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Terça-feira, 27/3/2007 Mídia estatal independente? Ram Rajagopal Depois de garantir que a televisão estatal que irá criar - a mando do cheffinho - será independente, Franklin Martins garante também que o governo irá providenciar um Papai Noel idôneo, socialista, abortista e a favor das minorias. Não precisamos fingir que nossos governantes são bobos ou atrasados. Enquanto no mundo inteiro as tevês públicas se estabelecem com dinheiro de doação dos telespectadores, e com comando independente do governo, no Brasil começamos uma verdadeira operação KGB-TV. Será que é por anacronismo? Claro que não. É leviandade do cheffinho, e do seu servidor número um, sr. Martins, e dos deputados e senadores que irão ganhar o seu com mais este sumidoro de imposto. A televisão estatal, assim como a Rádio MEC, são ótimos lugares para pendurar familiares, amigos e terceiros aos quais foram prometidos alguma participação financeira no poder. São também uma oportunidade para nossos governantes brincarem de Big Brother Brasil, especialmente os atuais membros das gangues de 64, que parecem ainda querer (re)viver uma Perestroika daqui a um século... Por estas e por outras é que fica claro porque a rádio pública que ouço aqui nos EUA, a NPR, ou a rádio pública do Canadá, dá de um milhão a zero na infâme Rádio MEC, com sua irrisória audiência custeada a dinheiro de impostos. Mesmo os programas de música clássica são incomparáveis. Afinal, rádio pública no mundo de verdade quer dizer: "patrocinada pelo telespectador através de doações diretas". No mundo de fantasia verde-amarelo quer dizer: "tirado do bolso do contribuinte e dado para quem o Deus da Burocracia escolher". Se você ainda defende a Rádio MEC, sustente-a com sua contribuição pessoal. Se você quer acreditar no Papai Noel e no Franklin Martins, gaste o seu 13º neles. Mas deixe nós, o restante dos 180 milhões, em paz. Ninguém precisa sustentar as ideologias e amizades de ninguém. E muito menos programações pseudo-elitizadas, propostas por intelecotecos, de baixa qualidade, e imaginação zero - ou alguém acha que a TV Martins será melhor que Rádio MEC? No caso das rádios públicas, em São Paulo, a Rádio Cultura é um exemplo de sucesso. E pelo que soube de pessoas lá de dentro, boa parte da operação é custeada por patrocínio privado (uma reviravolta recente)! Ou seja, quem quer, faz e consegue... P.S.: As opiniões expressas neste post são exclusivas do autor desta. Aviso caso o Martins mande a polícia vermelha para cima do Digestivo... Ram Rajagopal |
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