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Quinta-feira, 4/12/2008
Se Tezza fosse afegão
Rafael Rodrigues

O que estou fazendo é quase um trabalho investigativo. Depois de ler o comentário de Sérgio Rodrigues ao post que escrevi sobre o Prêmio São Paulo de Literatura, colhi opiniões de duas pessoas que muito estimo sobre O filho eterno. Ambas me disseram que o romance de Cristovão Tezza não só foi o melhor livro escrito por um autor brasileiro em 2007, como também é um dos melhores livros brasileiros dos últimos tempos.

Por e-mail, Sérgio me disse a mesma coisa. Meu próximo passo é, claro, ler O filho eterno (quer dizer, o primeiro passo, na verdade, é comprá-lo). Mas enfim. Lerei o premiado livro e tirarei minhas próprias conclusões. Claro que, com três pessoas que muito admiro dizendo que o livro tem todos os méritos para ser tão premiado como foi, minha dúvida começa a pensar em diminuir. Começa a pensar.

Mas, enquanto divago, Sérgio levanta uma questão intrigante: nem mesmo com todos os prêmios que levou "O filho eterno aparece nas principais listas de mais vendidos da imprensa brasileira. Nem ganhando tudo que um livro pode ganhar. E o que me parece ainda mais espantoso ― nem mesmo tendo, na relação do autor/protagonista com seu filho Down, um tema de fortíssimo apelo, do tipo que costuma arrastar às livrarias uma massa de leitores mais interessados em 'experiências de vida' do que em literatura. Nem assim."

E se Tezza fosse afegão, Sérgio pergunta. O post completo você vê lá, no Todoprosa.

Rafael Rodrigues
4/12/2008 às 18h40

 

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