Quinta-feira, 21/6/2007
Soneto Psicose
Yuri Vieira
Posto aqui este meu soneto apenas porque, semanas atrás, revi sua musa inspiradora. (Muito bem casada por sinal.) Ele também está no site Sonetos.com.br. Poste lá o seu.
Soneto Psicose
Tranqüilo estava a tomar um bom banho
Quando por trás da cortina do boxe
Surgiu um vulto brandindo faca inox
Que me deu um susto sem ter mais tamanho.
Rasgando a cortina às estocadas
Assomou-se a minhas pobres retinas
Uma mulher com os ares das meninas
Que anelamos sob luas danadas.
Nua, abandonou a faca e fitou-me:
"Cá estarei até abrir-te o coração..."
E achegando-se, sorriu e beijou-me.
Mas após amá-la com toda a arte
Ela se foi, ao não ouvir, em confissão,
Meu amor qu'estava em toda parte.
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(Brasília, 1995.)
Yuri Vieira
21/6/2007 às 21h52
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