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Terça-feira, 1/7/2008 Mulheres de A a Zezé Adriana Baggio Alice, a pedófila. Belinha, parricida. Carlota, sofre de crise de abstinência de café, eu sei como é, é horrível. Diana, a caçadora ninfomaníaca. Elisa, a namorada perfeita. Fátima Aparecida, bêbada, encontrou Jesus e depois O perdeu. Francisca, assassina. Guiomar, não lava, não passa e não cozinha, mas faz amor que é uma beleza. Helena, a mentirosa, nunca poderia estar em uma novela de Manoel Carlos. Heloisa, pecadora. Jessica, mulher do Raimundo, era feia de rosto e boa vocês sabem do quê. Joana, morreu queimada no fogo de um orgasmo. Julie Lacroix, Salete Silva de registro, escritora, inteligente, morre de medo de morrer. Karin, a gringa generosa. Laurinha, cruelmente assassinada e igualmente vingada. Lavínia, suicida. Luíza, artista que pinta pintos. Marta, a golpista. Miriam, recusa e renúncia. Nora Rubi, cleptomaníaca, abduzida para a prisão. Olívia, a matadora de aluguel. Raimundinha, a cega. Selma, a enfermeira com que todo homem fantasia. Dona Teresa, viúva triste. Xânia, colega de Olívia, e Zezé, que se vira com o que a vida lhe dá e assim consegue o quer. E também tem Ela, que cita Nietzsche na cama. Ela e outras mulheres (Companhia das Lestras, 2006, 169 p.) réune 27 contos breves de Rubem Fonseca, naquele estilo dele que você já conhece. Algozes ou vítimas e rodeadas de palavrões, elas se envolvem em situações de sexo, morte e outras sacanagens da vida. Eu adorei a Alice e a Nora Rubi. E você, qual escolheria? Adriana Baggio |
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