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Segunda-feira, 19/11/2007
Poeta e professor
Julio Daio Borges

Cada poeta é um mundo. Eu queria me dedicar profissionalmente à literatura. Estava fascinado com a história da literatura, com os grandes autores do programa, como dizem os franceses. Tentei fazer mestrado na USP e a burocracia então não me permitiu. Fui rejeitado como estudante nas duas universidades nas quais dei aulas, a UNAM, no México, e a USP aqui. Mas depois elas me contrataram como professor. Vá entender-se a burocracia ibérica. É impossível.

Creio ser um bom professor. Me esforço bastante e ganho bem mal. Também creio ser um bom poeta. Ça arrive.

Em resumo, creio que para escrever a poesia que eu escrevo, estudar em Yale, na New York University, grandes instituições de ensino, foi importantíssimo. Mas não há regras. Um poeta pode também estar fascinado pela literatura, pela arte, como eu estive, e não necessitar dessa exposição organizada ao acervo da cultura.

Horácio Costa, que eu descobri na Fliporto, em entrevista.

Julio Daio Borges
19/11/2007 à 00h46

 

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