, de boa música erudita.
A peça de abertura, Tapiola, foi de Jean Sibelius, compositor do início do século XX. Seu flerte com a música modernista é patente. Isso fica claro pela variação de estilos, ora um toque suave, ora em trechos fortes, com a participação todos os naipes e instrumentos. Desses, aliás, cabe destacar os violinos que ajudaram a formar um contraponto mais tradicional. Até aqui, nenhuma surpresa, a não ser pela figura falstafiana do maestro Leif Segerstam, cujos gestos e cumprimentos traziam à memória de alguns comentários irônicos.
Foi do maestro, a propósito, a peça seguinte: Sinfonia nº 149 . Definitivamente, a mais (pós) modernista de todas. Até mesmo o mais incauto dos ouvintes conseguiu notar os elementos que destacavam essa obra dos standards. A começar pela natureza da música. Concerto para tímpanos e piano. A percussão foi, então, o principal naipe desta peça, com direito a um martelo que mais lembrava o toque de um sino. Outro destaque? A peça não foi regida pelo maestro e compositor, apesar de sua presença. Ao final, no entanto, ele foi saudado com aplausos. Discretamente, é verdade, mas foi.
Após o intervalo, novamente Jean Sibelius, com a Sinfonia nº 7 em Dó maior, Op.105. Mesmo para os mais puristas e conservadores, as peças de Sibelius têm um atrativo. Pelo que se ouviu na Sala São Paulo, Sibelius prefere o encantamento e a leveza harmônica, características que são obtidas a partir dos violinos, das trompas e da introdução com flauta. Pode-se dizer que foi a peça mais rica e harmoniosa daquela tarde, e por extensão a mais original.
O experimentalismo esteve de volta na última peça do dia. Os presentes ouviram ao Cantus Articus, de Einojuhani Rautavaara, um concerto para pássaros e Orquestra. Talvez a experiência mais próxima que este repórter havia participado até então era a fase ecológica de Tom Jobim. No caso de Rautavaara, o que se ouviu foram os pássaros como contraponto às frases dos naipes de cordas e de metais. Se não foi marcante do ponto de vista sonoro, a peça tampouco chegou a "provocar" o público presente, que até mostrou simpatia e entusiasmo nos efusivos aplausos ao final do Concerto.
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Fabio Silvestre Cardoso
6/5/2006 às 15h00
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