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Segunda-feira, 16/1/2006
A fragilidade da literatura
Julio Daio Borges

[Você não acha que, em geral, a vida dos poetas está separada dos seus poemas?] Sem dúvida alguma. A crise - a modernidade como projeto era integral nesse sentido - separou as ações: uma coisa é escrever poesia, outra coisa é a vida que você leva. A vida vai por um lado, a criação por outro. Uma das razões é o privilégio da realização - que deve tender a ser ótima - sobre a atitude. Ser poeta era assumir um modo de vida. Agora é assumir uma profissão - não uma vocação -, uma profissão paralela. Mesmo que você morra de fome. Para não morrer de fome, você é executivo de uma empresa ou professor universitário. Mas a poesia não é considerada uma força de trabalho que lhe permitiria assumir posições reivindicadoras. Escrever poesia continua no limbo do singular ou do inexistente, quando não do ridículo.

Eduardo Mílan, respondendo a Régis Bonvicino, na última Sibila, que linca pra nós cita o Digestivo.

Julio Daio Borges
16/1/2006 às 09h51

 

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