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Sábado, 8/12/2012 O agenciamento literário Yuri Vieira No livro O Zen e a Arte da Escrita, Ray Bradbury comenta quais foram os dois dias mais importantes de toda a sua longa vida: 1) O dia em que conheceu sua esposa; 2) O dia em que conheceu seu agente literário. Interessante, não? Mais interessante ainda é lembrar que, no Brasil, apenas jogadores de futebol e duplas sertanejas possuem agentes, os famigerados "empresários". (Isto já dá uma boa noção do nosso nível cultural...) Cá entre nós, a mensagem de Bradbury é clara: para se compreender a falta que um agente literário faz para o escritor basta pensar na falta que uma esposa faz a um homem. (Ou que um marido faz a uma mulher. Ou um companheiro a... enfim, você entendeu. Caso ainda não, assista ao filme Jerry Maguire.) Enquanto o escritor padece de tantas incertezas profissionais, muita gente que daria um bom agente (de um ou mais autores) prefere trabalhar em outras áreas porque, no Brasil, supostamente ninguém gosta de ler... (E as livrarias se unem contra os ebooks, contra os ereaders e assim por diante.) Ora, hoje há comércio online, há livrarias que imprimem livros sob demanda, há ebooks, ou seja, uma série de inovações inexistentes no milênio passado. Logo, o agente pode mudar também. Ele já não seria necessariamente alguém que apenas corre atrás de editoras. Poderia ser ele próprio um editor - criando ebooks e as matrizes em PDF para a impressão sob demanda -, um marqueteiro, um organizador de palestras e lançamentos, além de outras tarefas do gênero. Bom, é como vejo a situação. Há quem entenda do assunto melhor do que eu. Falando nisto, recebi o seguinte email: O agenciamento literárioPode ser uma boa forma de se inteirar do assunto com maior profundidade. Yuri Vieira |
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