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Segunda-feira, 15/1/2007
Os prédios mais feios de SP
Julio Daio Borges

Prédio da Daslu, na marginal Pinheiros Prédio Villa Europa, na marginal Pinheiros Prédio na Vila Nova Conceição Plaza Iguatemi, na Faria Lima

A Folha promoveu uma enquete entre arquitetos para saber quais seriam os prédios mais feios de São Paulo. Não houve unanimidade; no máximo, menções esparsas a coisas como a loja da Daslu, o prédio da Dacon e até o Edifício Martinelli.

É que a quantidade de coisas feias em São Paulo é tão grande, que qualquer escolha pode perfeitamente ser a melhor. Naturalmente, critérios estéticos e ideológicos se misturaram bastante nessa lista.

O edifício Martinelli, tanto quanto o prédio da Daslu, foram criticados pelo que significam de arrivismo das nossas "elites", imaginando um luxo europeu no que é puro esbanjamento subdesenvolvido. Mas é claro que, fora desse ataque a prédios luxuosos, muito mais coisa poderia ser apontada.

A Igreja "Deus é Amor", que mereceu um voto também, é muito mais feia, claro, do que o prédio da Dacon.

Mas eu citaria ainda aquele prédio preto do Unibanco, na Marginal do Pinheiros; o conjunto de edifícios chamado "Place des Vosges", no Morumbi; o hospital da saúde da mulher, na avenida Doutor Arnaldo; o edifício Viadutos (acho que é esse o nome), quase em frente à Câmara Municipal - um estafermo de Artacho Jurado que bloqueia completamente o horizonte de quem está na avenida São Luís em direção à rua Augusta; o Hotel Renaissance, de Ruy Ohtake, com suas listas pretas e vermelhas, na alameda Santos.

Menção especial, porque não é prédio, merece a marquise do premiado Paulo Mendes da Rocha na Praça do Patriarca, uma intrusão desproporcional e chatíssima no lugar.

Ainda nos ícones da arquitetura paulistana sempre elogiados pelos especialistas, acharia muito estranho se dissessem que o famoso edifício Esther, na praça da República, é bonito... E o consagrado edifício Louveira, de Villa Nova Artigas, na praça Villaboim, tem uma combinação de cores bastante infeliz, e quem está na rua vê uma parede inteira de fundos de cozinha e área de serviço envidraçada. Ah, mas vá falar mal...

Não esqueço das janelas do prédio do Sesc Pompéia, de Lina Bo Bardi, e, claro, do prédio da Folha, na Barão de Limeira... casa de ferreiro, espeto de pau.

Marcelo Coelho, em seu blog (porque eu nunca citei, porque, dia 10, foi aniversário dele, e porque nós poderíamos lançar um concurso...)

Julio Daio Borges
15/1/2007 às 16h36

 

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