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Quinta-feira, 28/6/2007
Você me faz escrever melhor
Julio Daio Borges

Logo que você começou a conversar comigo sem qualquer motivo e com aquela sobriedade assustadora, seu humor pontiagudo e inteligente, baby, percebi que eu estava frito. Frito e tostado. (Rindo assim você vai engasgar. É melhor parar com isso e me beijar logo.) Gosto até, vá lá, quando você recebe a Pomba "Bruce Dickinson" Gira. Cada vez que conversamos é como se eu acabasse de ler uma biblioteca inteira e ainda tivesse bebido algumas doses daquele nosso uísque de fim de noite. Você me deixa bem alto e um tanto alucinado. Escrevo na tentativa de fazer durar a beleza que você consegue criar naturalmente. Se você é fugidia e eu, objetivo, isso significa que o nosso encontro faz o chão tremer. Tipo Daileon contra Satan Goss, com jorros de lava falsa e tudo. Com isso eu escrevo melhor. Peraí, sei que pareço durão, mas estou tentando fazer uma declaração de amor. Com você eu escrevo melhor mesmo. E escrever melhor é ser mais direto com as palavras. Sem atalhos, pois você colocou explosivos em todos eles. Gosto quando você não tem medo de ir a fundo em tudo que diz respeito a nós. Não há qualquer palavra excessiva nessa sua volúpia de dizer com calma. Como você faz isso? Frescuras vão a pique enquanto olhamos o movimento das folhas pelo chão nesse frio maldito e vivemos a nossa tempestade de verão como crianças enlameadas com joelhos ralados. Para quem mais eu poderia me declarar assim e saber que sou compreendido: - Você me faz escrever melhor, garota.

João Paulo Freitas, no Outro.blog, que linca pra nós.

Julio Daio Borges
28/6/2007 à 00h27

 

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