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Segunda-feira, 14/4/2008
Sobre o fim do velho ensino
Julio Daio Borges

Os estudantes vão formar grupos de interesse e discutir coisas. Alunos com o uso da Internet sabem muito mais que o professor. O que vai acontecer? Eles é que vão determinar o que devem aprender. Cada vez mais professores vão dizer: "A próxima aula é sobre o assunto tal. Vocês preparem e dêem para o resto da classe." O professor simplesmente comenta, complementa etc. Não corrige. Henry Chesbrough, que leciona em Berkeley, é um gênio. Ele ensina da seguinte maneira. "Hoje vamos aprender sobre a IBM. O que vocês sabem sobre ela?" E vai anotando tudo no quadro. Daqui a pouco ele agrega uma ou outra coisa. Ao final, os alunos prepararam toda a aula. É sensacional.

* * *

Deixem os alunos decidirem o que eles precisam. Olhe para a sua própria carreira. Antigamente as pessoas ficavam vinte anos em uma empresa. As companhias possuíam uma estrutura verticalizada. Hoje as pessoas pulam de um departamento para outro. O treinamento do aluno dentro de uma universidade precisa ser interdisciplinar. Quanto mais coisas diferentes aprender, melhor. Seria muito bom se a Poli tivesse cursos de comunicação e de artes, por exemplo.

* * *

Sempre diversifique o seu conhecimento. Sempre aprenda muito. Vá a palestras que não têm nada a ver com a sua carreira e então você realmente verá se é isso que você quer. Descubra a Arquitetura, a Psicologia, a Filosofia... Comece a entender que redes sociais, blogs, wikis, etc. são a tecnologia do futuro. Quase todos os alunos já estão familiarizados com elas. Possuem perfis. Estão conectados. É preciso saber entender as outras pessoas. Conheça pessoas diferentes e saiba o quanto nós podemos aprender com elas.

Jean Paul Jacob, no Offline, que acaba de começar.

Julio Daio Borges
14/4/2008 à 00h11

 

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