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BLOG

Segunda-feira, 29/5/2006
Blog
Redação
 
Autora

Carol Custódio nasceu em 1978, em Salvador. Aprecia pimenta e coisas antigas. Reflete mais do que o tempo permitido. Gostaria de preferir não se meter, mas é quase impossível. Tem mania de ler trechos de livros para as pessoas e algumas gostam, a maioria não. Tem problemas em dizer não e seus ombros são largos. Todos os dias ela fica entre ilustrações, revisões de textos, traduções e alguma produção literária. Tem os ouvidos irritados e só funciona a partir das três da tarde. Prefere gatos. Odeia decidir e fechar sentidos.

Da Carol, claro, em seu As Cartas de Arena, que linca pra nós (de dentro da Selva, porque o Ernesto Diniz tem um projeto...).

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Postado por Julio Daio Borges
29/5/2006 às 09h23

 
Terror em São Paulo

Eu já saí mais cedo do emprego por causa de mortes, por causa de jogo do Brasil na Copa do Mundo, e agora por causa da violência. Pelo que entendo, para fins empregatícios, considera-se todos motivos legítimos, mas se eu quiser sair cedo para brincar com a minha filha não posso. Depois as pessoas me perguntam o que está errado no mundo.

cleciok, em seu blog, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
26/5/2006 às 08h48

 
O Brasil é um seresteiro

legenda

A Canção Brasileira é rodeada de conflitos e jogos do destino. Não se trata de dar um sentido metafórico e rotular a música nacional, tão diversa em sua concepção e, por isto mesmo, difícil de ser rotulada. Mas se trata de citar elementos da montagem do musical de mesmo nome. Escrito por Julio Iglesias e Miguel Santos, este musical foi encenado pela primeira vez em 1933, teve mais de 500 apresentações, número ousado para a época; e contou com o lendário Vicente Celestino e sua mulher, Gilda Abreu, no elenco.

A adaptação é de Maria Helena Martinez Corrêa, irmã de Luiz Antônio Martinez Corrêa, assassinado em 1987, diretor do bem sucedido Theatro Musical Brazileiro, espetáculo dividido em duas partes que visava resgatar a história do teatro musicado. Após encontrar o roteiro e indicações de atores que seu irmão pretendia reunir para a nova montagem do espetáculo, pouco depois de sua morte, Maria Helena entregou a direção da opereta a Paulo Betti, que já dirigiu mais de 15 peças teatrais, entre elas Feliz Ano Velho. Porém, até 1994, Maria Helena procurou as partituras da montagem original, de Henrique Vogeler, autor do primeiro samba canção brasileiro. Até que lhe foi doada por French Gomes da Costa, frequentador do antigo teatro musicado.

legenda

Entretenimento popular de qualidade, A Canção Brasileira é composta de quatorze atores, levou quatro anos para ser montada e se resume em uma opereta sobre a história de amor que envolveu o nascimento do samba-canção, historicamente contada de maneira didática. Com um figurino de deliciar os olhos, apresentado em vestidos de luxo que retratam fielmente a moda de outrora, possui o cenário de uma antiga ópera. Seu ponto de partida é o nascimento da canção brasileira, filha da Modinha e Lundu, um saudosista. Em meio à alta classe, recebe convidados ilustres como a Valsa de Viena, o Fado português e o Couplet francês, ritmos que prometiam influenciar o nascimento da nova canção.

Porém, na mesma noite, também recebem a visita de três personagens "mal-encarados": o violão, cavaquinho e flauta, encenados, respectivamente, pelos músicos Wladimir Pinheiro, Thiago Tomé e Janaína de Azevedo. Eles resolvem sequestrar a Canção para que seja criada no morro junto com o samba, que também acabara de nascer. Mas o futuro reserva surpresas e a ambição da Canção a levará a procurar novos horizontes e se afastar do amor dedicado do samba.

Apesar da estrutura encantadora, o que mais se destaca na peça são realmente seus atores. Eles cantam com primazia, dançam coreografias milimetradas, tocam instrumentos durante todo o espetáculo e realmente incorporam cada instrumento ou ritmo que representam. Carol Futuro chama a atenção no papel de Valsa, com biquinhos e ar infantil. Já Erom Cordeiro, na pele do Tango, fala um espanhol impecável e seus trejeitos argentinos são eficientes. O mesmo se pode dizer de Mariana Betti, que surpreende e passa de papéis meramente figurantes e sem falas até o meio da peça para aparecer em primeiro plano e encenar com perfeição a sedutora Charleston, com sotaque americano impagável.

legenda

José Mauro Brant recebe talvez o papel mais desafiador ao encenar o Fado e Mestre Coco, o estilista francês canastrão e caricatural que ganha a vida em terras nacionais. Mas quem rouba a cena é Édio Nunes, como o Moleque Tamborim, filho de criação de Mãe Cuíca e que tem três anos a menos que o samba. Sua atuação lembra a de Grande Otello e arranca gordas risadas do público. Rodrigo França não fica atrás no papel de Bombo. Mas o casal de protagonistas, o Samba, encenado por Wladimir Pinheiro, e a Canção, papel de Juliana Betti, representam com emoção cativante.

As canções que entonam e permeiam todo o espetáculo bebem em várias fontes e se configuram em adaptações dos maiores hits do samba-canção. O trio de músicos-atores é complementado pelo piano de Roberto Bahal, o violoncelo de Saulo Vignoli e clarineta de Vinicius de Carvalho. Há ainda no espetáculo a introdução de referências sobre a escravidão, o preconceito negro, o embate da elite e "o morro", a influência da cultura francesa e até uma pequena discussão sobre o estrangeirismo na língua portuguesa, veemente na época.

A opereta chega a São Paulo em curtíssima temporada no Sesc Santana, até dia 28 de maio, após temporada carioca em setembro do ano passado. Depois da direção de A Canção Brasileira, que se configurou em seu primeiro musical, Paulo Betti pretende aprofundar sua incursão no cinema nacional e levar o espetáculo para a tela grande. Vale a pena conferir e aguardar o filme.

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Postado por Marília Almeida
25/5/2006 às 15h00

 
Eu amo jornalismo

Acordo sonolenta, preocupada com tudo que tenho que fazer. Um pouco mais tarde do que gostaria.

Faço café. Tomo uma caneca, daquelas que deixam meu pai extremamente preocupado com o bom funcionamento dos meus órgãos vitais.

Computador ligado, abro a caixa de e-mails e me pré-desespero com o trabalho que tropeça em vez de andar.

Tomo mais café. Quando me dou conta, vejo que já sequei um bule inteiro.

Em poucas horas, percebo que estou esfuziante e com mãos ligeiramente trêmulas. Mais empolgada com o trabalho, pelo menos.

Almoço creme de legumes, "pra desintoxicar". O trabalho finalmente anda, e cafeinada no último, vou pro sofá ler um pouco.

Mais umas horinhas depois, e o trabalho engasgando voltando a andar, como uma colherzinha de doce de leite, pra liberar endorfinas. Tenho a impressão de acabei de reintoxicar tudo que eu desentoxiquei na hora do almoço.

O corpo humano é uma máquina maravilhosa. O que será que acontece se eu tomar um gole de conhaque?

Weronika, no seu A Dupla Vida.

[2 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
25/5/2006 às 10h29

 
From push to pull

Over the past decade, the mass media have been transformed by the digitization of content (text, voice, and video) and by new ways for customers to access, assemble, and distribute it through the Internet. Rather than waiting for media companies to push out their content, for instance, their customers increasingly pull it in at will. New media distribution businesses are breaking down the traditional channels' shelf space constraints, radically expanding the range of content available, and providing robust tools to help users search for it.(...)

On the production side, a vibrant "remix" culture has emerged thanks to the availability of widely affordable digital audio-editing tools, which make it possible for DJs in nightclubs and other music fans to pull in tracks from a variety of music sources and to recombine them. "Blogging" tools help users "publish" their own writings, music, or photographs, most often by pulling in content from a broad range of sources and creatively mixing and commenting on it.(...)

The McKinsey Quarterly, porque as empresas já estão percebendo que a internet está mudando tudo (as empresas de mídia, claro, nem sempre...).

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Postado por Julio Daio Borges
24/5/2006 às 18h35

 
As fases da vida

"Primero te ignoran, despues se ríen de tí, luego te atacan, entonces ganas."

Uma frase do Gandhi que às vezes eu gosto de citar (agora imagine em que fase está o Digestivo...).

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Postado por Julio Daio Borges
23/5/2006 às 18h45

 
Primeiro post

Não consegui parar de escrever. Me acostumei a ler, a ir ao cinema, ao restaurante, a viajar, sempre pensando em como depois explicar essas experiências em frases, em textos. Sentia falta - depois de sair do Digestivo - de algum lugar em que pudesse escrever sobre tudo. Esta é minha idéia aqui.

Eduardo Carvalho - sim, ele mesmo - no seu recém-inaugurado blog (porque hoje é aniversário do Edu...).

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Postado por Julio Daio Borges
22/5/2006 às 09h46

 
Microsoft's new brain

"Only 3.6 percent of that half-a-trillion [of annual worldwide advertising] today is being spent online (...), even though 20 percent of all media viewership - including instant messaging, et cetera - is online now. So just assume that 3.6 percent grows to match the media opportunity. We want to be part of as much of that 20 points as we can."

Ray Ozzie, o tal novo cérebro da Microsoft, explicando como a propaganda on-line ainda vai crescer...

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Postado por Julio Daio Borges
19/5/2006 às 16h21

 
A Web 2.0 Critique

People have real needs, real bottlenecks in their personal and business lives, real work needs to get done. Can't we get to it? I have real hopes that technology can actually make things better, and many of the apps I use everyday do that. But there is so much left to do.

Stowe Boyd, com alguns bons insights sobre o que ainda falta na Web 2.0...

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Postado por Julio Daio Borges
18/5/2006 às 16h16

 
Among the audience

"The era of mass media is giving way to one of personal and participatory media (...) That will profoundly change both the media industry and society as a whole(...)"

* * *

"The old media model was: there is one source of truth. The new media model is: there are multiple sources of truth, and we will sort it out(...)"

* * *

"We are entering an age of cultural richness and abundant choice that we've never seen before in history. Peer production is the most powerful industrial force of our time(...)"

The Economist, no dossiê sobre New Media (porque vale a pena citar de novo...)

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Postado por Julio Daio Borges
17/5/2006 às 16h01

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