|
Segunda-feira, 25/2/2013 Transcendentalismo Ricardo de Mattos Transcendentalismo, por Antero de Quental Já sossega, depois de tanta luta, Já descansa em paz o coração. Caí na conta, enfim, de quanto é vão O bem que ao Mundo e à sorte se disputa. Penetrando, com fronte não enxuta, No sacrário do templo da Ilusão, Só encontrei, com dor e confusão, Trevas e pó, uma matéria bruta. Não é no vasto mundo - por imenso Que ele pareça à nossa mocidade - Que a alma sacia o seu desejo intenso... Na esfera do invisível, do intangível, Sobre desertos, vácuo e soledade, Voa e paira o espírito impassível! (Sonetos Completos, Ed. Ulisseia, página 192). Ricardo de Mattos |
|
|