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Terça-feira, 27/3/2007 Galera sobre o jornal de papel Julio Daio Borges Peguei o que sobrou do jornal e comecei a folhear. A mesma coisa de sempre. A cada três dias, as notícias se repetem. Dólar subiu ou desceu, o país fez um empréstimo internacional pra tranqüilizar investidores, alguém foi assassinado, um grave acidente de carro nas estradas, cientistas especulam que algo poderá ser a cura de alguma doença, tal coisa causa câncer, algum time de futebol ganhou de outro, e tudo continua na mesma. Eu conseguia pensar em dezenas de coisas mais relevantes que aquelas.(...) Peguei outro caderno do jornal. Classificados. Carros. Lixo. Informática. Lixo. Imóveis. Lixo. Empregos.(...) Anotei os contatos e atirei o jornal no lixo. O personagem de Daniel Galera, nas páginas 40 e 41 da nova edição de Até o dia em que o cão morreu (porque, desde 2003, o jornalismo em papel só conseguiu piorar...) Julio Daio Borges |
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