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Terça-feira, 3/3/2009
Subcutâneo
Julio Daio Borges

Preciso viver apenas. Sem excessos, sem farras, sem festas, sem multidões, sem grandes prazeres... Não nasci para ser só, porém. Não por isso me torno mercenário. Gosto da minha privacidade e de fazer as coisas do meu jeito. Gosto de ir ao cinema e ao teatro sozinho. Gosto de visitar museus. Quero praticar artes marciais e voltar a patinar e nadar. Quero deixar de usar óculos e isso está perto de acontecer. Esse será meu presente de aniversário. Quero falar sozinho na rua ou falar com desconhecidos, casualmente, sem vontade de manter contato. Apenas conhecer outros pontos de vista. Sinto-me preso a um modo de ver a vida, a um modo de viver. Preciso de algo mais. Liberdade seria um bom começo. Talvez participar de algum movimento social. Deixar de hipocrisia e partir pra ação. Descontar minhas raivas reprimidas contra instituições e valores injustos. Quero fazer algo pelo bem das pessoas. Gosto da definição de Zeldin sobre as pessoas intermediárias. Quero viver como uma ponte, não como um explorador nem como um objetivo, mas um facilitador. É assim que me vejo em minha profissão.(...)

Vampyr, no seu blog, que linca pra nós.

Julio Daio Borges
3/3/2009 às 08h17

 

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