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Terça-feira, 12/9/2006 Onde vamos parar com o lixo? Julio Daio Borges Dias atrás estava conversando com um amigo meu de São Paulo, músico também. E dizia para ele da minha tristeza com relação à qualidade do que se toca na maioria das rádios brasileiras hoje em dia. O sentimento que tenho certamente é compartilhado por milhares de brasileiros que gostariam de não estar vendo o que aconteceu com os canais de TVs, rádios, jornais e revistas que abriram de forma escancarada as oportunidades para a divulgação, venda e apoio ao que está no mercado hoje. Por outro lado temos as gravadoras que se renderam ao mercantilismo, ao lucro desvairado e imediato, e passaram a jogar no mercado enchuradas e mais enchuradas de uma coisa que chamam de música, com letras chulas, muitas vezes com palavras de baixo nível e muito mais. Entre um acordo espúrio aqui e outro ali, estamos sendo obrigados a assistir a este triste capítulo da nossa história musical, num país de Chiquinha Gonzaga, de Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola, Caymmi, Elis, Guinga, Aldir Blanc, Paulinho da Viola, João Gilberto... e por aí vai. Nossos melhores frutos musicais, e cito aqui pessoas de gerações passadas e dessa nova geração, como Guinga, estão à margem das gravadoras e produtoras musicais, rádios, TVs, revistas e jornais, sites de música, blogs, etc. e tal. Onde vamos parar com tanto lixo? O que será das gerações que hoje escutam "calcinhas pretas" e "calipsos" por todos os lados? Que tipo de formação cultural essas pessoas terão? Como será a nossa música daqui há 30 anos? Da Ava Araujo, que divulga compositores novos e que nos convida a conhecer seu blog... Julio Daio Borges |
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