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Sábado, 22/7/2006
Blog
Redação
 
Os festivais de inverno

Há pouco mais de cinco anos, as férias de julho de muita gente, especialmente estudantes universitários, serviam para participar do Festival de Inverno. Naquela época e por algumas décadas, a promotora do festival era a Universidade Federal de Minas Gerais, que, sediada em Belo Horizonte, levantava o astral das redondezas de Ouro Preto, levando cursos, shows, palestras e todo tipo de espetáculo, de rua, de arena ou de teatro fechado.

Faz um tempo que este festival saiu de Ouro Preto e migrou para Diamantina, também cidade histórica, há alguns anos dona do título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. No entanto, o grande público não parece ter ido para lá. O que sugerem as estatísticas dos últimos anos é que as pessoas continuaram indo para Ouro Preto, na ignorância de quem promove o quê.

De fato, que interesse isso tem? Raciocinando pragmaticamente, o fato é que qualquer instituição que promova o festival de inverno em Ouro Preto levará às ruas diversão e arte. Às vezes mais um do que outro, para tristeza de uns e alegria de tantos. Mas não interessa se é UFMG, UNI-BH ou UFOP (atual comandante), o negócio é o circo estar montado direitinho.

Diamantina tem o astral mais aliviado do que o de Ouro Preto. Quem conhece as duas cidades sabe do que estou falando. Ouro Preto tem mais clima. Diamantina tem mais alegria. Quando estive lá, tive a infelicidade de ver a cidade tomada por carros que tocavam axé no meio da praça. Não combinava, entendem?

Por que as pessoas continuam enchendo Ouro Preto? Outro fator importante: a distância. Para um belo-horizontino, é fácil pilotar por 1h30 para chegar a Ouro Preto, voltar no mesmo dia, nem precisa pagar pouso. Diamantina conta aí umas 4h de viagem por uma paisagem belíssima, ouvindo Zé Ramalho então, fica ótimo, mas não anima qualquer um, muito menos a ir e vir rapidinho.

Vou para Diamantina no domingo de manhã, dia 23. Na segunda-feira inicio a oficina Micro Poesia, que darei para fazer convergir minha produção com a de outros oficineiros. No final, teremos livros para circular em aparelhos de telefone celular, coisa que ando estudando. Quem quiser se aventurar, conhecer uma cidade histórica, ainda há vagas. Meu curso está nas oficinas de aprofundamento em artes poéticas. Quem quiser conhecer os Movilivres, é só ir aqui e no sítio da imaginação. Escreverei de Diamantina contando do festival.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
22/7/2006 às 02h12

 
The Eraser, de Thom Yorke

O novo álbum do Radiohead? Nem tanto. Embora seja possível dizer que The Eraser começa onde Kid A e Amnesiac terminam, falta a ele a dinâmica, o claro-escuro característico das melhores músicas do Radiohead. Em The Eraser, tudo é penumbra, quando não uma tormenta cinza-chumbo. E a criação das músicas em cima de piano, sintetizadores, baterias eletrônicas, sem grandes variações de andamento acentua a sensação de claustrofobia. A linguagem das falhas e defeitos, as pequenas sequências eletrônicas que viajam por trás das melodias, os ruídos e os backing vocals arrepiantes são a moldura perfeita para Yorke soltar seus lamentos. E as letras estão entre as melhores que ele já escreveu, bem menos enigmáticas do que as que ele têm cantado com o Radiohead desde OK Computer.

Guilherme Werneck, no Discofonia, que, agora, no Estadão, também é blog.

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Postado por Julio Daio Borges
21/7/2006 às 09h44

 
Memórias de Dois

Eu tinha só dez anos quando Dois foi lançado. Na quarta série primária, parecia mais óbvio gostar de Xuxa, Balão Mágico, essas coisas. Mas o fato é que tenho um tio apenas doze anos mais velho que eu. Em 1986, portanto, ele tinha 22. Idade perfeita para gostar de Legião Urbana.

Então, nessa tenra idade, por influência dele, com quem convivia de perto, eu já ouvia Lulu Santos, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana. Com o tempo, claro, fui apurando meus gostos, achando meus próprios ídolos musicais e criando uma identidade particular. Mas tem coisas que são tão fundamentais na vida da gente que ficam para sempre. E o gosto por Legião Urbana foi uma dessas coisas.

Me lembro que, aos dez anos, "Daniel na Cova dos Leões" era um grande enigma para minha compreensão. Aliás, muitas das canções desse disco só começaram a fazer sentido, anos depois, quando eu cheguei à pré-adolescência.

Mas a mais profunda lembrança que tenho desse disco é "Índios". Aquela música me emocionava todas as vezes que eu a ouvia (na verdade, ainda hoje me emociona). E eu, ainda menina, sabia por que. Era a "saudade que eu sinto de tudo o que ainda não vi".

Esse disco reverberou na minha vida por muitos e muitos anos. E talvez uma das provas concretas disso seja a repetição que dele há em minha coleção: fita K7 (gravada a partir do LP do meu tio), disco de vinil, CD avulso e, por fim, o CD que veio junto com a caixa Legião Urbana - 1984/1993, que contém todos os discos da banda lançados até então.

Dois foi o primeiro disco "adulto" do qual eu realmente gostei, e o primeiro que eu quis ter para mim: juntar mesada, ir à loja com trocados no bolso e pedir orgulhosa, para o vendedor, um vinil novinho em folha, só meu.

Uma das perdas da minha vida, lá pelos quinze anos, foi embalada por "Andrea Doria" ("tenho o que ficou e tenho sorte até demais"). As dores da adolescência pareciam ter tradução na voz de Renato Russo: "tenho andado distraído, impaciente e indeciso".

Quando decidi ter aulas de violão, logo quis aprender a tocar "Eduardo e Mônica", provavelmente a história de amor mais cantada dos anos 80. "Tempo Perdido", de tantas vezes ser repetida na rádio e cantada pelas rodas de violão, quase perdeu a graça para mim. Mas bastava deixar de ouvi-la por alguns dias para que ela voltasse, renovada, a ter a beleza lírica original. E o verso de que eu mais gosto ainda é "E a tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos". "Central do Brasil", sem letra, doía sem que eu soubesse por que. Depois, descobri que é dessas partidas e chegadas de que a vida é feita e refeita.

Legião Urbana tornou-se minha banda preferida e assim foi durante muito, muito tempo. Dois foi meu disco predileto durante anos. Ainda hoje, na verdade, ele me toca profundamente. Traz lembranças lindas e importantes. E, vinte anos depois, ainda mareja meus olhos e ajuda a entender como eu passei a gostar de música pop, porque comecei a ler poesia e como parte da ingenuidade da infância ainda mora dentro da mulher em que me transformei. "É saudade, então".

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Postado por Renata de Albuquerque
20/7/2006 às 12h48

 
Raul Cortez no YouTube


Raul Cortez by Paffaro (fonte: Fabricarica)

Como todo mundo sabe, não gosto de novelas, mas quis prestar uma pequena homenagem ao Raul Cortez. Infelizmente, dele, no YouTube, so' encontrei as participações em Mulheres de Areia. Aqui vai a cena, aparentemente, mais longa. O mais interessante seria colocar aquele monólogo do pai em Lavoura Arcaica. Ou, então, suas narrações em off n'Os Maias (para mim, um de seus melhores trabalhos). (P.S. - Apenas para completar os links: xinguei-o uma vez, num dos primeiros "Digestivos", depois de vê-lo nu em Rei Lear...)

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Postado por Julio Daio Borges
20/7/2006 às 09h56

 
Literatura universal do Sul

Um escritor de ideais regionalistas, mas com temática universal, não pode ficar confinado em sua terra natal por muito tempo. Charles Kiefer, no entanto, resistiu quase três décadas nos pampas gaúchos - 30 livros e 3 Prêmios Jabutis - até sucumbir à Editora Record, que vai relançar toda sua produção literária em escala nacional. É a primeira oportunidade para o leitor do centro e norte do Brasil se aproximar com mais intimidade do autor, que com a intenção de preservar os detalhes do Sul, produziu uma coleção onipresente sobre o drama humano.

Ao lado de Quem faz Gemer a Terra (romance de 1991 sobre as questões agrárias do MST), a Record acaba de colocar no mercado Logo Tu Repousarás Também, uma coletânea de 14 contos independentes, que carregam narrativas curtas, porém densas, tecidas com linguagem simples e sugestiva. O mais difícil na construção de um drama - chocar sem ser fatalista ou comover sem forçar a barra -, Kiefer cria com naturalidade em enredos demasiadamente humanos. Em outras palavras, não é difícil encontrar a natureza interior que nos assola travestida nos seus personagens. O clima do livro confere uma face aterrorizante à banalidade, levada ao extremo nas histórias pelo neo-realismo literário do autor.

Um dos trechos mais intensos da coletânea se encontra em "O Boneco de Neve". O conto deixa no ar a incômoda sensação de que os cenários angelicais também não estão livres das tragédias: "No meio da tarde, sob um céu carregado de nuvens baixas e cinzentas, ele nos convenceu a cobri-lo, a transformá-lo num autêntico boneco de neve. Excitados, eu, Maneco, Juca e João Carlos, todos meninos, todos inocentes, e incendiados todos pela branca irresponsabilidade da infância, cobrimos primeiro suas pernas, e depois o seu tronco. Não recordo em que momento percebemos que ele não respirava mais."

Kiefer dá prioridade ao universo psicológico dos personagens, exposto nas entrelinhas de diálogos e pensamentos, em detrimento das frias descrições, deixadas em segundo plano. Em diferentes cenários e sob várias vozes narrativas, os contos carregam ora o peso da fatalidade cotidiana, ora da tranqüilidade enfadonha. É assim em Medo, quando um taxista, ex-torturador da Polícia Militar, percebe que seu passageiro é também seu ex-torturado. E o conflito desse reencontro inesperado se exterioriza pelos reflexos do espelho. "Pelo retrovisor, vi seus olhos verdes, tensos, quase suplicantes, como que em busca de um registro, um detalhe que conectasse a voz que o angustiara a um rosto, a um episódio".

Na economia descritiva, o leitor identifica com rapidez o mundo antagônico dos personagens, como no conto "Belino", em que um policial rodoviário chora em público, com o revólver na mão, pela morte de seu passarinho congelado de frio, graças ao esquecimento de um subordinado. Quando a indiferença dos colegas se choca com o intenso sofrimento do guarda, Kiefer confronta universos psicológicos bilaterais. "Que horror, pensei, o velho deu alpiste ao canário por mais de uma década, e deu água. E limpou a gaiola, todos os dias (...) Meu Deus, a vida num posto da Polícia Rodoviária Federal é a coisa mais monótona do mundo".

Em outros momentos, elementos fantásticos se misturam ao realismo, como nos contos "Lídia e o Rabino" e "Rosa Rosarum". Este último é uma tentativa de reconstruir as origens da "Biblioteca de Babel", conto universal do argentino Jorge Luis Borges - um verdadeiro quebra-cabeça literário. Aliás, Kiefer não esconde a admiração pelos autores que mais influenciam sua obra, entre eles Franz Kafka, Anton Tchekov, além do próprio Borges. Inclusive um dos contos do livro, "Insônia", traz como personagem ninguém menos que Tchekov, na pele de Antocha Tchekonté.

Ainda que Kiefer faça questão de preservar seu patrimônio regional na literatura, como a ideologia agrária dos gaúchos e o uso do "tu" em todos os textos, já estava na hora de apresentar, com projeção nacional, o rigor narrativo desse descendente de alemães, nascido em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, Três de Maio. Embora desconhecido na maior parte do território brasileiro, não se pode dizer que a visibilidade com a Record vai colocá-lo no time das revelações, hoje ocupado por uma leva de novos autores. Kiefer pertence a uma categoria bem mais segmentada. Mais precisamente, a dos veteranos regionais em expansão.

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Postado por Tais Laporta
19/7/2006 às 21h52

 
Wear Sunscreen

Coisas boas, outras nem tanto. Uma pitada de seriedade de vez em quando. Muita coisa para se refletir, um toque de sentimentalismo. Coisas sérias, coisas bregas, coisas sem consistência, coisas sem intenção. Enfim, coisas escritas por mim ou não.

Luiz, no seu blog, que eu acabei de descobrir.

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Postado por Julio Daio Borges
19/7/2006 à 00h18

 
Teerã Fashion Week

Na mesma semana em que os brasileiros da moda acompanham a 21ª edição da São Paulo Fashion Week, um evento de moda islamita faz seu début em Teerã, capital do Irã. As semelhanças entre os desfiles, porém, ficam só no fato de que as modelos caminham em uma passarela vestindo modelos criados por estilistas.

As diferenças começam pelos organizadores que, no caso da república islamita, são as forças policiais. Com duração de dez dias, a feira tem o apoio de autoridades religiosas, do ministério do comércio e da corporação estatal de transmissão para a TV. A lista de exigências do casting também deve ser outra, bem mais relaxada, já que o único traço humano visto no palco é o rosto das modelos. De algumas, só os olhos. Além disso, na fashion week iraniana não há nenhum Reinaldo Lourenço, e homens não desfilam.

Por baixo da hijab, a vestimenta que cobre todo o corpo e a cabeça, as modelos iranianas são mais livres que as brasileiras que desfilam em São Paulo. Estrias, celulites e os quilinhos extras que as nossas tops tiveram que queimar nas últimas semanas passam despercebidos embalados em tanto tecido.

A iniciativa, segundo a organização, surgiu da necessidade de combater a influência ocidental nas vestimentas das mulheres - principalmente as mais jovens - e mostrar que elas podem se vestir com estilo sem desrespeitar "os bons costumes e a modéstia". A tendência de usar roupas cada vez mais justas e véus que deixam à mostra os cabelos, agora com penteados mais ousados, vem assustando o governo.

A lei iraniana obriga as mulheres a vestir a hijab, incluindo o véu que cobre a cabeça, deixando só o rosto à mostra. Segundo o Corão, mais importante fonte de jurisprudência do Islã, é recomendável que homens e mulheres se vistam com modéstia, para não serem vistos como objetos sexuais. Mas cada país define o que a mulher pode ou não usar, e qual é a punição para quem descumprir a ordem.

Com um desfile de moda, a polícia do Irã tenta contra-atacar a invasão da cultura européia, que chega ao país pela televisão, e manter os costumes islâmicos em alta entre os jovens. Para decorar, uma exposição paralela de citações exaltando as virtudes da hijab. Uma delas é atribuída ao próprio profeta Maomé:

"Qualquer mulher com fé em Alá e no dia da ressurreição não exporá seus adornos para qualquer homem que não seu marido. Qualquer mulher que faça essas coisas para alguém que não seu marido traiu sua fé e provocou a ira de Deus."

A estratégia, porém, parece que ainda precisa de muito mais recursos para convencer as jovens. A estudante Shakoofeh, de 19 anos, estava na platéia apenas como curiosa, e não como consumidora. Para ela, pouco importa o modelo ou a cor da vestimenta. "Eu nem usaria a hijab se não fosse pela lei."

Texto publicado por Bob Fernandes no Terra Magazine

(Créditos da imagem: Caren Firouz/Reuters)

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Postado por Luis Eduardo Matta
18/7/2006 às 14h16

 
Os Mutantes são demais

Oba, oba, she's my shoo shoo.

[2 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
18/7/2006 à 00h56

 
O Chico Buarque do Rock

Vidas interrompidas são vidas eternas, são vidas pela metade, são vidas com afazeres, promessas não cumpridas mas gravadas no imaginário de cada fã. Vidas de artistas, quando interrompidas, não interrompem a arte, multiplicam-na; a metade que lhes falta é preenchida pelo mito. E este parece ser o caso de Renato Russo.

Muitos de vocês lerão aqui no site sobre os 20 anos do segundo disco do Legião Urbana, Dois, e, de certo, muitos adjetivos, superlativos, lembranças e saudades desfilarão por estas páginas. Mas quero ficar com uma definição corajosa e precisa feita por Nelson Motta em seu livro Noites tropicais: "Renato Russo é o Chico Buarque do rock brasileiro".

Nossa geração, nascida entre os anos 70 e 80, talvez considere a comparação um disparate, enquanto a geração de nossos pais - e especialmente as nossas mães - pode considerá-la uma heresia (com o Chico). Mas não se trata de escolher um degrau mais alto em um pódio imaginário para um ou outro: quando Nelson Motta coloca em linha Chico e Renato está olhando por trás da música, por trás da voz, por trás da personalidade, por trás das polêmicas; está lendo a letra.

Para mim, Renato Russo é acima de tudo um grande letrista. Não cheguei a ver nenhum de seus shows, não convivi com o Renato homem, apenas o Renato mito, já falecido. Portanto não posso falar do artista. Menos ainda gosto da origem punk, e talvez por isso o Acústico póstumo me soou tão bem ("Teatro dos Vampiros", a sete, é fantástica). E a prova de que as letras sobreviveram ao compositor é que hoje ela está eternizada em milhões de páginas da internet, milhares de agendas escolares, estampadas em camisetas e regravadas pelos novos nomes da MPB. Sobreviveram ao próprio artista, ao contexto político em que foram escritas, à geração que outrora foi adolescente e hoje não encontra quem tão bem descreva suas angústias como o fez aquele poeta dos anos 80.

Só que Chico - e sua geração - lutava(m) por uma causa concreta, o país bem ou mal se democratizou e aqueles que estavam ao seu lado hoje estão no poder. Renato já era filho da ditadura combatida por Chico, natural da capital de concreto, a causa dele já não era tão clara, seus gritos já não tinham tanta certeza. Morreu, deixou-se morrer e levar pelo vício, pelo vírus, como não poderia deixar de ser. Mas tendo interrompido sua carreira e suas promessas, fica uma angústia desesperada por saber o que teria feito Renato na idade dos cabelos brancos.

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.


Vinte anos e a gente ainda sabe a letra inteira. E isso num mercado de sucessos-relâmpago, celebridades fugazes, hits descartáveis. Vinte anos e, "quase sem querer", o poeta dos anos 80 atravessou o milênio e encanta (também) a geração dos filhos de Eduardo e Mônica.

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Postado por Marcelo Spalding
17/7/2006 às 13h44

 
Blog do Reinaldo Azevedo

O que se vai ler aqui? Tudo o que se lia em Primeira Leitura e um pouco mais. Estou como Brás Cubas, de Machado. Morri e agora estou mais solto. Vão ter de me agüentar opinando também sobre literatura, cinema, culinária, futebol e furacões. Qual o tempo das atualizações? A qualquer hora do dia ou da noite, num intervalo qualquer entre o diazepan e um discurso do Lula.

Reinaldo Azevedo, em seu blog.

[3 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
17/7/2006 à 00h45

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