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Quarta-feira, 3/8/2005
Cultura e Patrocínio
Fabio Silvestre Cardoso

Intangibilidade. Surpresa. Valores. Marca. Potenciais patrocinadores, promotores e wannabes do mercado cultural e social se reúnem no luxuoso hotel da rede WTC em São Paulo para debater sobre essas e outras particularidades dos investidores em projetos sociais, culturais e esportivos na terceira edição do com:Atitude. Entre os presentes, figuram grupos eminentes do mercado, como CPFL, Gerdau, Visa, entre outros.

Talvez o documento mais relevante de todo esse ciclo de palestras seja o "Mapa das Decisões Empresariais de Patrocínios e Investimentos Empresariais", realizada em conjunto pela Articultura e pelo jornal Meio&Mensagem. Trata-se de um dossiê completo, pois, para muitos, responde, em geral, a pergunta que não quer calar: Por que alguns projetos no segmento da cultura obtêm patrocínios e outros ficam com o pires na mão?

Os números apresentados por Yarcoff Sarkovas, um dos idealizadores do evento, são bem interessantes. De acordo com a pesquisa, 80% dos patrocinadores culturais se ancoram nas Leis de Incentivo. Num indicador quase correlato, 45% desses apoiadores afirmam que não investiriam em cultura se não houvesse dedução fiscal. A boa notícia é que em 2005, sempre segundo a pesquisa, 79% estão dispostos a receber projetos de patrocínio e parceria.

Na área cultural, os projetos que mais recebem investimentos são os ligados à Música (74%), seguido pelo Teatro (56%) e, pasmem!, Dança (36%). Em quarto colocado, para o desespero da turma do Mensalão das letras, vem a Literatura (também com 36%). Quanto à "pergunta que não quer calar", bom, a resposta sempre resvala nos mesmos pontos: adequação entre projeto e o potencial patrocinador; o eventual retorno de visibilidade; e o valor agregado do patrocinador ao projeto em questão.

Para mais informações do evento, clique aqui.

Fabio Silvestre Cardoso
3/8/2005 às 13h45

 

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