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Sexta-feira, 20/1/2006
Web 2.0 no Brasil
Julio Daio Borges

Desde que surgiu a Internet volta e meia alguém diz que o futuro são as comunidades, daí surgem um monte de iniciativas ridículas como fóruns de discussão para "troca de receitas" no site de uma marca de molho de tomate famosa. A idéia do fórum não é ruim, o problema é o lugar onde ele está. Dificilmente uma pessoa será motivada a se transformar num super-usuário (aqueles caras que carregam a comunidade nas costas) se não pode brilhar mais do que a marca do molho. Poderiam ser oferecidos prêmios para compensar, mas será que um brinde vale mais do que ser a estrela de um fórum?

O que motiva as pessoas a participar ativamente de comunidades não é o sentimento altruísta de ajudar o próximo, mas sim o contrário. Numa comunidade virtual, as pessoas podem construir seu alter ego e vê-lo crescer pouco a pouco, seja em número de amigos, figurinhas de comunidades, fãs, posts, coraçõezinhos, gelinhos e etc. É como num RPG, onde você pode escolher todas as características do seu personagem e mostrar aos outros e dizer: "olha que legal que eu sou e os pontos que ganhei". Entretanto, para ganhar pontos numa comunidade é preciso ajudar outras pessoas, ou seja, para se ajudar é preciso ajudar o próximo!

Então o que está funcionando na Web 2.0 não são as comunidades, mas sim a ampliação de oportunidades para que ilustres desconhecidos brilhem como sempre desejaram.

O Fred, do Usabilidoido, numa entrevista para a Revista Webdesign de janeiro, sobre, sobre... (porque você tem uma chance pra advinhar)

Julio Daio Borges
20/1/2006 às 18h30

 

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