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Quinta-feira, 7/12/2006
Meus segredos (im)publicáveis
Julio Daio Borges

Eu lia quadrinhos eróticos escondida no banheiro do colégio na 5ª série. Eu e duas amigas corríamos pro banheiro pra ler os quadrinhos em paz. E como ficávamos "trocando informações" durante a leitura, criou-se o boato de que éramos lésbicas. Pena que eu saí do colégio naquele mesmo ano.

* * *

Eu sempre choro com o programa Extreme Make Over Reconstrução Total. (Vê se esse não é um segredo bombástico? Admitir isso não é pra qualquer um não! Hahaha.) Esse programa é um horror. Eu não choro, simplesmente. Eu me acabo de chorar. De ficar com olho inchado e tal. Sensibilidade à flor da pele. Mas adoro, adoro. É um programa do bem, mesmo.

* * *

Eu sorrio pros animais na rua. Não, não é um sorriso pela fofura deles, ou algo assim. Eu sorrio pra eles, meio que cumprimentando, mesmo. Já pros donos, eu nem olho.

* * *

Eu não falo palavrão. Não é que eu não queira falar, é que eu não consigo, é meio que um bloqueio.

* * *

Eu já invadi webmail alheio. De descobrir senha e fuxicar, mesmo. Acompanhar e-mails por semanas, meses, e descobrir muitas coisas. Não me orgulho nem um pouco disso, hoje não faço mais.

* * *

Eu já matei um cachorro. De susto. Literalmente. Eu tinha três anos, era noite e eu "vesti" um lençol e fui pro quintal da minha vó. Não sei se foi coincidência ou se aquele era um cachorro sensível que tinha medo de fantasmas. O fato é que o pobre teve um treco ali mesmo. Na hora. Tipo infarto fulminante.

B., do Meio amarga, mas sorri, que linca pra nós (porque... você tem segredos (im)publicáveis também?).

Julio Daio Borges
7/12/2006 à 00h00

 

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