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Sexta-feira, 31/10/2008
Vicky Cristina Barcelona
Elisa Andrade Buzzo


cartaz do filme

No he encontrado la razón porque me duele el corazón porque es tan fuerte que solo podré vivirte en la distancia y escribirte una canción. Te quiero Barcelona

Vicky Cristina Barcelona (2008), com roteiro e direção de Woody Allen, narra as aventuras em Barcelona de duas norte-americanas que têm uma paixão fulminante pelo mesmo homem, o pintor espanhol Juan Antonio (Javier Bardem). A prudente e comprometida Vicky (Rebecca Hall) viaja para terminar sua tese sobre identidade catalã, enquanto Cristina (Scarlett Johansson), que a acompanha, é uma artista em crise buscando inspiração e aberta a amores imprevisíveis.

Com pitadas de humor diante de situações inusitadas entre as personagens, acaba se desenhando um triângulo amoroso entre Cristina, Juan Antonio e Maria Elena (Penélope Cruz), sua ex-mulher de personalidade explosiva. Aliás, a refrescante originalidade do cartaz de Vicky Cristina Barcelona representa bem a natureza diversa deste triângulo, além de adiantar a simplicidade e despojamento do figurino.

Nesta fábula moderna, uma Europa libertina e subversiva é representada por Barcelona (pelo título do filme, a cidade pareceria mais uma personagem), que desvirtua o caminho pequeno burguês das personagens norte-americanas, em especial de Vicky, desiludida tanto com o noivo quanto com Juan Antonio. Vicky e Cristina aparecem imersas em uma vida sonhada, mas longe de ser realizada.

Se o filme peca por algumas situações inverossímeis, clichês turísticos e poucas imagens surpreendentes da cidade, a atuação de Javier Bardem é ótima. Assim como a excepcional música tema "Barcelona", de Giulia e Los Tellarini (trechos da letra estão presentes no início e fim deste post), que reitera o clima de leveza e sensualidade presentes no longa.

E a estréia no Brasil, prevista para dia 14 de novembro, chega com uma notícia polêmica. O escritor espanhol Alexis de Vilar diz que o roteiro de Vicky Cristina Barcelona é plágio de seu livro Goodbye, Barcelona (1987).

Barcelona te estás equivocando no puedes seguir ignorando que el mundo sea otra cosa y volar como mariposa

Elisa Andrade Buzzo
31/10/2008 às 08h51

 

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