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Quinta-feira, 12/5/2005 Rufo, 80 V Julio Daio Borges Lá pelo final dos anos 60, numa madrugada fria do Rio, me foi apresentado, no estudio do Ziraldo, um senhor magro e de olhar profundo. Foi o Miguel Paiva, que trabalhava com o Ziraldo, que me disse, depois, que esse senhor, elegante, vestido de terno, era o escritor Rubem Fonseca. Ele se apresentava, apenas, como diretor da Light do Rio. Naqueles dias, eu estava lendo Coleira do Cão, uma seleção de contos do Fonseca, cerca de 300 páginas, um dos seus primeiros livros publicados. Fiquei impresionado. Lembro do mesmo "Coleira do Cão" e de um chamado "250 Gramas", que se passa no IML do Rio. Uma idéia original nunca usada em cinema, profundamente dramática e de grande expressão para dois atores que topem o desafio. Até hoje passando despercebida pelos nossos cinestas... que não saem das favelas. Nunca mais deixei de ler os livros de Rubem Fonseca. É um dos poucos autores a quem guardo fidelidade de leitura. A Grande Arte continua sendo a minha história preferida. Longa vida para ele. Rodolfo Felipe Neder, diretor do saite do Millôr (porque o aniversário foi ontem, mas homenagens continuam...). Julio Daio Borges |
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