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Quinta-feira, 12/5/2005 Rufo, 80 VI Julio Daio Borges Descobri a literatura adulta na minha obscura adolescência. Aos quatorze anos, pelas mãos de Flaubert, fui conduzida ao século XIX e ali permaneci passeando entre brasileiros, portugueses e franceses, românticos, naturalistas e simbolistas. Em momento inaudito, Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos arrebataram-me desejando um Feliz Ano Novo com Lúcia McCartney e O Cobrador. Buffo & Spalanzani mostraram A Grande Arte - num mês de Agosto - para uma menina com seus quinze anos recém completados. Juntei-me a Os Prisioneiros na cruel revelação de um mundo corrompido e maculado. Pelo Buraco na Parede, enxerguei a crueza da existência humana e montei incontáveis filmes em minha ainda incipiente cabecinha inventiva. Foi um caminho sem volta. Renata Marinho, a Fina Endor, sobre o nosso amigo, Rufo. Julio Daio Borges |
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