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Sexta-feira, 30/10/2009 Jornalistas são seres humanos? Julio Daio Borges "Os jornalistas terão de perder a sua arrogância e agir com seres humanos." "Eu não assino jornal há muitos anos." "Três pessoas fazem a cobertura de um bairro em Seattle, como ninguém fez antes. (...)Tem 50 empresas locais anunciando no site deles. Estão ganhando dinheiro." "O que temos hoje são cerca de 40 mil jornalistas nos EUA [na área de impressos]. Em 1992, eram 60 mil. A questão econômica ajudou nisso, mas o ponto central é o avanço da internet." "(...)a busca da qualidade no jornalismo on-line é crescente e com o passar do tempo deve chegar no mesmo padrão dos jornais que temos hoje." "O que se fala sobre o Twitter é o mesmo que se dizia dos jornais, que colocavam sempre manchetes curtas, que não contemplavam a matéria como um todo, mas que eram suficientes para chamar a atenção para uma notícia. (...)Não é o único, mas é um caminho que não tem volta". "Muitos jornais imaginavam que os tablets [como o Kindle] seriam a salvação. Que o usuário iria disponibilizar US$ 400 para comprar o aparelho e que depois ainda iria investir em uma assinatura para comprar o conteúdo. Não vai ser assim. Com relação aos livros, eles duram um pouco mais do que a notícia, que é imediata. A situação também deve mudar nos próximos cinco anos em relação ao que é hoje". "Se quer permanecer jornalista, viva on-line o quanto puder. Esse é o conselho mais valioso que posso dar. Faça um blog sobre aquilo por que você se interessa, dissemine isso no Twitter. Aprenda a trabalhar com multimídia, aprenda a usar Flash, programação. O número de pessoas que fazem isso hoje é pequeno. Se você conseguir isso, estará um passo à frente..." Trechos de Joshua Benton, do Nieman Journalism Lab, no Media On 09, antes de ontem (via @anabrambilla). Julio Daio Borges |
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