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Quinta-feira, 30/10/2008 Jabor sobre Obama Julio Daio Borges Obama é preto. Liberal. Culto. Com nome de muçulmano. Obama é tudo que a América nunca quis e que parece querer agora. Outros democratas já foram reformistas, como os Kennedys, assassinados... O Clinton, mas... Brancos de elite. Obama não é importante como novo presidente apenas, ele será a maior virada da história americana: a América se auto-criticando, aceitando o rejeitado histórico, o negro cuspido, o solitário que não representa corporações. Obama nasceu nos anos 60, junto com a integração racial, com os direitos humanos. Obama é o jazz, a sexualidade livre, a liberdade da contracultura. Ele é uma porrada no mundo republicano de preconceito, violência, burrice, da pulsão de morte. Se Obama não ganhar, a América vai decair como suas torres do 11 de Setembro. Neste mundo do "conto-do-vigário", das finanças alavancadas, Obama é mais que um candidato; ele é uma síntese de idéias, é a tomada do poder das conquistas cientificas, culturais e éticas da modernidade. Voltarão a razão e a inteligência, que foram escorraçadas da América nos últimos anos. Obama não é o novo. Ele é o velho. O bom e velho humanismo, a velha grandeza esquecida do mundo ocidental. Arnaldo Jabor, hoje, porque estamos torcendo pelo Presidente Negro. Julio Daio Borges |
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