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Segunda-feira, 3/7/2006 Foi a Copa do Bussunda Ram Rajagopal Pronto. Está encerrada a temporada de caça ao hexacampeonato. Cada um vai ter sua teoria de por que a seleção do Parreira deu errado, por que os melhores jogadores do mundo, disparados, não conseguiram superar uma retranca francesa (será que não foi a falta de jogadas pelas laterais, que, pelo visto, não foram nem treinadas pela seleção?) e foram eliminados precocemente da competição. Sinceramente, até agora a Copa da Alemanha (ou Eurocopa da Alemanha) vinha sendo enfadonha. Um exercício entediante de futebol europeu, sem nenhum time a empolgar, sem um espetáculo de abertura à altura, sem nem mesmo um jogo que fizesse o coração chegar a boca... Até mesmo a derrota do Brasil parecia coisa certa depois que nosso Tremendão resolveu ajeitar as meias dentro da área... Para mim, a Copa 2006 ficará na memória como a Copa do Bussunda, pois, sem sombra de dúvida, foi o momento mais emocionante de toda a competição... Lá do céu, ele deve estar a dar risadas com a eliminação dos argentinos, com as desculpas esfarrapadas da seleção (exatamente as mesmas de todas as vezes em que perdemos), com a choradeira dos ingleses, e com a horrenda cobertura jornalística brasileira (até o Ubaldo soltou cada bomba horrorosa no Globo...). Parece que todos estão cansados da Copa do Mundo, do Brasil na final e tudo mais. Como dizem por aí, não somos um país acostumado a vencer. Vencer tem que ser inesperado, improvável... Até 2010, o tédio passa, quem sabe armam um campeonato brasileiro mais decente com craques atuando do Oiapoque ao Chuí, em vez de Madrid a Barcelona... E, então, novamente sedentos por uma vitória, vamos comemorar o Hexa. E o Ronaldinho Gaúcho, que, de gênio humilde com sorriso fácil, virou fominha hipócrita segundo o populacho (a população que acha), poderá levantar o troféu... Quanto ao restante da Eurocopa 2006, vou torcer aqui para muitos "0 a 0", com disputa por pênaltis, e Felipão campeão. Mas em vez de assistir aos entediantes jogos que restam, vou colocar a leitura em dia, com livros como How Soccer Explains the World, do Foer, e Game Theory for Applied Economists, do Gibbons, que certamente batem um bolão.
Post Scriptum Ram Rajagopal |
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