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Segunda-feira, 17/11/2014 Amantes de velhas pedras Eugenia Zerbini Princesa Isabel, Paris, 1910 E para aqueles que gostam não só da poeira dos arquivos, mas também de História. Tanto daquela grafada com letras maiúsculas, como da crônica dos pequenos gestos dos bastidores: a jornalista Regina Echeverria lança hoje livro sobre a vida da Princesa Isabel (1846-1921). Filha de d. Pedro II (1825-1891), o último imperador do Brasil, seria sua sucessora, se a República não tivesse sido proclamada, em 1889. Sob o título A história da Princesa Isabel - amor, liberdade e exílio (Versal), Echeverria - que já bibliografou Cazuza, Luiz Gonzaga, Elis Regina e Pierre Verger - volta-se agora para essa figura feminina do século XIX. Isabel foi declarada herdeira da Coroa muito cedo, com apenas 4 anos de idade, tendo em vista da morte de seu irmão mais velho (Afonso, 1845-1847) e de seu irmão menor (Pedro 1848-1850). O gesto que fez a princesa passar para a História foi a assinatura da Lei Áurea, em maio de 1888. Pela libertação dos escravos recebeu o codinome da "A Redentora". Agora, pela petite histoire : a princesa não tinha sobrancelhas, fato que, segundo confissão de seu marido, o Conde D'Eu, surdo, causava estranheza... Demorou quase uma década para ter o primeiro filho (que foi antecedido por abortos espontâneos e pela nascimento de uma menina sem vida) e muito amou o marido que lhe foi arranjado. Morreu no exílio, no castelo D'Eu (Château D'Eu), na Normandia (França) propriedade dos Orleans, família de seu marido, mantendo até o fim, além de seus profundos olhos azuis, muita saudade do Brasil. Na Livraria da Vila, Rua Fradique Coutinho, nš 915, a partir das 19,30. Eugenia Zerbini |
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