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Segunda-feira, 13/11/2006
Entrevista pra que te quero
Elisa Andrade Buzzo

"Fui educado que o centro é o lugar privilegiado da cidade, onde você encontra tudo. Eu não entendo colegas que vão para bairros distantes e esquecem que quem trabalha com eles às vezes não tem carro. As empresas que mudaram para bairros nobres deslocaram seu trabalhador. Faz parte da ideologia dessa classe dominante maligna."
Paulo Mendes da Rocha, arquiteto, em entrevista à Laura Artigas Forti na revista Simples (nš 38, setembro de 2006)

"No caso de uma comparação entre São Paulo e Nova York, as duas maiores cidades dos seus respectivos países, a sociologia da violência é diferente, mas a raiz é semelhante: vem da pobreza, do tráfico de drogas e da corrupção. A diferença é que os níveis dessas raízes, em São Paulo, e no Brasil em geral, são muito maiores do que o nível de pobreza e de corrupção nos Estados Unidos."
Fernanda Santos, "primeira repórter brasileira a trabalhar no New York Times, como contratada", em entrevista a Marcos Augusto Ferreira na revista Idéia (nš 31, julho/agosto de 2006)

"O excesso de imagens faz com que você edite mais o que absorve. Isso cria uma dinâmica de visão, em que não apenas a percepção é importante, mas também a atenção e um certo discernimento visual. As pessoas se preocupam não só com o que estão vendo, mas com o que não estão vendo. Ver, hoje, consiste tanto em ver como em ignorar o visual que está em volta de você."
Vik Muniz, fotógrafo, em entrevista a Tania Menai na revista V (nš 20, setembro/outubro de 2006)

"São Paulo me cansou, apesar de gostar da cidade e ter muitos amigos lá. Sou gaúcha, de Pelotas, mas morei em outros lugares, fiz faculdade de jornalismo em Porto Alegre... Andar pelo mundo divertindo gente já era um projeto. Passei temporadas fora, duas vezes na Escócia, duas na Alemanha, uma no Japão, na Dinamarca, aprendendo tudo o que podia. Lavei prato, trabalhei em mercadinhos, fiz estágio em jornal. Viajei de carona pro Chile, dormi em posto de gasolina. Em São Paulo, era muito trabalho sempre. Eu me matava trabalhando pra quê? Pra comer o melhor hambúrguer do Brasil no fim de semana?"
Angélica Freitas, poeta e jornalista, em entrevista à Ana Rüsche, no site Palavras e Lugares (2006)

Elisa Andrade Buzzo
13/11/2006 às 13h10

 

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