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Quinta-feira, 6/3/2008
A loucura por Hilda Hilst
Julio Daio Borges

(...)É horrível ser louco. Meu pai foi esquizofrênico paranóico e ele sofreu muito. As pessoas fantasiam muito com a loucura, ficam imaginando só um lado poético, genial de ser louco. Mas não é só isso. Padecer de loucura é terrivelmente doloroso. E não sei até onde a loucura garante a boa qualidade da sensibilidade ou percepção de alguém. O mundo teve loucos geniais, Nietszche, Nijinsky, tantos outros. Mas teve os horríveis. Hitler também tinha uma sensibilidade diferente do convencional, mas era um carniceiro monstruoso. E também deve ter muito louco chato, maluco mesmo, como acontece com [quase] todo o mundo.

Trecho de Hilda Hilst, no Scream & Yell, via Love, love, my season.

Julio Daio Borges
6/3/2008 à 00h59

 

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